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por Leonardo Miranda

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Joachim Low escalou o time que todo mundo queria: Lahm na lateral, Klose na referência e o 4-3-3 mantido. Dessa vez com Schweinsteiger mais atrás e Khedira pela direita.

 

Com Griezmann e Pogba, o 4-3-3 francês também se manteve. Mas não achou a marcação nem antes, nem depois do gol de Mats Hummels em falha de Varane, zagueiro que subiu menos na sempre forte bola parada alemã.

 


 

O outro detalhe foi a saída de Mertesacker, que deu velocidade na cobertura ou marcação de Benzema. Com o time francês preso, restou a bola longa a Griezmann ou Valbuena, o ponta que abre o corredor para Debuchy e vai articular as jogadas pelo meio.

 

Há também outros detalhes do domínio alemão do primeiro tempo. Os 3 franceses da frente não voltavam e um volante abria pelo lado, como costume. Mas o time conseguia ganhar da marcação com os jogadores próximos que faziam superioridade pelo setor da jogada, ou aproveitava o espaço (indicado pela seta amarela) na inversão da jogada.

 

 

A pouca pressão francesa na saída se traduziu nos 55% de posse da Alemanha, apesar das 2 tentativas de gol. Nas 7 vezes que os Blues chegavam, era pelo lado, com um meia cortando para dentro ou Evra cruzando da linha de fundo. Quando os Tudo cortado pela zaga alemã.

 

A França se viu obrigada a atacar mais - e melhor. Deschamps liberou Matuidi e Pogba para a chegada na área e ultrapassagens e tabelas com os pontas. Se melhorou o número de ataques, seguiu abusando da bola alta e dos erros na frente. Como na cabeçada certa de Varane que Neuer pegou.

 

Tirando isso, o jogo ficou picotado. A Alemanha saía rápido na transição e seguia cortando as bolas pelos lados da França. Principalmente na incursão de Pogba e Matuidi dentro da área ou pelo lado, com o lateral.

 

Low tirou Klose, Muller virou a referência móvel e Schurrle ficou pelo lado. Deschamps desmontou o 4-3-3 com Valbuena inicialmente por dentro, para dar qualidade no passe junto a Remy e Griezmann, pelos lados.

 

A cartada final foi Giroud no lugar de Valbuena. Um 4-4-2 com Benzema procurando a esquerda junto a Griezmann e Evra. Mas foi a Alemanha melhor, com Muller e Schurrle passando fácil por Koscielny na cobertura. Sobrava o lado para a França: com superioridade no meio, a bola ia para um lateral que cruzava, não raspava em ninguém na área e saía do campo.

 


 

Faltou uma pressão mais forte para quem está perdendo. Ou o apoio de Debuchy junto a Valbuena que ditava o ritmo. Uma atuação bem longe do que o time já fez na Copa. Não vale culpar só o clima ou as defesas de Neuer.

 

Ao contrário da Alemanha. Controlar o jogo é mais importante que jogar bonito no futebol atual. Foi o que a Alemanha de 13 semifinais fez.

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