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Logo no primeiro minuto, Abel Hernandez subiu de cabeça e anotou o primeiro gol do Uruguai

O Uruguai poupou os titulares, mas não poupou o Taiti. O campeão da Copa América encerrou com goleada a carismática aventura taitiana na Copa das Confederações. Neste domingo, os sul-americanos fizeram 8 a 0 nos amadores da Oceania. 8 a 0. Igual à maior goleada do Uruguai na história de eventos da Fifa, contra a Bolívia, na Copa de 1950.

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Agora o Uruguai pega o Brasil. Na casa do adversário, também como em 1950. O duelo, pela fase semifinal, será na quarta-feira, em Belo Horizonte; há 63 anos, o encontro foi na última partida de um quadrangular final, no Maracanã.

O treino de luxo do Uruguai, diante do menor público da Arena Pernambuco no torneio, foi para os reservas. Os titulares descansaram para um duelo muito mais importante: afinal, só um desastre tiraria os urguaios da fase seguinte. Um desastre que não aconteceu.

Aclamada pelo público e pela crítica como "campeã da simpatia" na Copa das Confederações, a seleção do Taiti teve, mais uma vez, o apoio do público. Um público que vibrou como em um gol quando o goleiro Gilbert Meriel defendeu uma cobrança de pênalti de Scotti, no início da segunda etapa.

Mas o lance que consagrou Meriel foi um dos poucos pontos positivos do Taiti no duelo. Um jogo que parecia ter seu script definido logo no primeiro minuto, quando ficou clara a difícil missão da seleção comandada por Eddy Etaeta.

Logo depois da saída de bola, dada pelo Uruguai, os taitianos conseguiram um desarme. Então, trocaram sete passes em sequência e, desde o primeiro deles, a torcida começou a gritar "olé". Mas o Uruguai recuperou a bola e logo foi para o ataque, conseguindo um escanteio. Na cobrança de Lodeiro, Scotti desviou de cabeça, e Abel Hernández tocou, também de cabeça, para abrir o placar.

Foi assim durante boa parte do jogo: o Taiti pegava a bola, não sabia muito o que fazer com ela, mas era aplaudido, ouvia gritos de "olé", tentava com a vontade e o entusiasmo de quem joga futebol em meio-período, por pura paixão. Mas o Uruguai, profissional e sem menosprezo, fazia o que devia ser feito: tentava o gol.

Os gritos de apoio continuavam. O mais criativo deles, "Ei, juiz, ajuda o Taiti", não foi atendido. O árbitro Pedro Proença teve pouco trabalho. Mas, aos 7 minutos, tirou dos taitianos a chance de conquistar algo inédito: terminar a Copa das Confederações sem levar cartão. Ludivion foi advertido por uma falta em Pérez.

O segundo gol do Uruguai até demorou para sair. Mas foi um golaço. Aos 23 minutos, Abel Hernández recebeu lançamento e matou no peito, deu um chapéu em Jonathan Tehau e chutou para vencer o goleiro Meriel, terceiro reserva, que ganhava sua primeira chance no torneio. Três minutos depois, foi a vez de Diego Pérez marcar. Depois de tocar de cabeça e ver a bola bater na trave, ele antecipou-se a Meriel e tocou para o gol vazio.

O Taiti buscava um gol, o segundo na competição - antes deste domingo, havia perdido para a Nigéria por 6 a 1 e para a Espanha, por 10 a 0. Coube ao único profissional da equipe, o meia Marama Vahirua, do Panthrakikos, da Grécia, a primeira boa chance, um chute de fora da área que passou por sobre o gol de Martin Silva. Chong Hue, aos 40, também chegou perto, mas perdeu ângulo após driblar o goleiro.

Antes do primeiro tempo acabar, Abel Hernández ainda teve tempo para marcar o quarto, o terceiro dele na partida. A Celeste foi para os vestiários vencendo por 4 a 0, mas muito vaiada pela torcida, enquanto o Taiti era aclamado.

Na segunda etapa, a história ganhou contornos mais especiais. Logo no primeiro minuto, Chong Hue recebeu passe na ponta esquerda e deu um chute no ar, ao estilo Valdívia. A torcida foi ao delírio.

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Festa da torcida na Arena Pernambuco: Meriel defende

Aos 3 minutos, outro lance marcante. Depois de pênalti cometido por Valaar, o goleiro Meriel tornou-se o grande herói dos taitianos ao defender a cobrança de Scotti. Logo depois, o experiente zagueiro fez falta dura e foi expulso, deixando o time da Oceania com um jogador a mais. Uma vantagem numérica que terminou quando Ludivion foi expulso, aos 13 minutos.

Em igualdade de numérica e com mais espaço em campo, o Uruguai tocava a bola em busca de mais gols. Aos 16, Lodeiro completou cruzamento, em cima da linha, para fazer o quinto, ampliando a goleada.

Cinco minutos depois, aos 21, Chong Hue derrubou Aguirregaray na área, dando mais um pênalti ao Uruguai. Abel Hernández, o grande artilheiro da noite, cobrou para fazer o quarto. Restava mais da metade do segundo tempo, e o placar já marcava 6 a 0.

Os reservas já haviam feito seu papel, e o técnico Oscar Tabárez resolveu lançar mão de sua maior estrela. Luis Suárez substituiu Ramirez e fez o sétimo, aos 33 minutos, depois de boa jogada pela esquerda. Suárez ainda marcou o oitavo, aos 44 minutos.

FICHA TÉCNICA:
URUGUAI 8 X 0 TAITI

Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE) 
Data: 23 de junho de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (Portugal)
Assistentes: Bertino Miranda e José Trigo (ambos de Portugal)
Cartões amarelos: Gargano (Uruguai); Vallar e Chong-Hue (Taiti)
Cartões vermelhos:Scotti (Uruguai); Ludivion (Taiti)
Gols:
URUGUAI: Abel Hernández, a um, 23 e 45, e Diego Pérez, aos 27 minutos do primeiro tempo; Lodeiro, aos 15, Abel Hernández (pênalti), aos 22, e Luis Suárez, aos 36 e aos 44 minutos do segundo tempo

URUGUAI: Martin Silva; Aguirregaray, Coates e Scotti; Eguren, Gargano, Diego Pérez, Lodeiro, Gaston Ramírez (Luis Suárez) e Álvaro Pereira; Abel Hernández
Técnico: Óscar Tabárez

TAITI: Meriel; Simon, Jonathan Tehau, Vallar, Ludivion e Aitamai (Lemaire); Caroine, Hnanyine (Tihoni), Vahirua e Chong-Hue; Lorenzo Tehau (Atani)
Técnico: Eddy Etaeta

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E Luis Suárez ainda marcou