Tecnologia causa estranheza para França e Honduras; 'bola não entrou totalmente', diz goleiro

Antônio Strini, de Porto Alegre (RS), para o ESPN.com.br

A grande inovação trazida pela Fifa para a Copa do Mundo no Brasil, a tecnologia da linha do gol teve seu primeiro teste real neste domingo, no Estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre: o atacante francês Karim Benzema chutou, a bola bateu na trave esquerda, rolou pela linha, e o goleiro de Honduras Noel Valladares se atrapalhou ao tentar pegá-la.

Afinal, a pelota passou ou não a linha?

Reuters
Observado por Chávez, Valladares tenta salvar chute de Benzema
Observado por Chávez, Valladares tenta salvar chute de Benzema

O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci deu o gol, os jogadores da França comemoram, enquanto os hondurenhos reclamaram. Então, nos telões do estádio, o sistema apareceu: primeiramente mostrou a bola quando bateu na trave, e não foi gol; depois, porém, no lance principal, a tecnologia indicou que Valladares fez com que a bola ultrapasse a linha.

Gol, certo?

Depende. A situação causou estranheza para jogadores e técnicos das duas seleções após a partida.

"A bendita máquina disse que não, e depois que sim, não sei em qual acreditar", afirmou Luis Fernando Suárez, treinador de Honduras. O goleiro Valladares, pivô do caso, disse não ter sido gol da França: "Não sei até que ponto posso dar opinião. O que sei é que a bola não entra totalmente, e sei é que tem que entrar toda. Vi que não entrou totalmente."

O capitão da França, Hugo Lloris, falou que "na segunda imagem vocês (jornalistas) viram que a bola entrou... Eu não quero discutir isso. A imagem mostrou que o árbitro tomou a melhor decisão. Aqui não é um bom lugar para discutir. quando você vê o que aconteceu, naquele tipo de situação, pode acontecer", disse, sem alongar muito.

O meia-atacante Antoine Griezmann afirmou que "nós vimos na imagem que foi gol". O volante Paul Pogba seguiu o mesmo discurso do companheiro nos vestiários do Beira-Rio: "O árbitro disse que foi gol, então continuamos jogando."

O técnico francês, Didier Deschamps, elogiou a tecnologia. "Acho muito positivo, porque o gol vale. O árbitro recebeu o sinal. O telão mostrou em um primeiro momento uma imagem que não correspondia ao gol, correspondia a quando a bola tocou a trave. Depois, quando o goleiro a tocou, foi mostrada a imagem que a bola entrou. Entendo a chateação do treinador de Honduras, porque a primeira imagem dizia que não era gol, mas não era a imagem correta", lembrou na entrevista coletiva.

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