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26/03/10 - 11h00 - Atualizado em 26/03/10 - 13h25

PAPO DE COPA: Ramires aponta o maior adversário para ir à África: ele mesmo

'Dunga é um cara justo', diz jogador do Benfica, que destaca polivalência no meio-campo como trunfo para integrar o grupo que vai à Copa do Mundo

César Guimarães Rio de Janeiro

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Para Ramires, Dunga sabe que pode contar com ele para disputar a Copa do Mundo

A polivalência de Ramires foi suficiente para garantir a sua titularidade no Benfica, clube que defende desde o ano passado. Satisfeito com a vida em Portugal, o meia acha que as suas atuações no time encarnado podem ser o passaporte para a Copa do Mundo. Porém, apesar de a concorrência no seu setor da seleção brasileira ser feroz, o ex-cruzeirense afirma que o seu grande adversário para estar na lista de Dunga é ele mesmo.

 

Aos 23 anos e com apenas dez jogos vestindo a amarelinha, o histórico de Ramires com Dunga é bom: ele foi campeão da Copa das Confederações e participou ativamente das últimas partidas. Porém, para o meia, esses últimos momentos serão decisivos para eliminar as dúvidas do treinador. E o meia chama atenção para um fato: as “atuações” fora de campo também contarão pontos.

 

- Olha, cada vez mais, o jogador de futebol precisa ser um atleta responsável. Claro que os bonzinhos que não jogam nada continuarão fora da lista. Mas tenho certeza que todos estarão de olho no jogador como um todo – analisou.

 

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Ramires falou sobre a expectativa de estar na lista de Dunga, da transferência para Portugal e da mudança de estilo de jogo. Confira na íntegra o bate-papo com o jogador:

 

GLOBOESPORTE.COM: Por que você acha que pode estar na lista de convocados para a Copa do Mundo?

 

Ramires: Sempre que estive na seleção, procurei dar o meu melhor. Sei que  o Dunga me conhece bem e que consegui mostrar o meu futebol. Ainda há vagas em aberto em determinadas posições. Muitos falam que disputo com o Kleberson, que é um grande jogador. Mas posso jogar em diferentes faixas do campo e, sinceramente, acho que o meu maior adversário sou eu mesmo.

 

Agência/AFP

Ramires foi campeão da Copa das Confederações com a seleção

Onde é mais fácil aparecer para o Dunga, no futebol brasileiro ou no europeu?

 

Não acho que isso tenha influência em uma convocação. Depende de onde você jogue. Estou em um grande clube, num campeonato de boa repercussão e jogando com frequência. Esses fatores me deixam em evidência. Por isso, ninguém leva vantagem. E, mesmo nessa reta final, as atuações serão avaliadas.

 

O Dunga tem falado muito na questão fora de campo. O quanto influi o comportamento de um jogador na hora de ser convocado?

 

Acredito que cada vez mais no futebol de hoje o comportamento fora de campo seja levado em consideração. Não estou aqui para julgar a vida de ninguém e cada um faz o que bem entender fora das quatro linhas. Mas hoje, o futebol é muito mais profissional. Em todas as esferas. Clubes e seleções estão na mesma direção. Por isso, a cobrança é muito grande. Acho correto. A concentração é vital, ainda mais em uma competição curta como a Copa do Mundo, pois se faltar foco, um título pode ser perdido. O Dunga é um cara justo. Ele cobra muito dos jogadores, mas é para o bem da seleção.

 

E qual é a maior diferença do futebol praticado no Brasil e na Europa?

 

A força física e a velocidade do jogo. No Brasil, temos tempo para pensar com a bola nos pés. Aqui, mal você toca na bola e já tem alguém te marcando. Temos de aumentar o reflexo e diminuir o tempo de raciocínio, senão, o jogador fica sem a bola. Por isso, o treinamento é muito importante, para você tocar a bola sem nem precisar olhar para o companheiro.

 

Então, com essa experiência na Europa, você se considera um jogador mais completo para jogar uma Copa do Mundo?

 

Sim, pode ter certeza. Essa experiência no futebol europeu deixa o jogador mais habituado a uma competição como a Copa. Tenho apenas 23 anos, mas adquiri bastante experiência em pouco tempo. Tem alguns jogadores disputando vagas na seleção e qualquer fator pode ser determinante para a escolha de Dunga. Tenho um bom sentimento com relação à minha convocação.

 

Agência/Divulgação

Ramires costuma sair com os brasileiros do Benfica, como nesta foto onde ele aparece comemorando o seu aniversário com Weldon, Júlio César e Aírton

E como está a vida em Portugal? E como é o relacionamento com os outros brasileiros do Benfica?

 

Estou em uma grande cidade. A minha adaptação foi rápida, principalmente na língua (risos). Aqui tenho uma estrutura fantástica, sem contar que encontrei muitos companheiros aqui. Hoje, somos como uma família. Todos os brasileiros estão sempre juntos, cada hora na casa de um.

 

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