(Foto: João Paulo Garschagen / Globoesporte.com)
Em 16 de junho de 1986, enquanto a Argentina eliminava o Uruguai nas oitavas de final da Copa do Mundo e seguia seu caminho rumo ao bicampeonato mundial no México, nascia em um hospital de Buenos Aires Néstor Fernando Muslera, atual goleiro da seleção uruguaia.
Pouco antes de ver o filho completar seu primeiro ano de vida, os pais uruguaios de Muslera regressaram para seu país de origem com o pequeno argentino no colo. Passados 25 anos, o camisa 1 da Celeste está no país onde nasceu disputando a Copa América. E o homem de confiança de Oscar Tabárez para defender o gol uruguaio garante que a Argentina ficou para trás.
- Nasci aqui em uma época em que o meu pai estava trabalhando na Argentina. Mas as minhas relações são todas com o Uruguai, cresci como uruguaio e a Argentina está lá atrás, apenas como o meu local de nascimento. Para mim será especial um título na Argentina, no Brasil, no Uruguai, onde quer que seja. O mais importante será ganhar um título pela seleção – disse o goleiro, que tem nacionalidade uruguaia e italiana.
Com sua transferência da Lazio para o o Galatasaray-TUR acertada, Fernando Muslera espera manter nas costas o número 86, que se refere ao ano de seu nascimento.
- Vamos ver se há disponibilidade. Se tiver vou usar sim. Tomara – confirmou o jogador.
Na sexta-feira, o Uruguai entra em campo para um jogo decisivo contra o Chile, líder do grupo C com três pontos. A Celeste, por sua vez, tem apenas um ponto e vai para o jogo precisando de um bom resultado, nada que abale a confiança de Muslera.
- Sem dúvida seria importante começar ganhando (contra o Peru), somando pontos que nos dariam mais tranquilidade. Mas por outro lado também foi importante não perder. Empatamos na estreia, somamos um ponto e agora dependemos apenas de vencer e nada mais – disse o goleiro.