Juan Carlos é, desde 1975, Rei de fato e direito da Espanha. Mas na seleção finalista da Copa das Confederações também há quem use uma coroa, ainda que fictícia. Ninguém ergueu tantos troféus nos últimos tempos como Fernando Torres e Juan Mata. A dupla do Chelsea, assim como toda a Roja, está acostumada com as vitórias e busca a consagração de outra taça inédita neste domingo, a partir das 19h (de Brasília), contra o Brasil, no Maracanã.
Torres e Mata são uma espécie de “Rei de Copas”. Desde 2012, quando o meia se uniu ao centroavante nos Blues, conquistaram quatro títulos, todos em competições em formatos eliminatórios: Copa da Inglaterra, Liga dos Campeões, Eurocopa e Liga Europa. Fora o Mundial de 2010, quando os dois ainda defendiam Liverpool e Valencia, respectivamente.
A conta poderia ser maior não fossem os vice-campeonatos na Supercopa Europeia, vencida pelo Atlético de Madri com goleada por 4 a 1, e no Mundial de Clubes, que terminou com o Corinthians campeão no Japão. Ainda assim, no mesmo período os craques do Barcelona faturaram pelo seu clube apenas uma Copa do Rei e um Campeonato Espanhol – este de pontos corridos.
- Em dois anos ganhei três títulos no Chelsea. Algo que não aconteceu comigo nem no Liverpool e nem no Atlético de Madri. E quero mais. Essa Copa das Confederações é uma motivação extra em todos os sentidos – disse Torres, artilheiro da atual edição do torneio com cinco gols.
El Niño não se deixa levar pela ilusão. Tampouco gostaria de receber a alcunha de “Rei” agora, às vésperas da decisão contra a seleção brasileira de Neymar, Fred e companhia. Em 2009, enquanto imaginavam uma final diante do mesmo Brasil, veio o tropeço inesperado nas semis. Os Estados Unidos tiraram da Espanha a oportunidade de uma “tríplice coroa”, que pode muito bem ser conquistada agora, de maneira invertida.
- Nos últimos anos, com a seleção e clube, as coisas têm se saído muito bem. Ganhamos duas Eurocopas e um Mundial de forma consecutiva pela Espanha. Isso é o que nos falta e se pode ver que vamos tentar. Mas estamos caminhando para chegar lá ainda – afirmou.
Fernando Torres é o atual artilheiro da Copa das Confederações com cinco gols (Foto: AFP)Torres teve papel fundamental no último título do Chelsea. Nove jogos, seis gols, todos em mata-mata. Na final contra o Benfica, em Amsterdã, o espanhol abriu o placar na vitória por 2 a 1. Terminou a temporada em alta depois de atuações nada convincentes desde que se apresentou ao clube.
‘Ganhar não cansa nunca’
Mata controla a bola em treino da Roja (Foto: EFE)Com Juan Mata as coisas não são diferentes. Meia clássico, o espanhol pode não ser titular em sua seleção, mas é um dos melhores de todo o elenco estelar do Chelsea. Jovem para os padrões de um atleta - 25 anos - tem um currículo extenso, muito além da maioria. Pelo Valencia, conquistou a Copa do Rei de 2008. Pelas seleções de base, títulos europeus sub-19 e sub-21.
Na atual temporada, conquistou o prêmio de melhor jogador do mês de outubro de todo o Campeonato Inglês, entrou para a seleção do ano e foi eleito o grande nome do Chelsea. Mata, é claro, não quer parar por aí.
- Em nível pessoal estou orgulho de tudo o que consegui nesses anos como profissional, mas quero mais. É o que mantém vivo um futebolista, a fome de ganhar. Ganhar não cansa nunca. Perder, sim. O que é duro é a derrota, isso é o que pesa. Ganhar muito te faz engrandecer a sua carreira – finalizou.
Confira os títulos recentes de Torres e Mata:
Pelo Chelsea:
Copa da Inglaterra (2012)
Liga dos Campeões (2012)
Liga Europa (2013)
Pela Espanha:
Copa do Mundo (2010)
Eurocopa (2012)