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Copa do Mundo Holanda Chile Fer Vrij 23/06/2014

O esperado duelo dos ataques entre Holanda e Chile - até então responsáveis, juntos, por 13 gols em quatro jogos - nesta segunda-feira, na Arena Corinthians, em São Paulo, teve bola na rede apenas aos 32 minutos do segundo tempo. E graças ao banco de reservas laranja, do qual saíram Leroy Fer e Memphis Depay para darem a vitória aos europeus por 2 a 0.

Em ambos os gols, Robben teve participação. No primeiro, ele cobrou escanteio dando a bola nos pés de Janmaat, que levantou na área na medida para que o meio-campista que acabara de entrar, no lugar do apagado Sneijder, cabeceasse livre e abrisse o placar.

Depois, já nos acréscimos, o astro do Bayern de Munique partiu em disparada pela esquerda em rápido contra-ataque e cruzou para Depay, que substituira Lens, escorar e definir o triunfo.

Robben somou mais uma assistência, mesmo sem desta vez ter Van Persie, suspenso por ter dois cartões amarelos, ao seu lado e sem fazer gols - foram dois nos 5 a 1 sobre a Espanha e mais um nos 3 a 2 diante da Austrália.

Atual vice-campeã, a Holanda mostra que tem mais que um time, tem um grupo, grupo que consolidou - o empate já servia - o primeiro lugar do grupo B com nove pontos. Agora, a seleção comandada por Louis van Gaal vai encarar o México, segundo colocado na chave A, na qual o Brasil ficou em primeiro. O duelo das oitavas de final acontece a partir das 13h do próximo domingo, dia 29, no Castelão, em Fortaleza (CE).

O Chile, que assim como a Holanda já estava clasificado, fecha a primeira fase com seis pontos e jogará um dia antes, sábado, também às 13h, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), contra o Brasil. As duas seleções se enfrentaram nas oitavas da última Copa, disputada em 2010, na África do Sul, quando os brasileiros levaram a melhor.

Agora, a Holanda, 100%, tem dez gols em três partidas, tendo tomando apenas três. Um ataque poderoso mesmo com um esquema que tem uma linha defensiva com cinco jogadores.

O Chile, que criou boas oportunidades, principalmente com Alexis Sánchez, não balançou a rede pela primeira vez neste Mundial, depois de ter feito cinco em dois jogos - 3 a 1 na Austrália, na estreia, e 2 a 0 na Espanha.

O jogo - Quem imaginava um jogo eletrizante desde o começo, decepcionou-se. Os superataques de Chile e Holanda, que chegaram para a partida tendo, juntos, 13 gols, não conseguiam produzir muito na primeira metade do primeiro tempo. 

A conclusão inicial, bem tímida aliás, só saiu aos 12 minutos, sem arrancar muitos suspiros. Mena cruzou da esquerda para a cabeçada de Alexis Sánchez, mas a bola foi por cima do gol de Cillessen.

Só depois dos 22 minutos aparecerem chances claras de gol. Alexis Sánchez cobrou escanteio da esquerda do ataque chileno, rasteiro, em clara jogada ensaiada. Gutiérrez apareceu livre no meio da área e bateu de esquerda, mas mandou por cima do gol.  

A Holanda chegou pela primeira vez de forma efetiva em bola parada. Aos 24, Lens foi lançado e ganhava na corrida quando foi derrubado na intermediária por SIlva, que tomou cartão amarelo. Sneijder bateu a falta direto, de direita, mas Bravo fez a defesa de forma tranquila, ainda que em dois tempos. 

Aos 33, Rooben arrancou pela segunda vez na partida, como é sua característica, de novo pelo lado direito, mas errou o passe na hora H para De Jong, que invadia a área livre ao seu lado.

A Holanda voltou a ameaçar com perigo de novo na bola parada. Aos 35, Robben levantou na área uma falta lateral, De Vrij subiu mais que todo mundo no segundo pau e cabeceou, mas a bola passou tiranto tinta da trave direita de Bravo. 

Aos 40, Robben, enfim, encaixou de forma perfeita uma de suas arrancadas. Ele partiu com a bola do meio de campo, foi cortando para a esquerda, superou Jara, Medel e Silva, este último já dentro da área, e bateu cruzado, mas a bola passou à esquerda de Bravo e saiu pela linha de fundo.

Sampaoli voltou para o segundo tempo com Beausejour no lugar de Gutiérrez, Van Gaal não mexeu. E o Chile começou melhor. Aos 11, Alexis Sánchez chutou da intermediária e mandou por cima do gol.

Inspirado, o atacante do Barcelona fez linda jogada aos 20, quando colocou a bola entre as pernas de Lens, que ajudava a defesa, e chutou forte para Cillessen espalmar. Só a equipe sul-americana atacava na etapa final.

Até que Robben, aos 21, conseguiu ótima finalização e obrigou Bravo a fazer bela defesa.

Aos 24, Van Gaal tirou Lens e colocou Depay. Aos 25, Valdivia entrou no lugar do zagueiro Silva, que já tinha cartão amarelo, em clara demonstração de Sampaoli de que buscava o triunfo. O palmeirense foi muito vaiado e aplaudido, dividindo o estádio.    

Aos 29, Fer entrou na vaga de Sneijder. E com muita sorte. Após Depay obrigar Bravo a mandar bola para fora em chutaço de fora da área, aos 31, o meio-campista do Norwich City, da Inglaterra, subiu mais que todo mundo no escanteio batido aos 32 e com muita liberdade cabeceou para fazer 1 a 0 para a Holanda. 

O Chile foi para cima e tentou a todo modo, mesmo no abafa, chegar ao empate. E pagou caro por isso. Aos 46, contra-ataque rápido acabou com a bola nos pés de Robben pela esquerda, ele foi até à linha de fundo e cruzou na medida para Depay, outro que viera do banco, escorar e fazer 2 a 0. 

FICHA TÉCNICA:
HOLANDA 2 x 0 CHILE

Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data: 23 de junho de 2014, segunda-feira
Horário: 13 horas (de Brasília)
Público: 62.996 pagantes 
Árbitro: Bakary Gassama (GAM)
Assistentes: Evarist Menkouande (CAM) e Felicien Kabanda (RWA)
Cartões amarelos: Blind (Holanda); Silva (Chile) 
GOLS: Fer, aos 32 minutos, e Depay, aos 46 do segundo tempo

HOLANDA: Cillessen; Janmaat, De Vrij, Vlaar, Blind e Kuyt (Kongolo); De Jong, Wijnaldum e Sneijder (Fer); Robben e Lens (Depay)
Técnico: Louis van Gaal

CHILE: Bravo; Medel, Silva (Valdivia) e Jara; Isla, Diaz, Aránguiz, Gutiérrez (Beausejour) e Mena; Vargas (Pinilla) e Alexis Sánchez
Técnico: Jorge Sampaoli