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Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

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Apesar de não ter uma vasta carreira como jogador na seleção argentina, Lionel Scaloni tem em seu histórico um dia de algoz diante da seleção brasileira. Há exatamente 22 anos, o atual treinador da alviceleste marcou um gol e ajudou a Argentina a eliminar o Brasil do Mundial sub-20 de 1997, na Malásia. Uma lembrança que vem à tona dias antes de um reencontro com a Seleção, pelas semifinais da Copa América, na próxima terça-feira, no Mineirão.

Há 13 partidas trabalhando como treinador da Argentina, Scaloni defendeu seu país em apenas 14 partidas oficiais: sete pelo time principal e sete pela equipe sub-20. Apesar de ter atuado na Copa do Mundo de 2006 (apenas um jogo), o ex-lateral nunca foi nome certo na equipe nacional durante sua carreira. Mas, em 1997, teve grande desempenho no torneio de base.

Na época com 19 anos, Scaloni começou a competição na Malásia sendo titular do time de José Pekermán nos três jogos da fase de grupos, cotnra Hungria, Canadá e Austrália. Perdeu a vaga nas oitavas, diante da Inglaterra, e voltou a ficar no banco contra o Brasil. Mas acabou sendo acionado logo aos 22 minutos de jogo para entrar no lugar de Markic.

A 11 minutos do fim, o lateral recebeu bom lançamento de Riquelme, foi à linha de fundo e fez uma bela jogada, deixando Adaílton para trás com um drible. Entrou na área e soltou uma bomba no alto, vendo Marcelo Leite adiantado, abrindo o placar. Já nos acréscimos, Perezlindo garantiu a vitória por 2 a 0, que fez a geração de Athirson, Pedrinho, Alex e Fernandão cair nas quartas de final.

A Argentina - com astros como Samuel, Cambiasso, Riquelme e Aimar - viria a passar por Irlanda e Uruguai para conquistar o título Mundial da categoria. Scaloni voltou a ser titular do time até o fim do torneio, e só veio a defender a seleção principal quase seis anos depois.

Lionel Scaloni em ação na final contra o Uruguai: atual treinador foi campeão mundial sub-20 em 1997 — Foto: Getty Images

Como técnico, derrota no ano passado

Se tem boa recordação de seu único jogo oficial como atleta diante do Brasil, Lionel Scaloni não pode dizer o mesmo de sua trajetória como técnico. O argentino também só encontrou a seleção brasileira uma vez como treinador - e acabou derrotado em um amistoso disputado na Arábia Saudita, em outubro do ano passado.

Aquele confronto foi o quarto de Scaloni à frente da Argentina e representou sua primeira derrota no comando. Os hermanos entraram em campo com uma base parecida com a que vem sendo utilizada na Copa América - exceto pelo ataque, que foi formado por Correa, Icardi e Dybala, uma vez que Messi, Agüero e Di María não foram convocados. Lautaro Martínez só entrou no segundo tempo.

Na ocasião, o time de Tite conseguiu uma vitória nos acréscimos, com um gol de Miranda após passe de Neymar. A equipe brasileira foi a campo com oito atletas que vêm sendo titulares na Copa América: Alisson, Marquinhos, Filipe Luís, Casemiro, Arthur, Coutinho, Gabriel Jesus e Firmino.

- Eu tive a sorte de jogar contra o Brasil, tive a sorte de ganhar, e a má sorte de perder. É uma semifinal de Copa América, não importa se é Brasil, Colômbia ou Chile. Temos que jogar da mesma maneira, não importa se é contra o nosso máximo rival. Vamos tentar fazer o nosso jogo e ter um espetáculo de futebol - disse Scaloni, ao ser perguntado sobre o papel de algoz há 22 anos.

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