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Por Débora Gares, Fred Huber e Ivan Raupp — Rio de Janeiro


O início do Carioca reservou a alguns jovens do Flamengo e oportunidade de jogar e aparecer no profissional, e um dos que melhor aproveitou foi Rodrigo Muniz, de 19 anos. Com cinco gols em cinco jogos (três como titular), ele é o artilheiro do Carioca e mostrou que é capaz de contribuir mesmo quando o time estiver completo.

Rodrigo Muniz comemora seu gol na vitória do Flamengo sobre o Botafogo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, quarta-feira, no Nilton Santos, Muniz começou no banco, mas logo aos dez minutos de jogo entrou na vaga de Pedro, que machucou a coxa esquerda.

No Brasileiro de 2020, o técnico Rogério Ceni já havia dado algumas chances ao garoto, que passou a conviver e receber conselhos de alguns dos melhores atacantes do Brasil, como Gabigol, Bruno Henrique e Pedro.

- É um momento único, especial na minha vida. Eu busco trabalhar e estar pronto para quando as oportunidades aparecerem, porque sei que vai dar certo. Fui conversar com o Pedro, que já está tratando. Desejo que volte o mais rápido possível. Se eu tiver mais chances, quero aproveitar - disse o centroavante ao ge.

O sucesso em campo se multiplica nas redes sociais, e o termo "Munizado" tomou conta da torcida rubro-negra.

- Tem o Muniz, tem gol. Aí fica "Munizado" já. Eu acho, né (risos). Foram cinco jogos e cinco gols. É uma média bacana.

Melhores momentos de Botafogo 0 x 2 Flamengo pela 5º rodada do Campeonato Carioca

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Com sorriso no rosto, Muniz curte seus momentos de reconhecimento. Em campo a timidez para dar entrevista fica de lado, e tem espaço até para irreverência com dancinha na comemoração dos gols.

- No vestiário a gente conversa muito e combina de fazer. Na hora sai. Cada jogo é uma diferente. Neste jogo eu conversei com o Ramon e Max. O Ramon até reclamou que eu não fui até o banco para comemorar. Não deu porque estava longe (risos).

No lance em que abriu a contagem na vitória do Flamengo, Muniz ganhou a disputa no corpo do zagueiro Marcelo Benevenuto e finalizou bem. Desde que chegou ao clube, o centroavante, que hoje tem 1,86m e 84kg, ganhou massa muscular e força para suportar o tranco dos marcadores.

- Fui firme na jogada. Ele bateu e caiu. Aí a bola sobrou e eu fui feliz na finalização.

Antes de ser chamado por Rogério Ceni para se incorporar ao time profissional do Flamengo, Muniz foi emprestado ao Coritiba para ganhar experiência. Voltou mais maduro e com histórias para contar.

- O Coritiba é um time grande e eu fiquei feliz de ir para lá jogar, ganhar rodagem profissional. Foi especial para mim porque foi onde fiz meu primeiro gol no Brasileiro, que era uma vontade grande minha. Sou grato ao clube. Foi uma experiência bacana. Também encontrei o Ricardo Oliveira, um cara que sou fã. Converso com ele até hoje, é um paizão para mim - disse.

Líder do Carioca, o Flamengo volta a campo no sábado, em Bacaxá, para enfrentar o Boavista. Será o último jogo com o time alternativo, sob o comando de Mauricio Souza, mas há a chance de Gabigol atuar, após o próprio atacante fazer o pedido. Ceni ainda vai dar a palavra final.

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