Oscar, Djabou, Ayew e Gyan. Esses são os quatro jogadores que não ganharam a Copa do Mundo, mas, pelo menos, poderão dizer que venceram o melhor goleiro do torneio. Manuel Neuer foi mais do que simplesmente um atleta debaixo de três traves ao longo dos sete jogos disputados. Os 28 anos de idade deram experiência para que o camisa 1 fosse frio em momentos de pressão, mas não foram suficientes para acabar com a irreverência de um goleiro que ficou marcado também por irresponsáveis lampejos de atuação como zagueiro.
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Primeiro jogador de uma equipe cheia de craques, ele teve o privilégio de ver sua zaga se consolidar ao longo das partidas. Quando a defesa não era o suficiente, o goleiro estava lá para garantir o sucesso de sua seleção. Foi assim nos momentos de maior pressão adversária durante o Mundial. Nas oitavas de final, contra a Argélia, a Alemanha deixou tanto espaço na defesa que, para parar contra-ataques, Neuer precisou intervir em diversas oportunidades, com carrinhos e chutões.
O que parecia acaso, ou coisa de uma partida atípica, foi se tornando característica do goleiro. O alemão repetiu as saídas nas partidas seguintes, sem nunca passar sufoco e se consagrou na meta da equipe campeã - chegando até mesmo a cobrar lateral na partida final. Manuel Neuer venceu candidatos fortes na disputa pelo prêmio de melhor goleiro. O rival desta noite, Sergio Romero, se destacou bastante na reta final do torneio - principalmente na semifinal contra a Holanda, que acabou nos pênaltis. Keylor Navas, da Costa Rica, havia brilhado na primeira parte da Copa, levando seu país à inedita disputa de quartas de final - além de deixar para trás Uruguai, Itália e Inglaterra na fase de grupos.
Titular absoluto no Bayern de Munique, Neuer tem uma carreira consagrada. Já foi campeão da Liga dos Campeões, do campeonato alemão e recebeu o prêmio de melhor goleiro do mundo em 2013. Tanta competência também acompanha um enorme carisma. Durante a estadia no Brasil, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, o melhor goleiro da Copa mostrou que seus 1,93 m não são feitos da frieza característica dos alemães. Sempre participando de brincadeiras ao lado de Podolski e Schweinsteiger, Neuer colocou a camisa do tricolor baiano e, em alto e bom português, clamou: “Baêa, Baêa”.
Neuer deixa a Copa no Brasil com diversas imagens na memória dos torcedores. Brincadeiras, sorrisos, coragem, loucura em campo e defesas sensacionais. Diversos ingredientes que fazem dele o melhor goleiro do Mundial.