Paulinho faz tudo, Brasil vence Uruguai no sufoco e vai à final

Paulo Cobos e Lucas Borges, de Belo Horizonte (MG), para o ESPN.com.br
Getty
Paulinho vibra após definir a vitória da seleção
Paulinho vibra após definir a vitória da seleção

A defesa marcou mal. Os meias não criaram. Neymar não fez gol. Mas Paulinho foi um leão na defesa, fez um lançamento preciso para o Brasil abrir o placar, com Fred, e ainda foi ao ataque, aos 41 minutos do segundo tempo, para fazer de cabeça, como se fosse um centroavante, o tento que colocou a seleção brasileira na final da Copa das Confederações.

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Os meninos do Brasil jogaram mal para vencer os homens do Uruguai

Em uma partida sofrível coletivamente, mas brilhante do volante, que está de saída do Corinthians, o Brasil bateu o Uruguai por 2 a 1, nesta quarta-feira, em um Mineirão que viveu momentos de apreensão, com os visitantes levando perigo constantemente e ainda perdendo um pênalti enquanto os anfitriões exalavam nervosismo.

Antes do jogo, como virou rotina na Copa das Confederações, a execução do hino nacional arrepiou, com o Mineirão lotado cantando à capela depois que a versão reduzida da melodia feita pela Fifa acabou. Só que desta vez isso não incendiou a seleção no início do jogo, que começou morno e com o Uruguai fazendo de tudo para deixá-lo em ritmo lento.

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Paulinho cabeceia para decretar a vitória do Brasil
Paulinho e a cabeçada decisiva

E a experiência uruguaia quase fez a diferença. Aos 13 minutos, David Luiz, em cobrança de escanteio, fez pênalti infantil ao segurar Lugano. Forlán bateu no canto, mas Júlio César se esticou e defendeu no canto esquerdo. Nova chance para o Brasil incendiar o jogo, e desse vez só um pouco melhor.

Oscar ainda assustou o goleiro Muslera com um chute de fora da área. Hulk tentou, e errou, quase na entrada da pequena área. E Neymar pouco aparecia no jogo.

O Uruguai também não usava a tática de só se defender. Aos 30 minutos, Forlán, em chute de fora da área, teve outra boa chance de abrir o placar.

Um minuto depois, os primeiros sinais de insatisfação no Mineirão, que viraram logo pedidos quase generalizados pelo atleticano Bernard. E, também como virou rotina, quem pagava o pato era Hulk, o mais vaiado.

Mas outra tradição recente da seleção apareceu. Aos 41 minutos, Paulinho fez lançamento primoroso para Neymar, que chutou para defesa de Muslera. No rebote, Fred, o artilheiro dos gols dos momentos complicados, tocou para fazer o primeiro gol do jogo.

Deveria ser a senha para um segundo tempo melhor. Mas a parte final do jogo começou muito mal para o Brasil. Logo aos 3 minutos, depois de uma sucessão de erros dentro da área, o último de Thiago Silva, a bola sobrou para Cavani, que chutou de pé esquerdo para empatar o jogo.

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Cavani comemora gol contra o Brasil
Cavani comemora gol que complicou o Brasil

A seleção não se acertava, e Felipão ousou ao mesmo tempo em que atendeu ao desejo da torcida, colocando Bernard no lugar de Hulk aos 19 minutos.

E o baixinho atleticano conseguiu fazer o que a emoção do hino e a defesa de Júlio César no pênalti não conseguiram: acordar o Brasil.

O time nacional começou a pressionar, mas foi só aos 41 minutos que garantiu a vitória, numa cobrança de escanteio de Neymar que encontrou Paulinho, que vazou Muslera numa cabeçada.

O jogo acabou com pressão do Uruguai, mas com vitória brasileira.

A seleção agora espera o vencedor de Espanha e Itália, que se enfrentam nesta quinta-feira, em Fortaleza. A decisão é domingo, no Maracanã, às 19 horas. No mesmo dia, só que as 13 horas, o Uruguai decide o terceiro lugar com o derrotado do confronto europeu.

FICHA TÉCNICA:
BRASIL 2 X 1 URUGUAI

Data: Quarta-feira, 26 de junho de 2013
Local: Mineirão, em Belo Horizonte 
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Público: 57.483
Cartões Amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo  (BRA);  Cavani, Gonzalez (URU)
Gols: Fred, aos 41min do primeiro tempo; Cavani, aos 3min, Paulinho, aos 41min do segundo tempo

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago SIlva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Neymar (Dante), Fred e Hulk (Bernard)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Uruguai: Muslera; Pereira, Lugano, Godin e Caceres; Gonzalez (Gargano), Arevalo e Cristian Rodríguez; Forlán, Cavani e Suárez 
Técnico: Óscar Tabárez

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