Marco Reus é a ausência mais doída da Copa do Mundo de 2022
Estava esperando a lista de Senegal sair para escrever este texto, para saber se Sadio Mané também ganharia um espaço no título, mas felizmente não é o caso.
Marco Reus possivelmente não seria titular da Alemanha, que não está entre as candidatas ao título da Copa do Mundo. Paul Pogba, por exemplo, é uma ausência técnica para a França maior do que o alemão é para sua seleção, mas o ponto desta postagem não é este.
O meia-atacante de 31 anos fica de fora de um grande torneio pela quarta vez na carreira, sendo que apresentou futebol para estar em todas eles, já que se trata de um dos melhores jogadores desta geração do país.
Após ter sido reserva na campanha de semifinal da Euro de 2012, Reus provavelmente teria um papel importante na Alemanha campeã mundial de 2014, mas uma lesão em amistoso contra a Armênia, a dez dias da estreia da seleção no Brasil, acabou com o seu sonho. Ele vinha da temporada mais goleadora da sua carreira, com 23 gols em 44 jogos, sem contar as 15 assistências que distribuiu.
Já em 2015-16, Reus igualaria sua temporada artilheira com 23 gols e voltaria a ficar de fora de um grande torneio por um problema físico mesmo após ter jogado a campanha até o fim. Com requinte de crueldade, a lista para a Eurocopa foi anunciada em 31 de maio, dia em que completou 27 anos de idade.
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Já em 2017-18, Reus recuperava-se de rompimento de ligamento do joelho e, por isso, perdeu o primeiro turno inteiro da Bundesliga, assim como a fase de grupos da Champions League e sequer atuou na Copa da Alemanha. Porém, ele voltou a campo na segunda metade da temporada, fechou o campeonato com sete gols em 11 jogos e jogaria todos os minutos da Copa na Rússia.
Enfim, o meia-atacante chegava bem fisicamente para uma grande competição de seleções, mas pegou a equipe que mais esteve abaixo coletivamente. Ele até foi fundamental para que os germânicos tivessem um momento de ilusão quando fez gol e deu assistência na dramática vitória de virada sobre a Suécia por 2 a 1, mas não conseguiu impedir a eliminação na fase de grupos, que representou a pior campanha da história do país quatro vezes campeão mundial e que defendia o título.
Depois de tantas lesões e uma frustração tão grande no torneio que finalmente pôde disputar com a Alemanha, Reus ainda se reinventou e passou a exercer a função de um jogador mais criador por dentro. Foi um sucesso. Ele anotou 17 gols e nove assistências na Bundesliga 18-19, apenas um gol e uma assistência a menos do que havia registrado em 2011-12, ocasião em que atuava no Borussia Mönchengladbach e foi eleito o melhor jogador da competição.
A coisa parecia decolar de vez, mas Reus perderia a segunda metade da Bundesliga 2019-20 por lesão. A situação deu uma reviravolta em 2020-21, tendo estado em campo em 49 dos 51 jogos do Borussia Dortmund e conquistando a Copa da Alemanha, a sua maior glória na carreira.
No entanto, ele chegou à decisão junto a Joachim Löw de que era melhor não disputar a Eurocopa para dar um tempo de recuperação ao seu corpo. A ideia deu muito certo, com ele sendo titular em 40 dos 46 jogos do Dortmund na temporada 2021-22, registrando 12 assistências na Bundesliga (sua segunda melhor marca pessoal, ficando atrás apenas das 13 de 2013-14).
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O atleta de 33 anos seria titular nos dez primeiros jogos da atual temporada, mas uma lesão no tornozelo no clássico contra o Schalke 04 em 17 de setembro gerou um enorme susto na hora. O boletim médico divulgado posteriormente dava conta de que ele voltaria a tempo da Copa. O camisa 11 retornou a campo um mês depois, mas voltou a sentir problema físico, o que se repetiu diante do Bochum no último fim de semana, acabando de fora da lista final de Hansi Flick.
Marco Reus é um dos melhores jogadores desta geração de seu país, e o fez sem ter os títulos amontoados pelo Bayern de Munique na última década. Aliás, o meia-atacante tem apenas duas Copas da Alemanha no currículo, algo que não condiz com seu talento, mas reforça o amor que tem à camisa aurinegra que veste. As taças poderiam ter vindo com a seleção, mas as lesões não deixaram.
Tal cenário talvez faça que futuramente se cometa a injustiça de verem nele um jogador menor do que foi.
Marco Reus é a ausência mais doída da Copa do Mundo de 2022
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