TIMES

Por GloboEsporte.com — de Belo Horizonte


Nacho Fernández deu adeus River Plate e já se prepara para poder estrear, em breve. É o novo jogador do Atlético-MG, para aumentar a já extensa legião estrangeira do Galo, que contará com sete atletas nascidos fora do Brasil para 2021, salvo possíveis empréstimos e vendas. O clube mineiro chega à 10ª temporada seguida apostando em peças "gringas" no elenco.

A história começou com outro meia argentino e canhoto, em 2012, mas sem as mesmas expectativas, investimentos e de poucas lembranças positivas na torcida: Damián Escudero, que estava no Grêmio após sair do Boca Juniors. Em Belo Horizonte, ele foi bem no Campeonato Mineiro, mas perdeu espaço na equipe quer seria vice-campeã brasileira. Foram quatro gols em 40 jogos.

Nacho Fernández, meia do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Seu sucessor na vaga de estrangeiro foi Jesús Dátolo, de passagem bem mais marcante. Ex-Internacional, com títulos na Argentina e convocação para a seleção nacional, Dátolo soube aproveitar a lacuna de criação deixada por Ronaldinho, em sua saída em 2014. O também argentino chegou um ano antes, foi reserva até assumir protagonismo com Levir Culpi e ser campeão da Copa do Brasil 2014. Deixou o Galo em 2016 com 127 jogos e 18 gols.

Quando foi embora, Dátolo deixou outros companheiros internacionais no clube. O Atlético já havia investido para tirar Lucas Pratto, do Vélez Sarsfield, em dezembro de 2014. Era o "homem-gol" para a vaga de Diego Tardelli, vendido para a China. O "Urso" se encontrou com Juan Cazares e Erazo, a dupla do Equador, além de Rómulo Otero.

A baixa entre 2015 e 2016 foi Sherman Cárdenas, contratado muito mais pelo gol feito contra o Galo na derrota das oitavas de final da Libertadores de 2014, pelo Atlético Nacional, do que pelo futebol apresentado. Outro que não deixou marcas.

Lucas Pratto; Atlético-MG — Foto: Bruno Cantini/Atlético

Pratto e Dátolo foram embora e, em 2017, restaram apenas três estrangeiros. Erazo se despediu, e o Galo mirou novamente para a região do Rio da Prata em 2018. Vieram Tomás Andrade, do River, David Terans e Martin Rea, ambos do Danubio. Do trio, apenas o meia-atacante tem vínculo com o Galo e está emprestado ao Peñarol até o fim do mês.

Nacho Fernández é o sétimo estrangeiro do elenco do Galo para 2021, com cinco vagas disponíveis a cada jogo de competição nacional (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro). Na Libertadores, não há limite. O Alvinegro deve liberar Dylan Borrero, de 19 anos, por empréstimo.

Situação parecida de outros gringos que vieram, como Ramón Martínez (Paraguai) que estava no Coritiba e foi repassado ao Libertad, e Lucas Hernández, que estava no Cuiabá. Franco Di Santo, de passagem fugaz, rescindiu e foi para o San Lorenzo em 2020, temporada na qual Yimmi Chará, que tinha o título de jogador mais caro (6 milhões de dólares), já havia sido vendido pelo mesmo preço à MLS.

Eduardo Vargas foi o último jogador estrangeiro contratado pelo Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

No ano passado, o Atlético começou investido em Jefferson Savarino, da seleção venezuelana outrora treinada pelo ex-técnico alvinegro Rafael Dudamel. No segundo semestre, Otero e Cazares foi liberados ao Corinthians. E, sob a batuta de Jorge Sampaoli, o portão de desembarque internacional na Cidade do Galo foi escancarado para Junior Alonso, Alan Franco, Matías Zaracho e Eduardo Vargas, que irão receber mais um "hermano" no fim de semana.

Os gringos do Galo nos últimos 10 anos

Em 2021

  1. Alan Franco (Equador)
  2. Junior Alonso (Paraguai)
  3. Savarino (Venezuela)
  4. Dylan Borrero (Colômbia)
  5. Matías Zaracho (Argentina)
  6. Eduardo Vargas (Chile)
  7. Nacho Fernández (Argentina)

Em 2020

  1. Alan Franco (Equador)
  2. Junior Alonso (Paraguai)
  3. Savarino (Venezuela)
  4. Dylan Borrero (Colômbia)
  5. Matías Zaracho (Argentina)
  6. Eduardo Vargas (Chile)

Em 2019:

  1. Otero (Venezuela)
  2. Cazares (Equador)
  3. Franco Di Santo (Argentina)
  4. Ramon Martínez (Paraguai)
  5. Lucas Hernández (Uruguai)
  6. David Terans (Uruguai)
  7. Yimmi Chará (Colômbia)

Em 2018:

  1. Cazares (Equador)
  2. Martín Rea (Uruguai)
  3. David Terans (Uruguai)
  4. Yimmi Chará (Colômbia)
  5. Tomás Andrade (Argentina)

Em 2017:

  1. Erazo (Equador)
  2. Cazares (Equador)
  3. Otero (Venezuela)

Em 2016:

  1. Erazo (Equador)
  2. Cazares (Equador)
  3. Dátolo (Argentina)
  4. Otero (Venezuela)
  5. Lucas Pratto (Argentina)

Em 2015:

  1. Dátolo (Argentina)
  2. Cárdenas (Colômbia)
  3. Lucas Pratto (Argentina)

Em 2014:

  1. Dátolo (Argentina)
  2. Otamendi (Argentina)

Em 2013:

  1. Dátolo (Argentina)

Em 2012:

  1. Escudero (Argentina)

Mais do ge