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Na Rússia, os croatas foram vice-campeões. Alguém duvida deles no Catar? A adversária da semifinal será a Argentina, na próxima terça-feira, às 16h (de Brasília), no estádio Lusail.

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A defesa titular na final da Copa 2018, contra a França, era composta por Subasic, Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic. Esse setor mudou quatro nomes, sendo três marinheiros de primeira viagem em Mundiais.

Na lateral direita, coube a Juranovic, que fez partidaça diante do Brasil, assumir o posto. Aos 27 anos, se apresenta como opção ideal a Vrsaljko, que caiu de rendimento na carreira e hoje, aos 30 anos, atua pelo Olympiacos, da Grécia.

Na zaga, o talentoso Gvardiol, de 20 anos, colocou no banco o experiente Vida. Sosa, de 24, deu mais vigor físico à lateral esquerda que Strinic, que tinha 30 anos em 2018.

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No ataque atual, Vlasic e Pasalic travam boa disputa na ponta direita. Ambos vivem seu primeiro Mundial. Na Rússia, Rebic era incontestável entre os 11. Na atual edição, sequer foi convocado.

A função de atacante central em 2018 era do matador Mandzukic, que se aposentou em 2021. Kramaric é quem mais atua na posição, mas não é exatamente homem de área. Dalic levou uma fartura de centroavantes ao Catar, todos estreantes em Copa: Budimir, Livaja e Petkovic - este último, autor do gol que levou o jogo diante da seleção brasileira às penalidades, nas quartas de final.

O time croata de 2022 é formado também por quem soube esperar a hora de ganhar vaga no esquema de Dalic. Livakovic, Kovacic e Kramaric foram reservas ao longo da Copa passada e hoje podem se gabar de terem sido titulares na classificação histórica diante do Brasil.

O goleiro Livakovic tinha sarrafo alto a atingir e vem conseguindo com louvor. Subasic defendeu um total de quatro cobranças em duas disputas de pênalti de 2018, diante de Dinamarca e Rússia, na campanha do vice-campeonato. No Catar, também em séries de penais, Livakovic não deixou por menos: defendeu três contra o Japão e mais um, de Rodrygo, contra o Brasil.

O volante Kovacic carrega a experiência das Copas 2014 e 2018, nas quais foi opção vindo do banco. Pela primeira vez, vive um Mundial jogando de início todos os jogos. O volante do Chelsea preencheu bem a lacuna deixada por Rakitic, hoje com 34 anos. O tripé de meio-campo que forma junto a Modric e Brozovic é o grande motor da equipe de Dalic.

O centroavante Kramaric oscilou em 2018 entre reserva e titular. Na semifinal e na final, no entanto, entrou no decorrer dos jogos. Situação bem distinta da Copa atual, na qual tem vaga cativa, tanto como centroavante quanto como ponta direita. Foi assim nas cinco partidas até aqui.

A estrutura de equipe formulada por Zlatko Dalic não funcionaria alterando todas as peças. Seria loucura abrir mão de nomes como Modric e Perisic, de 37 e 33 anos, respectivamente, diante do que ambos ainda rendem por clubes e seleção.

Modric, além da categoria e entrega apresentadas, disputa sua quarta Copa do Mundo. Jogou sua primeira em 2006, na condição de reserva, aos 20 anos. Não fosse a Croácia ficar fora do Mundial 2010, estaria vivendo seu quinto Mundial. Perisic é titular desde a Copa 2014, no Brasil. O comandante acertou em não prescindir da casca desses atletas.

O zagueiro Lovren tem 33 anos e foi o único titular remanescente da zaga de 2018. Respeitado por sua liderança (embora o capitão seja Modric) e pela longa passagem pelo Liverpool, permaneceu entre os 11 iniciais para orientar um setor rejuvenescido. Basta notar o crescimento de Gvardiol ao seu lado.

O volante Brozovic tem 30 anos, mas já está em sua terceira Copa. Viveu todo o processo gradativamente. Reserva pouco acionado em 2014, entrou em campo mais vezes em 2018 e ganhou posição de titular na semifinal, contra a Inglaterra, e na final, diante dos franceses. Com a transição feita, nada mais natural que ter lugar certo no time em 2022. Afinal, o volante tem pulmões de dar inveja.