O Conselho Nacional de Ética (CNE) da Federação Francesa de Futebol pediu explicações ao volante Gana Gueye, do PSG, por não ter jogado contra o Montpellier, no último sábado. O jogador deverá esclarecer as acusações de ter se negado a usar uma camisa com as cores da bandeira LGBTQIA+.
A iniciativa, promovida na 37ª rodada do Campeonato Francês, fazia parte de uma ação conjunta das 20 equipes da primeira divisão, em alusão ao Dia Internacional contra a LGBTQIA+fobia, celebrado na última terça-feira, dia 17 de maio. A campanha é realizada todos os anos pela Liga Profissional de Futebol da França (LFP).
Idrissa Gana Gueye se recusou a participar de campanha contra a homofobia, diz jornal — Foto: Getty Images
O técnico Mauricio Pochettino descartou lesão de Gana Gueye, que viajou para o confronto, mas não foi relacionado para a partida, segundo o treinador, por motivos pessoais. Este é o segundo ano consecutivo que o volante não joga em datas próximas ao protesto. Em 2021, o jogador teria ficado de fora por conta de uma gastroenterite.
“Uma de duas coisas, ou essas suposições são infundadas e convidamos você sem demora a falar para silenciar esses rumores. Ou esses rumores são verdadeiros. Neste caso, pedimos que esteja ciente do alcance do seu gesto e do erro gravíssimo cometido”, diz trecho da carta ao jogador.
“A luta contra a discriminação a que estão sujeitas as diversas minorias, sejam elas quais forem, é uma luta essencial e constante. Ao se recusar a participar desta operação coletiva, você está de fato validando o comportamento discriminatório, a recusa do outro, e não apenas contra a comunidade LGBTQIA+”, conclui o Conselho
Jogadores do Paris Saint-Germain participaram de campanha contra a homofobia, com número nas cores da bandeira LGBTQIA+ — Foto: Getty Images
O CNE ainda sugeriu a Gueye que o jogador publique uma foto usando a camisa em questão, em resposta às acusações. O presidente do Senegal, Macky Sall, se solidarizou no Twitter com o jogador e pediu respeito às crenças religiosas.