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24/06/09 - 12h33 - Atualizado em 24/06/09 - 12h33

Zagueiro da África do Sul é homenageado ao som de vaias mas garante que adora

Booth tem seu nome gritado na torcida todas as vezes que pega na bola

Rafael Pirrho Direto de Joanesburgo, África do Sul

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Matthew Booth chama atenção com seus 1,98m

Toda vez que Matthew Booth pega na bola, a torcida da África do Sul faz um grande barulho, semelhante ao de uma vaia. A princípio poderia parecer perseguição, já que o zagueiro não é exatamente muito técnico. Ou, pior, racismo, porque Booth é o único branco entre os 11 titulares da África do Sul e praticamente todos os torcedores são negros.

 

Mas o que parece apupo, na verdade, é apoio. A arquibancada grita, simplesmente, o nome de Booth. Mas o faz de forma contínua, até que ele se livre da bola, o que dá a nítida impressão de uma vaia. Mas Booth adora.

- Isso já é tradição aqui na África do Sul, a torcida sempre escolhe um jogador e fica gritando o nome dele durante as partidas. Já fizeram isso com Lucas Radebe e Mark Fish, que foram ídolos na seleção. Então pra mim é uma grande honra - explicou Booth ao GLOBOESPORTE.COM, sem saber, ao certo, por que foi o escolhido pela torcida.

- Talvez seja pelo meu estilo de jogo, sempre sério, ou então porque os torcedores me acham um cara legal - arriscou.

Mas fora o próprio nome, outro provável motivo é o tipo físico de Booth. Além de ser branco, ele destoa de seus companheiros também pelo tamanho - é o jogador mais alto do time e da Copa das Confederações, com 1,98m. Esta foi, aliás, a principal razão para que Booth ganhasse a vaga de titular. Em março, depois que a África do Sul perdeu um amistoso por 2 a 0 para Portugal, Joel Santana percebeu que precisava reforçar o jogo aéreo de sua equipe. Bancou a escalação de Booth, que pouco jogou na última temporada, por problemas físicos, e recebeu críticas da imprensa por isso. 

 

Joel conta que ao chegar à África do Sul também estranhou o barulho da torcida sempre que Booth participava do jogo.

- Eu não entendi nada na primeira vez em que ouvi esses gritos, porque tinha a impressão de que a torcida adorava o Booth. Só depois me explicaram que era uma homenagem - afirmou o técnico.

O zagueiro também é famoso por ser casado com a modelo e ex-miss África do Sul Sonia Bonneventia, com quem tem dois filhos. Eles formam um casal multirracial, algo ainda raro no país mesmo com o fim do Apartheid, em 1994.

Na quinta-feira, Booth tentará repetir um dos maiores feitos da história do futebol sul-africano. Em 2000, o time olímpico do país derrotou o Brasil por 3 a 1 em Sidney. Curiosamente, a dupla de zaga titular era a mesma que enfrenta o Brasil na semifinal da Copa das Confederações - Booth e Mokoena.

- Foi algo típico da África do Sul: ganhamos do Brasil, que tinha Ronaldinho e Alex, mas perdemos da Eslováquia e do Japão e não nos classificamos. Mas sem dúvida é uma vitória que vou guardar pra sempre - relembrou o zagueiro.

 

 

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