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Eduardo Paes minimiza preocupação com protestos na Copa

O prefeito do Rio de Janeiro minimizou a preocupação com os possíveis protestos contra a Copa do Mundo, mas disse que não serão aceitos atos de violência

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes: "não tenho nenhum medo" (Tomaz Silva/ABr)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes: "não tenho nenhum medo" (Tomaz Silva/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 14h57.

Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, minimizou nesta sexta-feira a preocupação com os possíveis protestos contra a Copa do Mundo, durante entrevista coletiva concedida no lançamento do "Manual de Procedimentos para Grandes Eventos", com regras de trânsito e de segurança na cidade.

Perguntado sobre a possibilidade de as manifestações, que aconteceram durante a Copa das Confederações, se repetirem, Paes lembrou que o Brasil é uma democracia consolidada, por isso, todos "têm e terão direito" de realizar protestos.

O prefeito, no entanto, disse que não serão aceitos atos de violência, lembrando especificamente o caso do cinegrafista Santiago Andrade, da "Rede Bandeirantes", morto após ser atingido por um rojão lançado por manifestantes em fevereiro.

"As pessoas têm o direito de protestar contra a Copa do Mundo. É claro que existe uma parcela população que é contra a Copa. Não tenho nenhum medo quanto a isso. O que não pode acontecer é que manifestantes matem um cinegrafista, como aconteceu", garantiu.

O chefe do executivo municipal, ainda garantiu que, caso haja novos casos de violência, "será inaceitável e as forças de segurança atuarão" na repressão.

Para aumentar a segurança nos dias de jogo, serão proibidos a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos arredores do estádio do Maracanã. Além disso, o efetivo normal de policiais será reforçado com 700 oficiais.

Durante a coletiva, Paes criticou propagandas enganosas de excursões para a Copa, que estão oferecendo vantagens a torcedores que infringem normas estabelecidas pelas autoridades municipais.

"Tem agência de viagem vendendo pacote dizendo que vai deixar o cliente na porta do estádio. Isso não vai acontecer, porque não passará pelos pontos de bloqueio de trânsito", alertou.


O acesso ao Maracanã estará fechado para veículos - exceto carros oficiais e de serviço da Fifa - e só será possível chegar ao local através de transporte público durante os dias em que houver partidas da Copa.

Paes acrescentou que o acesso ao palco da final da Copa também estará proibido para ônibus particulares fretados por agências de viagens. Segundo o governante, esse tipo de veículo será orientado para estacionar em outra área.

Para compensar a impossibilidade de chegar ao estádio, a prefeitura fortalecerá o transporte público e dará prioridade ao metrô com uma especial cobertura às linhas que levam até a Maracanã.

Além disso, os sistemas de corredor exclusivo para ônibus (BRT Transcarioca) que estão sendo construídos na cidade, terão um papel importante. Segundo garantiu Paes, as obras para sua implantação estarão pronta para o campeonato de seleções.

Essas linhas reforçarão especialmente os trajetos dos dois aeroportos da cidade, o aeroporto Internacional do Galeão e o Santos Dumont até o estádio.

O prefeito destacou o papel fundamental da experiência adquirida com a organização da Copa das Confederações, quando o Maracanã recebeu, inclusive, a final entre Brasil e Espanha. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, o modelo de transportes será o mesmo, com alguns "ajustes" e a entrada em vigor do BRT.

Além disso, a Prefeitura do Rio produzirá guias, mapas e folhetos para orientar os turistas para que não se percam durante suas visitas à cidade. Para complementar a informação, a capital fluminense lançará um aplicativo para telefones celulares com o qual os torcedores poderão ter informações sobre a cidade.

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