Em novo Mundial no Rio, seleção brasileira mira recorde de medalhas

ESPN.com.br com Agência Gazeta Press
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Judô Luciano Corrêa
Luciano Corrêa é um dos principais representantes brasileiros no Mundial

Em 1965, com uma edição somente para os homens, e em 2007, a cidade do Rio de Janeiro foi a sede do Campeonato Mundial individual de judô. E, a partir desta segunda-feira, dia 26 de agosto, a Cidade Maravilhosa volta a receber a competição, que será disputada até o dia 1º de setembro, no ginásio do Maracanãzinho.

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Neste ano, 783 lutadores, 477 homens e 306 mulheres, de 124 nações, vão marcar presença na competição e tentarão sair da capital fluminense com medalhas. Representando a Seleção Brasileira, 18 atletas vão entrar no tatame buscando estabelecer um novo recorde de medalhas para o país.

Entre os homens, disputam o Mundial individual Felipe Kitadai (60kg), Charles Chibana (66kg), Luiz Revite (66kg), Bruno Mendonça (73kg), Victor Penalber (81kg), Renan Nunes (100kg), Luciano Corrêa (100kg) e Rafael Silva (+ 100kg), além de Eduardo Santos (90kg), que assume a vaga deixada por Tiago Camilo, cortado por conta de uma lesão no ombro. Para a competição por equipes, Eduardo Bettoni vai substituir Camilo.

Já entre as mulheres, participam da competição Sarah Menezes (48kg), Erika Miranda (52kg), Eleudis Valentim (52kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (57kg), Katherine Campos (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+ 78kg).

Medalhista de ouro no Mundial de 2007, na categoria meio-pesado, Luciano Corrêa crê em um grande equilíbrio em sua categoria. "Eu acredito que tenha entre 20 e 30 pessoas com grandes chances de subir ao pódio. Está muito equilibrada essa categoria. A grande coisa é que hoje todo mundo tem acesso a tudo. Tem treinamento de campo, todo mundo está se preparando melhor e o esporte vai cada vez ficando mais profissional", frisou Luciano, em entrevista à ‘Gazeta Esportiva.net'.

Corrêa também falou sobre o companheiro Rafael Nunes, que é mais jovem do que ele e também compete na categoria meio-pesado. Segundo o campeão mundial em 2007, os jovens talentos mostram que o Brasil está bem servido na modalidade.

"Isso é muito bom porque mostra a força do judô do Brasil, prova que as novas gerações estão vindo muito bem. Independentemente de quem o está representando, o judô brasileiro vai estar muito bem nos próximos Jogos Olímpicos porque uma outra geração está vindo", disse Luciano.

Na história do Mundial de judô, realizado desde 1956, o Brasil soma 28 medalhas ao todo, sendo quatro de ouro, sete de prata e 17 de bronze. A primeira medalha conquistada pelo Brasil na história da disputa foi com Chiaki Ishii (- 93kg), que levou o bronze em Ludwigshafen (ALE), em 1971.

O melhor desempenho brasileiro em número de conquistas em uma única edição foi em Paris (FRA), no ano de 2011, quando a Seleção faturou cinco medalhas (duas de prata e três de bronze). Para Ney Wilson, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), apesar de o Brasil ter ganhado três ouros e um bronze no Rio, em 2007, o saldo do torneio na capital francesa é mais positivo.

"O melhor resultado que tivemos, quantitativamente, foi em Paris. O melhor resultado qualitativo foi no Rio de Janeiro. Prefiro ganhar seis medalhas, pois assim mostramos o potencial da equipe como um todo, um time homogêneo. Uma seleção sem uma ou duas estrelas", disse o dirigente, que traçou uma meta para o Mundial de 2013. "Nosso maior objetivo é conseguir o maior número de quantidade possível. Queremos chegar a pelo menos seis medalhas", observou Ney.

O Campeonato Mundial de Judô do Rio de Janeiro terá seu início nesta segunda-feira, dia 26, e termina no dia 1º de setembro, com o Mundial por Equipes.

Confira todas as conquistas do Brasil em Mundiais de Judô:

1971 (Ludwigshafen-ALE): Chiaki Ishii (-93kg/bronze)

1979 (Paris-FRA): Walter Carmona (-86kg/bronze)

1987 (Essen-ALE): Aurélio Miguel (-95kg/bronze)

1993 (Hamilton-CAN): Aurélio Miguel (-95kg/prata) e Rogério Sampaio (leve/bronze)

1995 (Tóquio-JAP): Danielle Zangrando (-56kg/bronze)

1997 (Paris-FRA): Aurélio Miguel (-95kg/prata), Edinanci Silva (-72kg/bronze) e Fúlvio Myata (-60kg/bronze)

1999 (Birmingham-GBR): Sebastian Pereira (-73kg/bronze)

2003 (Osaka-JAP): Mario Sabino (-100kg/bronze), Edinanci Silva (-78kg/bronze) e Carlos Honorato (-90kg/bronze)

2005 (Cairo-EGI): João Derly (-66kg/ouro) e Luciano Corrêa (-100kg/bronze)

2007 (Rio de Janeiro-BRA): João Derly (-66kg/ouro), Tiago Camilo (-81kg/ouro), Luciano Correa (-100kg/ouro) e João Gabriel Schilittler (+100kg/bronze)

2010 (Tóquio-JAP): Mayra Aguiar (-78kg/prata), Leandro Guilheiro (-81kg/prata), Leandro Cunha (-66kg/prata) e Sarah Menezes (-48kg/bronze)

2011 (Paris-FRA): Leandro Cunha (-66kg/prata), Rafaela Silva (57kg/prata), Sarah Menezes (-48kg/bronze), Leandro Guilheiro (-81kg/bronze) e Mayra Aguiar (-78kg/bronze)

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