Sábios são os treinadores que dizem que um time se constrói a partir de um grande goleiro. Eu concordo, mas nem todo mundo pensa assim.
A França, por exemplo, tem um goleiro ruim. E quando se trata de um país com 80 milhões de habitantes eu não posso acreditar que ele seja o melhor.
A França nunca foi uma escola de goleiros. Basta pensar no carequinha Barthez. Era mais folclore que qualquer outra coisa. O defensor atual, Hugo Lloris, é limitado tecnicamente e não passa a mínima segurança ao time. Contra a Bielorussia, foi culpado pelos dois gols que o time sofreu.
Depois da Segunda Grande Guerra, a França foi buscar homens nas suas colônias africanas. Além de uma melhor condição de vida, puderam trazer junto com a mala, a família inteira. E, desde então, a França é um Estado de brancos e pretos, católicos e musulmanos.
Muitas colônias francesas, como por exemplo, a Nigéria, tem uma população masculina formada por homens altos e fortes. E a seleção francesa é o reflexo da sua população (e não poderia ser diferente). É um time composto por muitos jogadores negros que carregam todas as melhores características da raça: altos, ágeis e de muito vigor físico.
Já faz alguns anos que ser goleiro no Brasil deixou de ser um sonho só de meninos brancos. Dida, Jefferson, Aranha, Bruno e Edinho são alguns exemplos de goleiros negros que tiveram sucesso embaixo das traves.
Me parece que a França tem um grande potencial que não está sendo explorado.