Carol garante que o laranja tem dado sorte
Quando se concentrava para a decisão da Superliga do ano passado,
a campeã olímpica Carol Albuquerque não imaginava as
dificuldades que a aguardavam. A derrota do Osasco - a quarta
seguida - para o Rio de Janeiro culminou na extinção de sua
equipe, uma das mais tradicionais do vôlei. A levantadora se viu
em um cenário de pânico e desemprego. Restava a ela apostar no
técnico Luizomar de Moura, que corria atrás de patrocínio. Foram
quatro longos dias até conseguir mobilizar um grupo de
empresários. Àquela altura, no entanto, o mercado já estava
desfalcado de algumas jogadoras. Reconstruir uma equipe de alto
nível era um desafio. Era preciso acreditar. Quase um ano
depois, Carol está tranquila. Sabe que domingo, às 10h, no
ginásio do Ibirapuera, vai disputar pelo Osasco mais uma final
do campeonato, novamente contra as cariocas. Outro motivo que a
faz sorrir é a garantia da permanência do time na próxima
temporada.
- É muito bom poder pensar no que passou e ver que
deu certo. Confiei no Luizomar quando ele me disse que ia manter
a estrutura, as mesmas condições. Apesar de eu ser do Sul, minha
vida é aqui. Por isso abracei totalmente a causa do Osasco -
explicou Carol Albuquerque.
-
É muito bom poder pensar no que passou e ver que deu certo. Abracei totalmente a causa do Osasco - Carol Albuquerque"
A levantadora conta que tem uma rotina toda estruturada em São Paulo. Casada e mãe de Matheus, de 6 anos, ela nem pensa mais na possibilidade de desfazer o dia a dia familiar. Principalmente agora. O patrocinador do time assegurou a renovação, por mais um ano, e se mostrou interessado em fazer uma parceria de longo prazo.
- Eles estão buscando uma tradição no vôlei.
Carol garante que não existe pressão pelo resultado. A cobrança
por uma vitória está sendo feita pelo próprio grupo. Nos últimos
quatro anos, a equipe foi derrotada pelo Rio de Janeiro na
final. Para a levantadora, está mais do que na hora de acabar
com essa sequência. E, para isso, vale brincar com a novidade.
- Vamos batalhar muito para que o fim seja
diferente. Domingo, vou dar minha vida em quadra. Começamos a
temporada de outra forma, vestindo laranja. É uma cor alegre.
Quem sabe não nos favorece? - pergunta a levantadora.