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03/12/09 - 08h00 - Atualizado em 15/04/10 - 15h18

Gana: a base que dá ótimos frutos

Com títulos mundiais sub-17 e sub-20, seleção de Essien, Appiah e Muntari aposta na força das categorias de base para fazer bonito na África do Sul

Rafael Pirrho Especial para o GLOBOESPORTE.COM, em Joanesburgo

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Só há três países que podem se orgulhar de ter títulos mundiais sub-17 e sub-20 no currículo. Um é o Brasil. Outro é a já finada União Soviética. E o terceiro é Gana, que levou a última edição do sub-20 e que já tem dois campeonatos sub-17. À primeira vista, pode-se atribuir o sucesso graças apenas aos jogadores com idade adulterada (mas olhemos para o nosso próprio umbigo e lembremos também dos casos brasileiros). Fato é que há muitos anos Gana desenvolve um trabalho que começa lá no chão de terra, com crianças de todo o país, e que hoje resulta em uma seleção principal de respeito, que chega forte como nunca a uma Copa do Mundo.

Se você acompanha o futebol europeu, já conhece Essien, volante do Chelsea, no auge da forma física e técnica. Talvez também saiba quem são os meias Appiah, no Bologna, e Muntari, do Internazionale. E o que eles têm em comum, além de titulares da seleção principal, é a longa experiência com a camisa ganesa. Os três já disputaram o Mundial Sub-20, Essien e Appiah estiveram também no Sub-17. E isso não é apenas coincidência.

Consciente da dificuldade dos clubes de Gana para revelar jogadores, a federação espalhou escolinhas de futebol por todo o país. De lá, tira os meninos mais talentosos, que seguem com os professores e depois vão para os clubes locais. O trabalho continua com a formação de seleções praticamente permanentes nas categorias de base. Essien e Muntari, por exemplo, jogam juntos desde o Mundial Sub-20 de 2001.

A mesma base que eliminou o Brasil do Mundial Sub-17 de 2007 também foi a que conquistou o Sub-20 deste ano, sobre o Brasil. Gana foi campeã e teve o artilheiro e Bola de Ouro Dominic Adiyiah. Destacaram-se também o goleiro Agyei, o lateral Inkoom, os meias Agyemang-Badu e Ayew e o atacante Osei. E, adivinhe, todos já foram incorporados à seleção principal.

Vários deles devem ir à Copa, mas quase todos ficarão no banco. A geração anterior, capitaneada por Essien, ainda tem bola pra jogar. Mostrou isso na Copa de 2006, quando caiu nas oitavas de final para o Brasil. Neste ano, foi até a final da Copa Africana de Nações e caiu para o heptacampeão Egito, ficando com o vice. Ao que parece, pode fazer ainda melhor que 2006 em 2010. Para Gana, o futuro finalmente chegou.

 

 

 

Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM

Gana está no Grupo D, com Alemanha, Sérvia e Austrália

 

Curiosidades

 

- O sérvio Milovan Rajevac assumiu a seleção após a saída do francês Claude Le Roy, que perdeu a Copa Africana das Nações em 2008, quando o torneio foi realizado em Gana.

- Ayew, um dos destaques da conquista do Mundial Sub-20 em 2009, é filho do ídolo Abedi Pelé. O meia deve ser um dos garotos aproveitados na Copa do Mundo de 2010.

 

A opinião dos especialistas

 

COMENTARISTA PALPITE OPINIÃO  
Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM

Lédio Carmona Oitavas "É uma incógnita. Pode ir às oitavas"
Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM

Alex Escobar Oitavas "Muita chance de passar às oitavas. Deve fazer barulho na primeira fase, mas na hora do vamos ver, vai ficar no caminho."
Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM

Décio Lopes Quartas "O melhor time da África, apontado por mais de 50% dos votos em uma enquete no site da Fifa. Jogadores 'rodados' na Europa, alguns talentosos, quase todos muito fortes e - como vimos em 2006 - batem sem piedade. 'Futebol bonito e ingênuo' dos africanos é mito do bom selvagem. Já era. Eles vêm para brigar, para pegar e para conseguir resultados. Gana, com Essien, Muntari, Appiah, Addo, Amoah e um sorteio legal, pode ir longe."
Editoria de Arte/Globo Esporte

Blog Brasil Mundial FC Oitavas "Vai no embalo da festa africana até as oitavas, mas não tem time para ir mais longe"

 

Por dentro do país

 

“Conseguiu a vaga sem muitos problemas. Não é um time tão talentoso, como o da Costa do Marfim, mas é consistente. Também tem jogadores experientes, como o meia Michel Essien e, dependendo do grupo, pode avançar até com facilidade para as oitavas. É melhor do que muitas equipes europeias."

 

Renato Ribeiro, correspondente da TV Globo na África

 

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