Claudio Villa/Getty Images

Julian Draxler será um dos nomes mais experientes da Alemanha na Copa das Confederações

A Copa das Confederações é encarada pelo técnico da Alemanha, Joachim Löw, como um laboratório de testes que servirá para que novos jogadores possam provar seu valor pensando na disputa da Copa do Mundo do próximo ano.

A lista de ausências da atual campeã mundial mostra claramente que a intenção de Löw não foi levar seus melhores jogadores para a competição. Manuel Neuer, Mats Hummels, Jerome Boateng, Toni Kroos, Sami Khedira, Mesut Özil e Thomas Müller estão fora da convocação.

A decisão de levar um time B foi tomada há muito tempo. Na entrevista coletiva na qual apresentou seus planos para 2017, Löw disse que a Copa das Confederações seria um torneio para testar jogadores com perspectivas de jogar na seleção no futuro.

Por isso, não surpreende que a convocação esteja repleta de jovens com pouca experiência internacional, que terão como referência neste grupo alguns jogadores com mais projeção, como os laterais Joshua Kimmich e Jonas Hector, além do meia Julian Draxler.

Os três são os únicos convocados que foram titulares habituais em partidas que podem ser consideradas normais na era Löw. Draxler e Hector, por exemplo, têm mais de 20 jogos com a seleção.

"A meta para mim é que três, quatro ou até cinco novos jogadores evoluam neste torneio e na próxima temporada. E que isso permita que eles disputem vagas com os habituais para 2018", disse Löw em declarações divulgadas pela Federação Alemã de Futebol (DFB).

Também é possível que o técnico faça algumas experiências táticas. No entanto, o fato de o grupo só ter disputado duas partidas - um amistoso contra a Dinamarca e uma partida das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo contra San Marino - não permite tirar conclusões sólidas sobre as intenções do treinador.

Para substituir Neuer no gol, a expectativa é de um duelo interno. Marc-Andre ter Stegen, do Barcelona, parte como favorito para ficar com a vaga, mas terá a concorrência acirrada de Bernd Leno, do Bayer Leverkusen. Kevin Trapp, também convocado, terá que lutar para ficar como terceiro goleiro até o Mundial de 2018.

Entre os jogadores com perspectivas de permanecer no grupo principal há dois atacantes: Lars Stindl e Sandro Wagner. Com 28 e 29 anos, respectivamente, eles não fazem parte da nova geração alemã, mas são novos na seleção principal.

Wagner foi campeão europeu sub-21 com Neuer, Boateng, Hummels, Kroos e Özil, mas tinha desaparecido da elite do futebol do país. Mas nas duas últimas temporadas, a primeira com o Darmstadt e a segunda com o Hoffenheim, voltou a chamar a atenção.

Já Stindl pode interessar Löw para a Copa do Mundo por ser um "camisa 9" clássico, com estilo semelhante a Miroslav Klose, um jogador em falta na Alemanha nos últimos anos.

Além deles, outros dois jovens jogadores que se destacaram no Campeonato Alemão podem cavar uma vaga no Mundial: Julian Brandt e Timo Werner.

Em todo caso, após ficar com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2016, a jovem Alemanha buscará um título que falta no seu histórico. A melhor participação da seleção do país foi em 2005, quando terminou com a terceira colocação.