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Por Rafael Iandoli — São Paulo

REUTERS/John Sibley

Depois da derrota na partida de estreia, com um jogador a menos desde os três minutos da primeira etapa, a Colômbia deve boa parte de suas duas vitórias seguintes na Copa do Mundo ao zagueiro Yerry Mina.

Além de a equipe não ser vazada contra Polônia e Senegal, o ex-palmeirense ainda foi protagonista no ataque, marcando dois dos quatro gols que levaram a equipe sul-americana de volta às oitavas de final da Copa.

Agora, contra a Inglaterra, Mina e seus companheiros precisarão provar que são realmente bons pelo alto se quiserem chegar às quartas pela segunda vez consecutiva. O time do artilheiro Harry Kane é o terceiro melhor nas bolas aéreas até aqui no Mundial e o que mais fez gols nesse tipo de lance.

Apenas Rússia (63%) e Sérvia (61%) ficam à frente dos ingleses na quantidade de disputas aéreas vencidas nas três primeiras rodadas da Copa do Mundo. Em média, a Inglaterra levou a melhor em 60% das vezes contra Tunísia, Panamá e Bélgica. Tanto tunisianos quanto belgas tinham times mais altos do que os ingleses.

Altura dos elencos da Inglaterra e de seus adversários até agora
média de altura dos jogadores
Fonte: CIES - Observatório do Futebol

A Colômbia, com média de 1,80m de altura, chegou à Rússia com o nono time mais baixo do campeonato. Mas Mina é o ponto fora da curva, com 1,95m.

E o zagueiro é exatamente quem se destaca nas bolas aéreas, com os dois gols de cabeça — o primeiro de seu time contra a Polônia e o da vitória contra Senegal, que fazem do camisa 13 o artilheiro da Colômbia no torneio.

Mina marca gol de cabeça contra Senegal — Foto: REUTERS/Marcos Brindicci

Mas aí, novamente, a Inglaterra aparece como um desafio especial. Os ingleses são os que mais marcaram gols em jogadas de bola parada em toda a primeira fase da Copa: foram seis vezes. Quatro deles em cruzamentos.

Contra a Tunísia, o primeiro gol de Kane veio após rebote em cabeçada de Stones. O segundo, cabeçada do próprio Harry Kane. Contra o Panamá, Stones apareceu bem de novo e marcou duas vezes em cabeceios.

Stones faz o seu de cabeça contra o Panamá — Foto: Reuters/Ivan Alvarado

Se a Inglaterra concentra 75% de seus gols em bolas paradas, a Colômbia se destaca pela variedade na hora de botar a bola na rede. De seus cinco gols na Copa, um saiu de falta, dois de cabeça e dois em jogadas de bola rolando. O volante Carlos Sánchez comentou esse dado, em entrevista a Fifa.

– É importante porque temos várias formas de machucar o oponente, e o adversário precisa se preocupar com isso. Não são só os atacantes, a defesa também tem que marcar gols, o meio-campo pode ajudar com uma bola parada. Isso significa que o time tem uma grande habilidade para atacar e cabe aos outros times se preocupar com isso.

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