Embora já esteja eliminada, a Arábia Saudita tentará quebrar uma longa escrita nesta segunda-feira no duelo contra o Egito, às 11h, em Volgrado, pela terceira rodada do grupo A. Presente em quatro das últimas seis edições da Copa do Mundo, a seleção saudita não vence um jogo de Mundial desde o longínquo 29 de junho de 1994. Na ocasião, os árabes derrotaram a Bélgica por 1 a 0 (foto acima) pela terceira rodada do grupo F - Al-Owairan fez o gol do jogo. Como havia vencido o Marrocos (2 a 1) na rodada anterior, a Arábia Saudita passou às oitavas pela primeira e única vez na história, avançando como segundo lugar da chave.
Após a histórica vitória sobre os belgas, porém, os sauditas iniciaram o seu calvário em Mundiais. Derrotada por 3 a 1 pela Suécia nas oitavas da Copa do Mundo dos Estados Unidos, a equipe iniciava ali o longo jejum de 24 anos sem vitórias. Desde então, foram 12 jogos em Mundiais com 10 derrotas e dois empates. Para piorar a situação, os sauditas terminaram sempre na lanterna da sua chave nas três Copas que disputaram na sequência - 1998, 2002 e 2006. O técnico Juan Pizzi está otimista para quebrar a longa escrita nesta segunda-feira.
- Estamos preparados para o jogo com o Egito e confiantes na nossa capacidade. Vivemos as experiências das duas partidas anteriores neste Mundial e temos ciência do que precisamos agora. Vai ser um jogo difícil, porque todos querem vencer em uma Copa do Mundo, independentemente de valer classificação ou não - disse treinador saudita, que é argentino naturalizado espanhol.
Do outro lado, a Arábia Saudita encontrará uma equipe que também está disposta a quebrar uma escrita, porém menos significativa. Disputando o seu terceiro Mundial - o primeiro foi em 1934 e o segundo em 1990 -, os egípcios fizeram seis partidas em Copas do Mundo e ainda não sabem o que é vitória.
- Nós estamos jogando um bom campeonato apesar das duas derrotas. Muitos falarão que não, mas jogamos um bom futebol. Talvez tenhamos tido 10 ou 12 minutos ruins contra a Rússia. Em geral fizemos bons minutos tanto contra o Uruguai, quanto contra a Rússia. Não estou triste porque o time jogou mal. Fizemos o que podia ser feito. Cometemos erros e já analisamos. Queremos encerrrar com vitória - destacou o técnico dos Faraós, Héctor Cúper.
Apenas Tunísia tem jejum maior que o da Arábia
Dentre os 32 participantes do Mundial 2018, apenas a Tunísia possui um jejum de vitórias maior que o da Arábia Saudita. Sem vencer desde os 3 a 1 sobre o México em 1978, os tunisianos acumulam 13 jogos sem saber o que é uma vitória em Copa do Mundo. Na Rússia, a Tunísia já fez duas partidas - derrotas por 2 a 1 para a Inglaterra e 5 a 2 para a Bélgica. Na quinta-feira, o time encerra a sua participação na competição contra o Panamá, às 15h, em Saransk.
Os maiores jejuns de vitórias dentre os participantes da Copa 2018:
Tunísia (13 jogos)
Arábia Saudita (12 jogos) - última vitória: 1 a 0 sobre a Bélgica em 1994
Marrocos (9 jogos) - última vitória: 3 a 1 sobre Portugal em 1986
Irã (9 jogos) - última vitória: 2 a 1 sobre os Estados Unidos em 1998
Peru (8 jogos) - última vitória: 4 a 1 sobre o Irã em 1978
A escrita saudita:
1994 (Estados Unidos)
Arábia Saudita 1 x 3 Suécia (início do jejum)
1998 (França)
Arábia Saudita 0 x 1 Dinamarca
França 4 x 0 Arábia Saudita
África do Sul 2 x 2 Arábia Saudita
2002 (Japão e Coreia do Sul)
Alemanha 8 x 0 Arábia Saudita
Camarões 1 x 0 Arábia Saudita
Arábia Saudita 0 x 3 Irlanda
2006 (Alemanha)
Tunísia 2 x 2 Arábia Saudita
Arábia Saudita 0 x 4 Ucrânia
Arábia Saudita 0 x 1 Espanha
2010 (África do Sul)
Não se classificou
2014 (Brasil)
Não se classificou
2018 (Rússia)
Rússia 5 x 0 Arábia Saudita
Uruguai 1 x 0 Arábia Saudita
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