– A cena que mais me marcou, que fez eu ver o quanto o grupo era do caramba, foi quando a gente voltou para o hotel depois da derrota para a Holanda. A gente se reuniu na mesa do jantar. O Júlio era um cara que estava acabado, muito mal pela nossa derrota. Só que não era só ele, você olhava no rosto de cada um o sentimento de não ter chegado longe, de ter escapado da mão uma coisa que estava perto. O Dunga teve um trabalho psicológico espetacular com o grupo. A gente voltava dos jogos e tinha uma taça que íamos montando. No final faltou um pedaço. Foi o melhor grupo que trabalhei – disse Michel Bastos.

Em cima disso, Grafite relembrou uma conversa entre o lateral Maicon e o meia Sneijder, da Holanda, após a classificação para as quartas de final.

– Após o jogo contra o Chile, que avançamos, o Maicon ligou para o Sneijder, que eles jogavam juntos na Inter, e os caras da Holanda falaram assim pra ele: "Maicon, a Copa acabou para nós. Agora que começamos a ir bem vamos pegar vocês, e vocês vão atropelar a gente”. No primeiro tempo a gente jogou muito, mas no segundo tempo virou de uma forma. A maneira que o jogo virou foi muito de repente. Uma pena muito grande a gente ter deixado escapar aquela Copa do Mundo, o grupo era sensacional – contou Grafite.

Ainda sobre seleção brasileira, Grafite e Michel Bastos relembraram como foi disputar um amistoso no Zimbábue. Os ex-jogadores contam que foi uma experiência única.

– Eu achava que ia sair um leão pelo corredor, lá. Nunca vou esquecer aquele lugar na minha vida – disse Michel Bastos, brincando com a situação.

– A gente tinha medo que a gente descesse do ônibus e um leão ia pegar a gente. No hotel uns barulhos esquisitos, estranhos. É que a gente estava na Seleção, deixava isso pro segundo plano, mas pensando agora, que experiência forte – completou Grafite.

Veja no vídeo abaixo a história completa.

Logo que chegou na Roma, da Itália, em 2014, Michel Bastos se envolveu em uma polêmica, mesmo que sem querer, em sua apresentação. O ex-jogador relembra quando ele estendeu um cachecol com uma provocação ao rival da Roma, a Lazio.

– Eu não sabia o que estava escrito. Eu tive que provar em imagem que eu não vi. Quando eu cheguei na Roma eles bolaram uma apresentação par a torcida, no intervalo de Roma x Juventus. Aí eu entrei em campo, tinha um segurança do lado, eu acenando. E nisso um torcedor tacou o cachecol para mim. Na hora que eu peguei já botei no pescoço e segui acenando. Só que do lado que coloquei estava escrito Roma, não vi o que estava escrito atrás. Pediram para eu levantar o cachecol perto da torcida. Na hora que eu levantei, nem vi. O estádio veio abaixo. Ídolo máximo, mas tive que ficar uns quinze dias em casa, capaz de chegar o Al Capone querendo me matar. Tive que ligar pro presidente da Lazio pedir desculpas. Já entraram em contato com ele dentro do vestiário mesmo – relembra Michel.