O meia alemão Toni Kroos, considerado o melhor em campo pela Fifa, compareceu à coletiva de imprensa com uma austeridade impressionante. Em momento algum parecia que havia feito uma partida histórica. Sem falta modéstia, concordou que sua atuação foi fantástica, mas não que fosse a melhor de sua carreira. "Foi a melhor partida internacional e contra o Brasil, no Brasil, numa semifinal, mas talvez não tenha sido a melhor", disse.
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Segundo Kroos, logo nos primeiros minutos os alemães perceberam que poderiam ter facilidades. "Desde o primeiro minuto tínhamos a impressão de que algo seria possível e que a Seleção Brasileira estava um pouco perdida", afirmou. Questionado sobre o desempenho da Seleção Brasileira na Copa, Kroos considerou a pressão por jogar em casa a maior inimiga do Brasil. "Eles tinham que ser campeões do mundo em casa. Nós sentimos que, em toda a Copa, em momento algum, fizeram seu melhor desempenho", disse.
Kroos foi eleito melhor jogador da partida. Ele fez dois gols e deu assistência para o primeiro gol, de Thomas Müller, que abriu não só o placar como também desestabilizou o Brasil - dando início ao massacre que terminou em 7 a 0.
O técnico alemão seguiu a mesma linha de Kroos. Joachim Löw também considerou a pressão popular a maior inimiga do Brasil no mundial. "Eu não me lembro se já tivemos um resultado semelhante em Copas do Mundo, mas isso tem que ser visto em um contexto em que o anfitrião não soube lidar com a pressão", disse.
Para Löw, após o segundo gol alemão, o Brasil se descontrolou completamente e tudo ficou mais fácil. "Depois dos dois a zero, percebemos que eles estavam perdidos, confusos e nunca conseguiram voltar a sua organização. Percebíamos que eles estavam em pane e aproveitamos isso". Löw ainda comentou o fato de Klose ter se tornado o maior artilheiro da história das Copas. "Isso significa muito para todos nós. É fantástico para o Miroslav Klose. Ele, de fato, merece, pois com a sua idade ainda está jogando nos níveis mais altos".
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