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Time do Taiti na Copa das Confederações (Foto: Agência EFE)

Time do Taiti na Copa das Confederações (Foto: Agência EFE)

Espanha e Taiti, seleções que se enfrentam nesta quinta-feira (20/06) na Copa das Confederações, contrapõem realidades muito diferentes. Enquanto espanhóis ganham milhões com os salários em famosos clubes europeus, só há um taitiano que ganha para jogar futebol – Marama Varihua. Todos os demais se sustentam com outros empregos.

"Nós temos rapazes em diferentes empregos, mas nove deles estão desempregados. Alguns são garotos de entrega, um motorista de caminhão, alguns são professores de educação física, alguns são contadores", disse Eddy Etaeta, técnico do Taiti, em uma coletiva.

Fernando Torres, atacante da seleção da Espanha (Foto: EFE)

Fernando Torres, atacante da seleção da Espanha (Foto: EFE)

A disputa particular entre Fernando Torres, atacante da Espanha, e Teheivarii Ludivion, zagueiro do Taiti, retrata bem o abismo entre os atletas dos dois países. O espanhol ganha R$ 2,4 milhões por mês, ou 175 mil libras por semana, do Chelsea, de acordo com a imprensa britânica. Ele disputará a bola com um alpinista industrial que escala montanhas, pontes e telhados para fazer reformas.

"Nós temos este jogador, Ludivion. Ele acorda todos os dias às 4h30 e escala montanhas durante todo o dia. Ele escala montanhas, mas pode escalar qualquer coisa. Ele escala coqueiros, todo tipo de coisas, e então ele vem treinar. Esta é a rotina dele", contou o técnico, chamado de "pai" pelos atletas por conhecê-los e treiná-los desde os 12 ou 13 anos.

Jonathan Tehau, autor do histórico gol do Taiti na derrota por 6 a 1 para a Nigéria, é um entregador. E há três parentes na mesma seleção: Lorenzo Tehau e Alvin Tehau são irmãos, e Teaonui Tehau é primo deles. Os salários, de alguns milhares de dólares, têm sido pagos pela confederação do país – que, inclusive, não tem patrocinadores.