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Por GloboEsporte.com — São Paulo


Atacante dinamarquês Yussuf Poulsen disputa bola no alto com goleiro sueco em amistoso. Ele tem 1,93m — Foto: Nils Petter Nilsson/Ombrello/Getty Image

A estreia de Peru e Dinamarca na Copa do Mundo em 2018, sábado, às 13h (de Brasília), em Saransk, promete ser uma partida de altos e baixos. E isso não tem nada a ver com a qualidade ou a intensidade do futebol apresentado em campo.

Um levantamento feito pela Fifa com o CIES Observatório do Futebol, contabilizando os atletas usados na fase eliminatórias, mostra que, quando a questão é a média de altura das duas equipes, nórdicos e peruanos estão em lados opostos da tabela.

Com uma média de 1,85 metros de altura, os jogadores dinamarqueses representam o terceiro elenco mais esticado do mundial na Rússia — perdem apenas para a Sérvia e para os vizinhos da Suécia, além de empatar com a Islândia.

Já o Peru também está em terceiro, mas entre os mais baixos. A média de altura do elenco sul-americano fica em 1,78 m, com destaque para o trio de baixinhos Cueva (São Paulo), Trauco (Flamengo) e Raúl Ruidíaz (atacante do Monarcas Morelia, do México), todos com 1,69 m. Com uma média menor que a peruana só aparecem Japão e Arábia Saudita.

Os baixinhos vão ter que encarar, logo na estreia, adversários como o gigante zagueiro Jannik Vestergaard, do Borussia Mönchengladbach, que cresceu até os 2m de altura.

Pelo alto ou pelo chão?

Peruano Cueva disputa bola com jogador islandês em amistoso pré-Copa — Foto: Mike Stobe/Getty Images

Nem todos os peruanos são tão baixos assim. O atacante Paolo Guerrero, acostumado a marcar de cabeça e liberado pela justiça para jogar a Copa, tem exatamente a mesma altura que a média dinamarquesa, 1,85 m. O treinador Ricardo Gareca, porém, manteve o goleador na reserva no penúltimo treino do Peru antes da estreia.

Por mais que a Dinamarca tenha altura suficiente para usar e abusar dos cruzamentos aéreos – três dos sete atacantes têm mais de 1,90 m – nas partidas amistosas em preparação para a Copa, a seleção europeia não marcou nenhum gol de cabeça.

Até porque o que não falta é habilidade nos pés. Com Christian Eriksen e Yussuf Poulsen, por exemplo, a Dinamarca fez 2 a 0 contra o México, na última partida antes do mundial. Ambos os gols com a bola no chão.

Mas apesar dos bons nomes na frente, foi a defesa dinamarquesa que chamou a atenção nas eliminatórias europeias. Sofreu apenas oito gols – sendo três deles em um só jogo contra a Polônia, a única partida em que sofreu mais de um gol. A Dinamarca chega na Copa somando quatro jogos sem levar gols.

Para manter a escrita, os dinamarqueses vão ter que parar o terceiro melhor ataque das eliminatórias sul-americanas. Foram 27 gols feitos em 18 jogos, além dos outros 10 marcados nos últimos cinco amistosos antes da Copa.

Pelo chão ou pelo alto, a promessa é de um jogo intenso. Com a França sendo a favorita pelo primeiro lugar do grupo C, Peru e Dinamarca despontam como as duas principais concorrentes pela segunda vaga nas oitavas, e travam um duelo fundamental logo na reestreia de ambos em mundiais. A última vez que o dinamarqueses chegaram à Copa foi em 2010, e os peruanos viviam um jejum ainda mais longo: desde 1982. A Austrália ainda completa o chamado #GrupoDaAmizade.

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