Alemanha terá pela primeira vez uma seleção com maioria nascida após a reunificação
Do aspecto histórico, esta será uma Eurocopa memorável para a Alemanha, independente de como ela se saia no seu dificílimo grupo F. Os germânicos estreiam nesta terça-feira, às 16h (de Brasília), recebendo a França em Munique.
Pela primeira vez, a Alemanha vai para uma grande competição (Copa do Mundo ou Eurocopa) com um elenco cuja maioria é formada por jogadores nascidos após a reunificação do país, ocorrida em 3 de outubro de 1990.
Somente cinco atletas dos 26 chamados para a disputa nasceram antes desta data: Manuel Neuer (1986), Mats Hummels (1988), Thomas Müller (1989), Toni Kroos (janeiro de 1990) e Kevin Trapp (julho de 1990).
Nasceram depois: Ilkay Gündogan (1990), Marcel Halstenberg (1991), Bernd Leno (1992), Jonas Hofmann (1992), Kevin Volland (1992), Christian Günter (1993), Antonio Rüdiger (1993), Emre Can (1994), Matthias Ginter (1994), Robin Gosens (1994), Leon Goretzka (1995), Joshua Kimmich (1995), Serge Gnabry (1995), Niklas Süle (1995), Leroy Sané (1996), Timo Werner (1996), Lukas Klostermann (1996), Robin Koch (1996), Florian Neuhaus (1997), Kai Havertz (1999) e Jamal Musiala (2003).
O caso mais curioso é o de Gundogan, que nasceu em 24 de outubro de 1990, exatamente três semanas após a reunificação.
Na última edição da Eurocopa, houve a participação no elenco alemão de 12 jogadores que vieram ao mundo antes de outubro de 1990: Bastian Schweinsteiger (1984), Lukas Podolski (1985), Mario Gomez (1985), Manuel Neuer (1986), Sami Khedira (1987), Benedikt Höwedes (1988), Jérôme Boateng (1988), Mesut Özil (1988), Mats Hummels (1988), Thomas Müller (1989), Toni Kroos (1990) e Jonas Hector (1990)
O número (12) representou o mesmo em relação ao grupo que disputou a Copa de 2018: Mario Gomez (1985), Manuel Neuer (1986), Sami Khedira (1987), Jérôme Boateng (1988), Mesut Özil (1988), Mats Hummels (1988), Marco Reus (1989), Thomas Müller (1989), Toni Kroos (1990), Sebastian Rudy (1990), Jonas Hector (1990) e Kevin Trapp (1990).
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Os primeiros nascidos na Alemanha já reunificada a serem incluídos pela seleção em um grande torneio foram Mario Götze e André Schürrle na Eurocopa de 2012. Dois anos depois, eles construíram o gol da vitória na final do Mundial de 2014. Um título dos novos tempos.
Reunificação da Alemanha
A divisão política e econômica do país ocorreu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. O lado ocidental era pautado pelos ideais capitalistas dos Aliados, e a parte oriental, pelo socialismo da União Soviética. Em meio a divergências e com fugas da população do Leste para o Oeste, houve a construção em 13 de agosto de 1961 do Muro de Berlim, que separou a capital e o país, virando o grande símbolo desse período de uma Alemanha dividida.
O muro seria derrubado em 9 de novembro de 1989, em meio a um cenário de manifestações populares e de reabertura e reestruturação do bloco comunista. Porém, a reunificação só seria oficializada pouco menos de um ano depois, com a República Democrática Alemã (RDA), ou Alemanha Oriental, sendo dissolvida e tendo seu território anexado à República Federal da Alemanha (RFA).
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