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Por Thiago Benevenutte — Munique, Alemanha


Quase nove anos depois, a conquista da Copa do Mundo em 2014, no Brasil, traz boas recordações para Roman Weidenfeller, goleiro que foi reserva de Neuer na campanha do tetracampeonato alemão.

Alemanha ficou concentrada na Bahia em 2014

Alemanha ficou concentrada na Bahia em 2014

Aposentado e hoje com 42 anos, o ídolo do Borussia Dortmund comentou o período que passou em solo brasileiro e, com bom humor, revelou que idas a bares faziam parte da rotina dos jogadores da Alemanha.

— Foi um dos melhores momentos da minha vida, ir para o Brasil e jogar a Copa do Mundo. Tivemos um ótimo período, conhecemos o povo brasileiro. Nós saímos várias vezes (do hotel), íamos para a praia. O tempo sempre estava ensolarado — disse Weidenfeller, em entrevista promovida pela Bundesliga no último fim de semana.

Depois dos jogos, sentavámos juntos num bar e bebíamos algumas caipirinhas. Perdíamos a hora no bar. Aí acordávamos de manhã para ir para o campo e treinar. Não é fácil quando você bebe cinco ou seis caipirinhas (risos). Mas foi um ótimo momento. Grande conexão com o povo brasileiro."
— Roman Weidenfeller

Weidenfeller, ex-goleiro da Alemanha e do Borussia Dortmund — Foto: Andreas Schaad/Bundesliga/Bundesliga Collection via Getty Images

A seleção alemã, na época comandada por Joachim Löw, ficou baseada em Santa Cruz Cabrália, cidade que fica a 755 km de Salvador, num local que ficou conhecido como Campo Bahia. A passagem dos jogadores foi marcada pelo frequente contato com a população local.

Weidenfeller durante passeio na praia com a seleção alemã em 2014 — Foto: Marcus Brandt/picture alliance via Getty Images

Weidenfeller, bicampeão alemão e vice da Champions com o Borussia — clube onde é o terceiro jogador com mais partidas na história —, não entrou em campo durante a Copa, mas contou lembranças do 7 a 1 aplicado sobre o Brasil na semifinal. Disse que em momento algum algo sobre "tirar o pé" foi falado no vestiário.

— Não. Ninguém falou nada (sobre pegar leve), porque somos jogadores profissionais. Joachim e os companheiros falavam coisas positivas sobre o primeiro tempo. E que tínhamos que ficar focados e concentrados em fazer nosso jogo.

Perguntado sobre qual seu goleiro brasileiro preferido em todos os tempos, ele citou justamente quem sofreu os sete gols alemães naquela semifinal.

Meu favorito é o Júlio César. Ele estava jogando esse jogo. Eu o encontrei antes muitas vezes. Ele é um ótimo cara, tivemos uma boa conexão. Depois do jogo eu fui até a ele, não disse "desculpe" ou algo do tipo, mas demonstrei meu respeito - relembrou.

Weidenfeller com a taça da Copa do Mundo em 2014 — Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

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