São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2000


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Fernando Henrique inaugura domingo, no parque Ibirapuera, megamostra de artes em comemoração dos 500 anos do Brasil
Redescobrimento se faz com R$ 40 milhões e 15 mil obras

Daniel Guimarães/Folha Imagem
Cenário do módulo Olhar Distante para a mostra no parque Ibirapuera


CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local

Tudo é grande na Mostra do Redescobrimento, evento que será aberto no domingo (para convidados) e que ocupará três pavilhões no parque Ibirapuera mais a "caverna", estrutura construída especialmente para o evento. A mostra é organizada pela Associação Brasil 500 Anos, entidade ligada à Fundação Bienal e presidida por Edemar Cid Ferreira.
Segundo a organização do evento, serão cerca de 15 mil obras divididas em 60 mil m2 de área expositiva (divididos entre Pavilhão da Bienal, Pavilhão Manoel da Nóbrega e Oca, antigo Museu de Aeronáutica). O custo é de cerca de R$ 40 milhões, boa parte dele usado na reforma dos pavilhões e nas cenografias da mostra, como a criada por Bia Lessa para o segmento Arte Barroca, que consumiu cerca de R$ 1,1 milhão.
Segundo material de divulgação do evento, a expectativa de público para a cidade de São Paulo (o evento terá itinerância nacional e internacional) é de 1,5 milhão de pessoas. Levando-se em conta que a mostra ficará em cartaz por cerca de 120 dias visitáveis, a organização está esperando um fluxo de 12,5 mil pessoas ao dia.
A Mostra do Redescobrimento está dividida em 13 módulos. A Oca receberá os módulos Arqueologia e Artes Indígenas. Os módulos Arte Contemporânea, Arte Moderna, Imagens do Inconsciente, Olhar Distante, Arte Afro-Brasileira, Arte Barroca e Século 19 estarão no Pavilhão da Bienal. O Pavilhão Manoel da Nóbrega abrigará os módulos Negro de Corpo e Alma, Arte Popular e aquele dedicado à Carta de Caminha. Recentemente, a mostra foi enriquecida com outro módulo de vertente arqueológica, que trata da evolução do homem e das artes nas Américas. A "caverna" exibirá ainda um filme sobre sítios arqueológicos e também algumas peças de arqueologia.
Em entrevista coletiva ontem, o curador Nelson Aguilar ressaltou o fato de o país nunca ter visto uma mostra do gênero não como uma virtude do evento, mas como uma falha do país. "Trata-se de uma lacuna, uma carência que deve ser sanada", disse. Também explicou a origem curatorial do evento (a proposta do crítico Mário Pedrosa para a criação de um "Museu das Origens", de 1978) e falou de alguns destaques do evento, como o manto tupinambá, que pertence à Dinamarca.
Os ingressos para o evento, que será aberto para o público na próxima terça-feira, dia 25, já estão à venda pelo tel. 0800-780500, que aceita pagamento por cartão de crédito ou depósito identificado (o interessado faz um depósito bancário e depois envia o recibo por fax à central de vendas). De terça a sexta, custam R$ 7 por pavilhão (R$ 10 para os três pavilhões). Aos sábados, domingos e feriados, os ingressos saltam para R$ 10 e R$ 15 (os três pavilhões). Ingressos para o filme na caverna custam R$ 6 em qualquer dia.
O evento estará aberto de terça a sexta, das 14h às 22h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 22h. Outras informações podem ser obtidas no site do evento: www.br500anos.com.br. O evento prossegue até 7 de setembro.


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