Geograficamente, Brasil e Japão estão separados por cerca de 20 mil quilômetros. Distância que poderia fazer a seleção japonesa sentir-se órfã em sua passagem por terras tão longínquas de casa durante a Copa das Confederações. No entanto, uma pequena colônia nipônica na cidade de Bonito, no agreste pernambucano, a 136 km do Recife, promete apoio irrestrito ao time do técnico do Japão, Alberto Zaccheroni.
Mesmo não tendo o futebol como uma das suas preferências, Yasukazu Kaneko mostrou todo o seu orgulho pela participação da sua seleção em uma das competições mais importantes do futebol mundial. Matriarca de uma das 20 famílias residentes na colônia, ela acredita que o Japão pode surpreender.
- Não gosto muito de futebol, mas irei acompanhar todos os jogos do Japão. É um orgulho para a gente, que vive aqui, ver os nossos representantes. Sei que o Japão não tem uma seleção forte, mas vamos mostrar força.
Mais empolgado, Eiji Morimura garantiu presença na Arena Pernambuco, para acompanhar o jogo entre Itália e Japão nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília). Nascido no Brasil, ele garante que o sangue nipônico falará mais alto.
o Japão na Arena PE (Foto: Elton de Castro)
- Estou ansioso para ver o Japão jogando de perto. Comprei o meu ingresso e estarei lá. Nasci no Brasil, mas meus pais são japoneses, e estarei na torcida pelo Japão. Vamos ver o que vai dar.
Apesar do carinho pela seleção da terra do sol nascente, Eiji hesitou na hora de escolher por quem torcerá no próximo sábado, quando Brasil e Japão se enfrentam no estádio Mané Garrincha, no jogo de abertura da Copa das Confederações.
- A gente torce pelo Japão, mas não dá para esquecer que somos brasileiros. Gosto do Japão, mas também torço muito pelo Brasil. Até porque gosto muito de futebol e sempre acompanho. Um empate seria bom.