Conmebol, enfim, decide e elimina Boca da Libertadores

ESPN.com.br
EFE
Pablo Osvaldo e jogadores do Boca Juniors, durante confusão na partida contra o River Plate
Jogadores do Boca Juniors, durante confusão na partida contra o River Plate

O Boca Juniors está eliminado da Copa Libertadores da América de 2015. Neste sábado, dois dias após a confusão na partida de volta das oitavas de final, contra o River Plate, em La Bombonera, o Tribunal Disciplinar da Conmebol decidiu dar o jogo por encerrado com o placar de 0 a 0, decretando a saída do time da casa.

O primeiro confronto das quartas de final, entre River e Cruzeiro, irá acontecer na quinta-feira, às 22h, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires - e não na quarta, como estava marcado inicialmente. A mudança foi para não atrapalhar a logística das equipes, que tiveram de esperar o julgamento para se programarem. 

A diretoria do Boca entrará com recurso já neste domingo - o advogado brasileiro Eduardo Carlezzo faz a defesa dos xeneizes.

Mais branda do que se esperava, a decisão fará ainda com que o Boca atue com os portões fechados na Bombonera por quatro partidas, não tenha torcida em seus próximos quatro compromissos como visitante e pague multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 600 mil) pelos incidentes.

"Boca já está desclassificado, e isso é inapelável. Sim, pode apelar dos outros pontos da resolução", explicou o vice-presidente da Conmebol e membro do Tribunal Disciplinar da entidade, Adrian Leiza.

O time poderá disputar normalmente a edição de 2016 da Libertadores.

Na partida de ida, no Monumental de Nuñez, o River venceu por 1 a 0, com gol de Sánchez, o que lhe permitia empatar na casa do rival. A partida de quinta-feira, contudo, acabou interrompida após apenas 45 minutos de bola rolando, em virtude de confusão provocada pela torcida do Boca na volta dos vestiários.

Antes da decisão da Conmebol, responsável pela organização da Libertadores, o Ministério Público de Buenos Aires anunciou o fechamento da Bombonera. Segundo o secretário nacional de segurança da Argentina, Sergio Berni, disse "não ter dúvidas de que a culpa era do Boca" pelo ocorrido.

A confusão começou quando o River voltava ao campo para o segundo tempo. Torcedores do Boca conseguiram acesso ao túnel de acesso e atiraram spray de pimenta no atletas. Vangioni, Funes Mori, Kranevitter e Ponzio estiveram entre os mais atingidos e passavam mal à beira do campo.

A partida ficou interrompida por quase duas horas, com os jogadores esperando no campo. Depois de longa espera e conversas entre o árbitro e os delegados da Conmebol, a partida foi suspensa. Em meia a isso, um drone ironizando a queda do River à segunda divisão também pairou sobre o campo.

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Segundo o médico da equipe visitante, os jogadores atingidos pelo spray sofreram queimaduras de primeiro grau e reação alérgica. Suas camisas, manchadas pela substância disparada, foram levadas pela perícia para análise, assim como o túnel inflável que foi violado para a ação contra os atletas.

Outros casos - Esta não é a primeira vez que o Boca é eliminado da Libertadores por uma confusão com torcedores. Em 2005, também na Bombonera, um fã invadiu o campo e agrediu um jogador do Chivas, do México. Na ocasião, os argentinos tinham perdido a ida por 4 a 0 e empatava a volta (0 a 0).

Em 2013, o Corinthians também teve problemas, com sua torcida sendo responsável pela morte do boliviano Kevin Espada, vítima do disparo de um sinalizador naval na partida contra o San José na primeira fase. A punição ao clube foi disputar a partida seguinte com os portões fechados.

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