Em 2010, na África do Sul, Sebastián Eguren era um dos líderes do elenco que levou o Uruguai à semifinal da Copa do Mundo depois de 40 anos. Hoje no Palmeiras, o volante fala pelos seus companheiros de Celeste Olímpica deixando claro que as brincadeiras com relação ao título da Copa de 1950, quando a seleção de seu país foi protagonista do “Maracanazo”, não servem para motivar os atuais jogadores do Uruguai.
“O fantasma não existe. Tanto os jogadores quanto o povo do Uruguai têm muito respeito pela seleção e pelo povo brasileiro. Não gostamos muito da brincadeira do fantasma porque não é a nossa maneira de ser”, disse o meio-campista, reforçando a posição contrária dos atletas da seleção à propaganda veiculada pelo fornecedor de material esportivo do time com um fantasma circulando pelo Rio de Janeiro.
Do Maracanazzo, Eguren tem só orgulho. “Ninguém imaginava aquilo. Para um país tão pequeno, ver aquilo acontecer foi um exemplo de luta, de nunca abaixar os braços e ir até o final sempre. Mas vamos à realidade: o Brasil perdeu aquela final e depois ganhou cinco. Conquistou tudo e nós paramos ali, só jogamos mais duas semifinais de Copa.”
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Aos 33 anos, Egurén não mostra otimismo em estar no próximo Mundial. Isso porque o técnico Óscar Tabárez não o convocou para os últimos confrontos do time – em novembro, nos dois jogos contra a Jordânia que valiam vaga na Copa, e agora contra a Áustria, no amistoso do próximo dia 5, em Klagenfurt.
“O departamento médico da seleção acompanhou a minha recuperação da contusão que sofri no início de janeiro, mas sou realista. Não fui chamado para os dois jogos da repescagem, nem fui convocado agora. Quero esquecer um pouco a Copa e me focalizar no Palmeiras”, comentou. Egurén fez seu primeiro jogo completo no último domingo, contra Botafogo-SP, e não sentiu dor.
“É um ano importante para nós, no Palmeiras, com o centenário, e é o meu primeiro ano na Série A daqui. Tudo muito especial para eu não ficar para baixo por perder a Copa. Já disputei uma e meu dever era fazer o Uruguai voltar para uma Copa importante como a deste ano. Meu trabalho foi feito”, falou, com expectativa de, mesmo se for como torcedor, ver um Mundial elogiável, também, pela campanha uruguaia.