Equador se apoia na força de Quito para tentar disputar quatro das últimas cinco Copas

Antônio Strini, Henrique Munhos, Igor Resende e José Edgar de Matos

Não é novidade que a altitude de 2.800 metros de Quito, capital do Equador, é fundamental para o bom desempenho da seleção nas eliminatórias sul-americanas. Contudo, as últimas quatro edições mostram que os resultados em casa determinam se o país terá sucesso ou não para alcançar a Copa do Mundo.

Desde 2002, quando disputou seu primeiro Mundial, o Equador passou a incomodar as grandes seleções do continente graças a performance em sua casa. Naquela edição, quando terminou em segundo nas eliminatórias, o país somou 74% de aproveitamento como mandante, número que subiu para 85% na disputa seguinte.

Para a Copa de 2010, o time caiu de rendimento em casa e, com 55% de aproveitamento no seu estádio, ficou de fora do Mundial. O retorno da força de Quito ocorreu nas últimas eliminatórias, quando a equipe venceu sete jogos e empatou um dos oito que fez como mandante, garantindo vaga na Copa disputada no Brasil.

Tanto no Mundial 2014 quanto na última Copa América, o Equador somou apenas três pontos e acabou eliminado ainda na fase de grupos. Aos 30 anos, Antonio Valencia já não tem tanto espaço no Manchester United, mas segue como o grande nome do seu país, acompanhado dos mais jovens Enner Valencia (25), Jefferson Montero (26) e Miller Bolaños (25) - este último revelação do Emelec e que era treinado por Gustavo Quinteros, técnico que assumiu a seleção equatoriana recentemente e fez apenas oito jogos oficiais.

 

O Equador por um equatoriano

  • O Equador quer ser protagonista das eliminatórias sul-americanas, e para isso a direção nacional contratou o técnico argentino Gustavo Quinteros. Ele ofereceu um modelo de jogo ofensivo no qual a Tri não só ganhe como encante. Antes do gaúcho, pelo Equador passaram quatro técnicos colombianos (Francisco Maturana, Hernán Gómez, Luis Suárez e Reinaldo Rueda) que deixaram muito marcada a ideia de primeiro defender e depois buscar o gol rival. O equatoriano Sixto Vizuete manteve a mesma linha.
  • Acostumados a um sistema de jogo conservador, os selecionados equatorianos se complicaram para assimilar as ideias de Quinteros. “Queremos trocar a imagem do Equador, seremos uma equipe que se goste, que seja protagonista”, mencionou o treinador no último dia 30 de setembro, quando apresentou a relação de jogadores que afrontarão os dois primeiros jogos das eliminatórias.
  • Esse atropelado processo de adaptação se evidenciou na Copa América, onde o Equador ganhou só um jogo de três e foi eliminado na fase de grupos. Quinteros busca potencializar a velocidade dos jogadores equatorianos com um sistema compacto de jogo no conjunto. Para isso treinou em repetições e exercícios de mecanização, durante os microciclos que participou desde que assumiu o cargo, em 15 de março passado.

    O técnico confia na adaptação de seu elenco e até o momento as estatísticas sustentam sua teoria. Dos oito jogos que dirigiu, ganhou quatro, empatou um e perdeu três, 54% de aproveitamento. Após o sorteio das eliminatórias, Quinteros não ficou muito feliz: o Equador começará contra a Argentina, como visitante.

    A imprensa equatoriana considera que duas das quatro vagas para o Mundial estão asseguradas para Brasil e Argentina. Assim, as outras oito seleções do continente deverão brigar pelos postos restantes. O Equador poderia ficar entre os classificados, assim como nos processos classificatórios de 2002, 2006 e 2014, se conquistar mais de 80% dos pontos que disputar jogando como mandante.

    Pelo demonstrado nas últimas eliminatórias, os rivais diretos do Equador são Chile, Colômbia e Uruguai. Perder ou empatar diante dessas seleções em Quito seria complicar a classificação equatoriana à vaga para a Rússia 2018.

    No “orçamento” da comissão técnica de Quinteros, se espera ganhar pontos em território venezuelano e boliviano. Um empate ou uma vitória nesses campos complementaria os pontos que pode ganhar a seleção equatoriana atuando no Estádio Olímpico Atahualpa.

  • Ronald Ladines, jornalista do El Comercio

O Craque

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Eliminatórias: Antonio Valencia, craque da seleção do Equador

Antonio Valencia, meia-atacante

Jefferson Montero e Enner Valencia são caras novas no futebol inglês, Miller Bolaños é um dos maiores talentos do futebol sul-americano, mas a grande referência da seleção equatoriana segue sendo Antonio Valencia. Afinal, ninguém fica seis anos no Manchester United por acaso.

O momento do jogador nos Red Devils, contudo, não é dos melhores. Valencia não é titular absoluto e atua mais como lateral-direito do que como meia, sua posição habitual. Na Copa do Mundo, ele não brilhou e ainda acabou expulso diante da França na última partida da seleção no Mundial.

Mesmo assim, ele ainda segue com moral elevada e lugar garantido entre os titulares do Equador.

Fique de Olho

Carlos Gruezo, meio-campista

Aos 20 anos, Carlos Gruezo tem mais bagagem que a maior parte dos jovens da sua idade. Isso porque, desde a última temporada, o volante é jogador do Stuttgart, da Alemanha, além de ter disputado a Copa do Mundo de 2014. Aproveitando-se da ausência de habituais titulares, como Castillo, o jovem esteve entre os 11 iniciais na partida contra a Suíça e chamou a atenção de ninguém menos que José Mourinho, tendo seu nome especulado no Chelsea. De fora na Copa América, ele voltou ao time no amistoso contra Honduras.

Estádio

Nome: Olímpico Atahualpa
Capacidade: 36.000 pessoas
Cidade: Quito
Altitude: 2.850m

Estreia

  • Quinta-feira - 08/10 às 21h

    ARGENTINA

    x

    EQUADOR

A 1ª CONVOCAÇÃO

  • Goleiros
  • Alexander Domínguez
  • Máximo Banguera
  • Esteban Dreer
  • Defensores
  • Walter Ayoví
  • Jorge Guagua
  • Juan Carlos Paredes
  • Frickson Erazo
  • Gabriel Achilier
  • Óscar Bagüí
  • Arturo Mina
  • Mario Pineida
  • Meio-campo
  • Segundo Castillo
  • Antonio Valencia
  • Christian Noboa
  • Jefferson Montero
  • Renato Ibarra
  • Michael Arroyo
  • Pedro Quiñónez
  • Álex Bolaños
  • Juan Cazares
  • Junior Sornoza
  • Ángel Mena
  • Pedro Larrea
  • Joao Rojas Lopez
  • Atacantes
  • Felipe Caicedo
  • Fidel Martínez
  • Miller Bolaños
  • Daniel Angulo

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DESEMPENHO EM COPAS

3 participações
2002 Eliminado na fase de grupos
2006 Eliminado nas oitavas de final
2014 Eliminado na fase de grupos
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