Sensação da Euro e perfeita nas eliminatórias: Dinamarca merece atenção especial para 2022
A Dinamarca está a um ponto de carimbar o passaporte para o Catar. Um empate com a Áustria em casa nesta quarta-feira será o suficiente para confirmar a classificação à Copa do Mundo de 2022. Porém, caso isso de fato aconteça, poderia ser visto com uma pitada de frustração para os escandinavos, já que sua campanha não seria mais perfeita - até o momento são sete vitórias em sete jogos, 26 gols marcados e nenhum sofrido.
É verdade que os dinamarqueses eram os favoritos do grupo F, mas isso não diminui o feito. Aliás, entre os adevrsários estão a já mencionada Áustria, que foi às oitavas de final da Euro, fase em que causou dificuldade e forçou uma prororgação contra a futura campeã Itália. Outro adversário é a Escócia, que também esteve no torneio continental, além de Israel, que conta com alguns nomes talentosos no ataque como Eran Zahavi (PSV), Manor Solomon (Shakhtar Donetsk) e Munas Dabbur (Hoffenheim) e que chegou a fazer 5 a 2 nos austríacos em setembro. Além disso, dois resultados merecem um destaque à parte: 4 a 0 na Áustria jogando em Viena e 5 a 0 em Israel atuando em Copenhague.
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A campanha impecável se deu em meio a uma excelente Eurocopa, tanto em resultado quanto em desempenho. Os nórdicos caíram na semifinal na prorrogação contra a Inglaterra e igualaram sua segunda melhor campanha na história do torneio, ficando atrás apenas do título de 1992. Tudo isso em meio a um cenário de enorme dificuldade psicológica após o episódio vivido por Christian Eriksen - e sem mencionar a ausência em campo de seu principal jogador em si.
Se voltarmos um pouco no tempo, a seleção vinha de uma Copa do Mundo satisfatória em que caiu nas oitavas de final nos pênaltis para a Croácia (que viria ser vice-campeã), embora não tenha se aproximado da qualidade de jogo que apresentou na Eurocopa. Se tivesse passado pelos croatas, igualaria as quartas de final de 1998, seu melhor resultado já registrado em cinco participações.
Ainda vale lembrar que a Dinamarca empatou com a Alemanha, fora de casa, em amistoso disputado em junho, e ganhou da Inglaterra em Wembley pela Nations League em outubro de 2020.
Se o resultado da Copa de 2018 já foi bom, ele se tornou ainda melhor na Euro passada e veio acompanhado de um futebol bastante envolvente sob o comando de Kasper Hjulmand, que está a pouco mais de um ano no cargo e tem feito seu time ser equilibrado e sonhador.
"Minha motivação, eu acho, vem de contar aos outros para sonhar grande e não ter medo de dizer que é isso que você está sonhando. Nos nossos sonhos de crianças, sempre acabamos com o troféu e fazendo a nação orgulhosa, mas para conseguir isso você precisa de dedicação, cortar o que é desnecessário e muito trabalho duro. Somente então você pode tornar os sonhos em realidade”, disse ao site da Uefa em julho.
Sem ter uma grande estrela, a Dinamarca constrói o seu sucesso recente a partir de sua força coletiva, algo refletido na lista de artilheiros do elenco nas eliminatórias para a Copa: 17 nomes diferentes marcaram os 26 gols da seleção na disputa. O artilheiro é o atacante Andreas Skov Olsen com quatro gols, um a mais do que Joakhim Maehle, um dos destaques de toda Eurocopa.
Além disso, a defesa é sólida com um goleiro do mais alto nível como Kasper Schmeichel e zagueiros estabelecidos em grandes ligas europeias, como Simon Kjaer (Milan), Andreas Christensen (Chelsea), Jannik Vestergaard (Leicester City) e Joachim Andersen (Crystal Palace).
Peça importante do Tottenham, Pierre-Emile Hojbjerg é quem dita o ritmo e comanda o time dentro de campo, sendo a liderança técnica. Não à toa, foi segundo em assistências, quinto em chances criadas e líder em recuperações de bola na Eurocopa. Ele é acompanhado por Thomas Delaney, um volante que ocupa o campo inteiro.
Já na frente, Hjulmand tem visto Olsen brilhar, não só pelos quatro gols – ele ainda tem três assistências e é quem mais crias chances, com 12, empatado com Mikkel Damsgaard, um dos nomes mais promissores desta geração dinamarquesa. Garçom da seleção nas eliminatórias com quatro assistências e autor de dois gols, o atacante de 21 anos da Sampdoria estreou como estreou na seleção e se estabeleceu como titular sob o comando do novo técnico. Na Euro, Damsgaard já tinha anotado dois gols, sendo um deles na semifinal contra a Inglaterra.
Com um time equilibrado e um técnico sonhador, a Dinamarca está próxima de carimbar o passaporte para o Catar, aonde certamente não irá a passeio.
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