O técnico da seleção do Chile, Jorge Sampaoli, é objeto de desejo de muitos clubes brasileiros. Antes de contratar Juan Carlos Osorio, por exemplo, o São Paulo foi atrás do argentino, mas não conseguiu fechar negócio. Entre ex-jogadores e comentaristas, ele também é unanimidade. Tostão, por exemplo, disse ao jornal La Tercera que gostaria de vê-lo no comando do Brasil, no lugar de Dunga.
Sampaoli, porém, não entende o porquê de tudo isso.
Em sua coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre o Brasil, na última quinta-feira, pelas eliminatórias sul-americanas, o treinador foi sincero e disse que nem ele mesmo se acha tudo isso.
"Creio que (o que falam sobre mim) é um pouco exagerado. Ainda mais vindo das pessoas que você menciona [brasileiros], que vivem em um país tão exitoso no futebol", confessou.
No entanto, ele admitiu que se sente "orgulhoso" em ver seu trabalho elogiado.
"É muito bom ver que pessoas de um país tão importante na histórai do futebol têm essa opinião sobre mim, gente de um país que não é o meu, mas é o que mais ganhou. Saber que prestam atenção no que eu faço na seleção que casualmente estou dirigindo me dá muito orgulho. Essa é a verdade", discursou.
Sampaoli raramente sorri, nem gosta de enaltecer seus acertos. Na coletiva, inclusive, não foram poucos os momentos em que ele apontou seus próprios erros, como escalar o zagueiro Silva ao invés do meia-atacante Mark González como titular.
O próprio Dunga já havia elogiado o técnico rival na última quarta, um dia antes do jogo. De acordo com o treinador do Brasil, o argentino é "referência" no futebol atual.
Sobre a vitória, o técnico argentino viu o resultado como "um grande passo" para ir à Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia.
"No segundo tempo, o rival praticamente não teve chances, e estamos falando de uma equipe como o Brasil. Isso só mostra como o triunfo foi importante na busca pela classificação", comemorou.
"Vai ser muito difícil (conseguir a vaga na Copa), mas demos um passeo grande, porque, normalmente, eles [Brasil] ganham da gente. Que isso siga na próxima partida", finalizou.
Na próxima rodada das eliminatórias, o Chile volta a campo na terça-feira, às 23h15 (horário de Brasília), contra o Peru, fora de casa. No mesmo dia, mas às 22h, o Brasil tenta se recuperar contra a Venezuela, em Fortaleza.
Sampaoli: 'Não sei por que os brasileiros gostam tanto de mim'
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