Treinador defende time de 'imigrantes' da Suíça: 'Sem eles, não estaríamos na Copa'

Francisco De Laurentiis, de Salvador (BA), para o ESPN.com.br
EFE/EPA/PETER KLAUNZER
Time Suíça Posado Equador Brasília Copa do Mundo 15/06/2014
Seleção da Suíça: filhos de imigrantes compõem a base da equipe

A seleção suíça tem em seu plantel diversos jogadores que são filhos de imigrantes de várias partes do mundo. Entre os mais conhecidos, estão os meio-campistas Inler (origem turca), Behrami (albanesa) e Xhaka (bósnia), além do atacante Shaqiri (kosovar). Segundo o técnico Ottmar Hitzfeld, a mistura cultural foi algo que só ajudou a Suíça a crescer e se fortalecer no futebol.

"Pessoalmente, como treinador, fico muito satisfeito que essas pessoas imigraram para a Suíça. Foi bom não só para a seleção quanto para o mundo do futebol. Talvez, sem eles (filhos de imigrantes), tivéssemos muitas dificuldades para nos classificarmos. Talvez, sem eles, nem estaríamos na Copa", disse o treinador, que é alemão.

Apesar disso, Hitzfeld fez questão de exaltar que os "imigrantes" não são o único fator que torna a seleção suíça uma das melhores equipes do mundo atualmente. O time é atualmente o 6º colocado no ranking da Fifa, à frente de seleções como Uruguai, Colômbia, Itália, Inglaterra, Bélgica, Holanda e Chile, além da França, adversária da próxima sexta-feira, em Salvador.

"A Suíça já teve muitas vitórias no passado. Mesmo sendo um país pequeno e de população pequena, participa com regularidade de muitas competições internacionais. Meu trabalho foi fazer a transição de gerações, começando em 2011. Introduzi os jogadores mais jovens [filhos de imigrantes] para trabalharem com os mais experientes. Esse trabalho conjunto deu resultados", afirmou.

Suíça e França se enfrentam nesta sexta, às 16h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela 2ª rodada do grupo E. A partida terá transmissão ao vivo dos canais ESPN e do WatchESPN, além de acompanhamento em tempo real pelo ESPN.com.br.

'Segundo jogo será melhor'
Um dos filhos de imigrantes presentes na coletiva, o volante Inler, do Napoli, disse que os suíços estavam com as "pernas pesadas" na primeira partida da Copa - a virada por 2 a 1 sobre o Equador - e prometeu melhoras para o segundo jogo.

EFE/EPA/MARIUS BECKER
Inler Coletiva Suíça Salvador Fonte Nova 19/06/2014
Inler, um dos filhos de imigrantes da Suíça

"Estávamos bem nervosos no 1º tempo daquele jogo, e não tivemos o começo que queríamos. O Equador nos pressionou, mas ainda assim conseguimos vencer. Após o jogo, conversamos entre nós sobre o que aconteceu, decidimos que temos que acreditar mais em nós, mostrar mais ambição. Depois do primeiro jogo, já estamos mais relaxados, mais tranquilos", assegurou.

Inler também apontou o principal perigo da França: o armador Paul Pogba, seu rival de Serie A italiana, que atua pela Juventus.

"Pogba é um grande talento. Já nos cruzamos em campo muitas vezes nos jogos entre Napoli e Juventus, e ele é especial. É um cara legal, já conversamos muitas vezes, e que é extremamente importante para a França. Amanhã será mais um jogo muito difícil, e temos que demonstar muito respeito em campo", disse.

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