J-League: Marinos mantém liderança e Shimizu é goleado de novo

sáb, 30/03/13
por Tiago Bontempo |

Mais uma goleada em casa – fim da linha para Ghotbi?

A primeira demissão de treinador do ano na J-League pode estar próxima. O Shimizu S-Pulse sofreu a segunda goleada seguida em casa e a pressão em cima do iraniano Afshin Ghotbi é cada vez maior. O S-Pulse ainda não venceu na temporada e já sofreu três goleadas em seis jogos – perdeu de 5×0 do Marinos na 2ª rodada e agora levou 4×0 do Sanfrecce Hiroshima, além de ter tomado 5×1 do rival Júbilo na Nabisco. No jogo de hoje, o ataque não produziu quase nada e a defesa continuou deixando espaços demais, tanto que sofreu o primeiro gol logo no início. O Hiroshima foi só cozinhando o jogo e nem precisou forçar pra garantir o resultado, já que o S-Pulse fez tudo sozinho. Primeiro com a expulsão do zagueiro Okane, depois com um pênalti cometido por Jong-a-Pin e convertido por Hisato Sato e, por fim, com Ghotbi deixando o time com quatro atacantes e um buraco enorme no meio-campo. Aí ficou fácil pro Sanfrecce golear.

No topo da tabela ainda está o Yokohama Marinos, que precisou de um gol aos 45 do segundo tempo para superar o FC Tokyo e continuar 100% na temporada. Apesar do desfalque de Marquinhos (suspenso), seu substituto Yoshihito Fujita mostrou tanto oportunismo quanto o brasileiro e, com dois gols decisivos, foi o nome da partida. Só que Marquinhos (5 gols na J1) não é mais o artilheiro da liga. Yohei Toyoda, do Sagan Tosu, anotou um hat-trick de cabeça contra o Iwata e chegou à marca de 6 gols. O Tosu, que na rodada passada quase cedeu um empate depois de começar vencendo o Kawasaki por 4×0 (o jogo terminou 5×4), novamente deixou o adversário reagir após abrir boa vantagem – ia vencendo o Júbilo no Yamaha por 3×1 mas permitiu o empate no segundo tempo. Na ausência do Gamba na primeira divisão, o Sagan vai herdando seu legado de marcar e sofrer muitos gols. Do lado do Iwata, Maeda continua em branco e segue a expectativa de quem será o alvo de sua “maldição”.

Além de Marinos e Tosu, ainda estão invictos na J1 o Urawa Reds (venceu o Albirex em Niigata graças à sua defesa e à inefetividade do ataque adversário), o Cerezo Osaka (sua sequência de três vitórias seguidas foi interrompida com um empate em casa contra o Sendai) e o Omiya Ardija (fez um grande jogo contra o Kashima e finalmente ganhou a primeira em casa na temporada). Quando menos se espera, os Esquilos surpreendem – não venciam o Antlers desde 2009 (sete jogos) e ainda teve um golaço do novato Takamitsu Tomiyama, recém-contratado da Universidade Waseda.

Quem não está surpreendendo nem um pouco são os três promovidos da J2 – todos continuam na parte de baixo da tabela, com 2 pontos e nenhuma vitória. O Kofu ia vencendo o Kawasaki na reabertura do Todoroki pelo placar mínimo e o goleiro Kawata até defendeu um pênalti sofrido e cobrado por Renatinho, mas, aos 43 do segundo tempo, o substituto Yajima salvou o dia do Frontale e garantiu ao menos um ponto para a equipe de Yahiro Kazama – mais um treinador com o emprego em risco. Shonan e Oita também deram trabalho a seus adversários, mas acabaram derrotados de forma parecida, com gols sofridos nos minutos finais, por Nagoya e Kashiwa, respectivamente.

E aí, Zaccheroni, não tá na hora de convocar o Toyoda?

 

Todos os resultados da 4ª rodada:

Shimizu S-Pulse 0×4 Sanfrecce Hiroshima (13.137) [vídeo]
Ishihara (14′), Sato (69′), Mizumoto (73′), Sato (82′)

Cerezo Osaka 1×1 Vegalta Sendai (13.721) [vídeo]
Maruhashi (gol contra, 32′, 0×1), Kakitani (51′, 1×1)

Júbilo Iwata 3×3 Sagan Tosu (8.741) [vídeo]
Toyoda (9′, 0×1), Toyoda (34′, 0×2), Yamada (45′, 1×2), Toyoda (51, 1×3), Matsuura (62′, 2×3), Kanazono (71′, 3×3)

Omiya Ardija 3×1 Kashima Antlers (11.492) [vídeo]
Davi (15′, 0×1), Kanazawa (36′, 1×1), Novakovic (53, 2×1), Tomiyama (79′, 3×1)

Kashiwa Reysol 3×1 Oita Trinita (9.144) [vídeo]
Kudo (37′, 1×0), Sho Matsumoto (53′, 1×1), Junya Tanaka (63′, 2×1), Kudo (90′+3, 3×1)

Kawasaki Frontale 1×1 Ventforet Kofu (14.108) [vídeo]
Hiramoto (12′, 0×1), Yajima (88′, 1×1)

Nagoya Grampus 2×0 Shonan Bellmare (10.706) [vídeo]
Tamada (45′), Ogawa (86′)

Albirex Niigata 0×2 Urawa Reds (29.095) [vídeo]
Makino (6′), Marcio Richardes (90′+2)

Yokohama F. Marinos 3×2 FC Tokyo (23.698) [vídeo]
Lee (27′, 0×1), Nakamura (61′, 1×1), Fujita (68′, 2×1), Watanabe (82′, 2×2), Fujita (90′, 3×2)

Classificação da J-League após a 4ª rodada
Artilharia

Jordânia 2×1 Japão: Classificação adiada

ter, 26/03/13
por Tiago Bontempo |

Eliminatórias – Fase 4 – Grupo B – Jordânia 2×1 Japão
Estádio Rei Adbullah, Amã – [vídeo]
Khalil Bani Ateyah (45′+1, 1×0), Ahmad Hayel Ibrahim (60′, 2×0), Kagawa (69′, 2×1)

Fragilidade exposta: defesa japonesa falhou demais / AFP

Bastava apenas um empate para que o Japão fosse a primeira seleção a se classificar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Era o jogo mais importante do ano até agora, e desta vez  a seleção mostrou bem mais vontade que nos últimos amistosos. Dominou do início ao fim, teve mais posse de bola (62%-38%), mais chutes a gol (16-9), mais escanteios (8-3), uma bola na trave e um pênalti defendido. Ainda assim, de nada valeu tudo isso, pois o placar final mostrava 2×1 para o adversário. O que engrandece ainda mais o feito histórico da Jordânia, agora em segundo lugar no grupo e com boas chances de conseguir a vaga inédita no Mundial – ver seus jogadores chorando ao fim da partida foi até comovente.

Apesar dos desfalques de Honda (doente) e Nagatomo (joelho), laterais e meias ofensivos é o que não falta na seleção de Alberto Zaccheroni. A escalação foi quase a mesma do amistoso contra o Canadá, com Konno e Kiyotake de volta ao time titular nos lugares de Inoha e Inui. Na Jordânia, o técnico iraquiano Adnan Hamad não pôde contar com o lesionado meia Hasan Abdel-Fattah Mahmoud.

Com o apoio de um estádio praticamente lotado, os jordanianos não se intimidaram de enfrentar os favoritos e começaram a partida com uma mentalidade ofensiva, o que proporcionou um bom início de jogo – os dois goleiros fizeram boas defesas pra evitar que o placar saísse do zero. Aos poucos o Japão foi controlando as ações, mas teve azar na melhor oportunidade – cabeçada de Maeda no travessão – e errou passes demais. A Jordânia tinha sido envolvida, mas marcou em jogada de bola parada nos acréscimos do primeiro tempo. O capitão Amer Deeb cobrou escanteio, Khalil Bani Ateyah se antecipou à marcação de Okazaki e testou com força: 1×0.

As formações iniciais: ambos no 4-2-3-1

No segundo tempo, as duas seleções voltaram sem alterações e o domínio japonês continuou. No entanto, um contra-ataque que não parecia muito promissor acabou sendo fatal. Gotoku Sakai perdeu a bola no meio-campo para Amer Deeb, que ainda caído passou para o atacante solitário Ibrahim. Ele pegou a bola na ponta direita sem nenhum companheiro por perto, mas ganhou na força e na velocidade de Yoshida, avançou até ficar frente a frente com Kawashima e finalizou na saída do goleiro: 2×0.

Logo Zaccheroni trocou Maeda por Havenaar, mas a mudança não teve muito efeito na prática. O Japão chegou ao gol, mas com uma rápida troca de passes. Kiyotake deu um toque de calcanhar de primeira e deixou Kagawa na cara do gol: 2×1. Um minuto depois, Uchida foi derrubado dentro da área: pênalti e uma reação espetacular ia se desenhando, mas o bom goleiro Amer Shafi Sabbah (que já deu muito trabalho ao japoneses em Copas da Ásia) pulou no cantinho e defendeu a cobrança de Endo. Mesmo sendo pressionados até o final, os donos da casa se seguraram e comemoraram uma merecida e histórica vitória. Parece que valeu por um título para eles.

Apesar da derrota e da preocupação quanto à fragilidade da defesa, o Japão já está 99% classificado para a Copa do Mundo. Com dois jogos a disputar e 6 pontos de vantagem para o segundo colocado no grupo, a única forma de não terminar entre os dois primeiros seria perdendo as próximas duas partidas e com Jordânia e Iraque vencendo todos os jogos que faltam, e ainda assim uma diferença de 16 gols de saldo teria que ser tirada.

Curiosidades:
- O time titular do Japão hoje teve mais jogadores da J2 (Konno e Endo) do que da J1 (Maeda).
- Foi a primeira vez que a Jordânia venceu o Japão. Nos jogos anteriores, três empates por 1×1 e uma derrota por 6×0.

Notas:
Kawashima – 6,5 -  fez boas defesas e não teve culpa nos gols que sofreu.
Uchida – 4,5 – sofreu um pênalti no seu melhor lance, mas apoiou pouco o ataque e errou demais na defesa.
Yoshida – 4,5 – não conseguiu se impor e falhou no segundo gol.
Konno – 6,0 – não foi tão acionado como Yoshida, até por isso não comprometeu.
Gotoku – 5,5 – teve boa participação ofensiva, mas perdeu a bola na jogada que resultou no segundo gol jordaniano.
Hasebe – 6,5 – não foi perfeito na marcação mas era o único que tentava chutar de longe. Quase teve uma assistência no lance em que Maeda cabeceou na trave e iniciou a jogada do gol de Kagawa.
Endo – 5,5 – alguns bons passes mas perdeu o pênalti crucial que daria a classificação ao Japão.
Okazaki – 6,0 – esforçado como sempre, mas desta vez sem muito brilho. Perdeu a dividida aérea que resultou no primeiro gol jordaniano.
Kagawa – 7,0 – boa movimentação, bons passes e um gol, mas ficou faltando aquele “algo a mais” que se espera do craque do time.
Kiyotake – 7,0 – sempre buscando jogo, fez o lado esquerdo japonês ser a principal fonte de criação de jogadas do time. Errou alguns passes que poderiam resultar em situações claras de gol, mas deu a assistência para o gol de Kagawa com um belo passe de calcanhar.
Maeda – 6,0 – teve duas boas chances de marcar de cabeça. Na primeira, o goleiro defendeu. Na segunda, teve o azar de acertar o travessão.
Havenaar – 5,5 – ganhou algumas bolas pelo alto mas não teve impacto nenhum na partida.
Komano – 6,0 – entrou pra cruzar a bola na área. Não teve muito sucesso.
Inui – entrou no finalzinho e fica sem nota.
Zaccheroni – 5,0 – mandou a campo a escalação esperada, mas não mexeu na estrutura do time no segundo tempo e fez substituições tardias – colocou Komano faltando dez minutos e Inui faltando cinco. Komano poderia ter entrado pelo lado direito, já que Gotoku estava melhor que Uchida.

Próximos jogos e classificação do grupo:
04/06 – Japão x Austrália (Saitama) / Omã x Iraque (Mascate)
11/06 – Austrália x Jordânia (Melbourne) / Iraque x Japão (local indefinido)
18/06 – Austrália x Iraque (Sydney) / Jordânia x Omã (Amã)

Pos. País Pontos J V E D GP GC SG
Japão 13 6 4 1 1 14 4 10
Jordânia 7 6 2 1 3 6 12 -6
Austrália 6 5 1 3 1 6 6 0
Omã 6 6 1 3 2 6 9 -3
Iraque 5 5 1 2 2 4 5 -1

1º e 2º: Classificados para a Copa do Mundo
3º: Vai para a repescagem

Copa Nabisco: Júbilo e Marinos seguem 100% no Grupo A; FC Tokyo lidera no B

sáb, 23/03/13
por Tiago Bontempo |

Goleada do Júbilo no dérbi de Shizuoka e show de Yamazaki: atacante
esbanjou categoria nos três gols que marcou contra o rival / Nikkan Sports

 

Grupo A

Ventforet Kofu 0×2 Yokohama F. Marinos (8.558) [vídeo]
Hyodo (23′), Nakamachi (52′)

Júbilo Iwata 5×1 Shimizu S-Pulse (10.690) [vídeo]
Kanazono (6′, 1×0), Matsuura (21′, 2×0), Yamazaki (69′, 3×0), Yamazaki (75′, 4×0), Ishige (86′, 4×1), Yamazaki (90′, 5×1)

Shonan Bellmare 1×3 Omiya Ardija (6.019)
Tomiyama (30′, 0×1), Hasegawa (61′, 0×2), Kobayashi (62′, 1×2), Watabe (90′+4, 1×3)

 

Grupo B

Oita Trinita 1×2 Cerezo Osaka (6.957) [vídeo]
Minamino (1′, 0×1), Marutani (64′, 1×1), Yamaguchi (75′, 1×2)

Kashima Antlers 2×4 FC Tokyo (11.839) [vídeo]
Osako (28′, 1×0), Watanabe (45′+1, 1×1), Lucas (57′, 1×2), Lee (77′, 1×3), Davi (78′, 2×3), Higashi (81′, 2×4)

Sagan Tosu 1×2 Nagoya Grampus (5.926) [vídeo]
Jakimovski (15′, 0×1), Kiyotake (47′, 1×1), Yano (75′, 1×2)

Tabela de classificação
Artilharia

 

Osako fez um golaço no início, mas o FC Tokyo virou o jogo em Kashima, Lee fez a primeira
comemoração do arqueiro pelo novo clube e os Tanukis estão em primeiro no Grupo B, com
os mesmos 4 pontos que Nagoya e Cerezo mas com um gol a mais de saldo / J.League Photos

 

O Nagoya ganhou do Tosu no Best Amenity e ainda teve estreante em campo: o zagueiro
Nikki Havenaar (irmão mais novo de Mike Havenaar), de 18 anos e 1,97 m de altura, entrou
no fim do segundo tempo e fez sua primeira partida como profissional / J.League Photos

Em ritmo de treino, Japão vence Canadá em Doha

sex, 22/03/13
por Tiago Bontempo |

Amistoso – Japão 2×1 Canadá
Estádio Internacional Khalifa, Doha, Catar – Público: 2.000
Okazaki (8′, 1×0), Haber (58′, 1×1), Havenaar (74′, 2×1) [vídeo]

Na ausência de Honda, Kagawa jogou como armador central no primeiro tempo; no segundo,
com Kengo Nakamura em campo, o camisa 10 voltou para a meia esquerda / Foto: Nikkan Sports

O estádio estava praticamente vazio em Doha. Dava pra ouvir bem os gritos dos jogadores e dos poucos torcedores presentes. Parecia mais um jogo-treino do que um amistoso, tanto pela atmosfera quanto pelo que se viu em campo. Sem empolgar, o Japão superou o Canadá por pouco na partida preparatória para o confronto da próxima terça-feira contra a Jordânia pelas Eliminatórias. Já viraram rotina esses amistosos contra seleções menos expressivas que o Japão não leva tão a sério.

Japão: Em busca da vaga em 2014
A um passo de garantir a classificação para a Copa de 2014, o Japão segue o padrão de enfrentar num amistoso um time de força semelhante ao próximo adversário antes de um jogo importante – o Canadá ocupa o 68º lugar no ranking da Fifa, enquanto a Jordânia está em 90º. Nagatomo (joelho) e Honda (descrito pelo CSKA apenas como “doente”) já eram desfalques certos e nem foram convocados. Sofreram lesões leves nos treinos e eram dúvidas para hoje Kiyotake (virilha), Konno (febre) e Kurihara (panturrilha) – todos começaram no banco. Inui e Gotoku Sakai foram as novidades no time titular.

Canadá: Em busca de um recomeço
Os canadenses já estão fora da disputa por uma vaga na Copa do Mundo. Foram eliminados na última partida da fase anterior, quando precisavam de apenas um empate fora de casa contra Honduras mas sofreram uma goleada histórica por 8×1, o que resultou também na demissão do técnico Stephen Hart. Este ano só foram dois amistosos – derrota por 4×0 para a Dinamarca e empate em 0×0 com os EUA -, mas com um time B para testar novos jogadores. Seus principais atletas estão de volta agora para esta série de dois amistosos no Catar: hoje contra o Japão e na próxima segunda contra Belarus. Com o português Tony Fonseca como treinador interino, o discurso do Canadá é procurar uma “redenção” e se preparar para a disputa da Copa Ouro em julho.

As formações iniciais de Japão e Canadá: ambos jogando no 4-2-3-1

O Canadá iniciou a partida trocando mais passes e com suas linhas adiantadas, mas o Japão abriu o placar na primeira chegada. Hasebe puxou contra-ataque e lançou Kagawa, que em um piscar de olhos já estava cara a cara com o goleiro. Borjan chegou na bola antes e fez o corte, mas o rebote sobrou nos pés de Okazaki. Ele tirou seu marcador da jogada e chutou colocado, por cima do camisa 1 que ainda não tinha voltado para sua meta: 1×0.

Os nipônicos tiveram duas boas chances de ampliar logo em seguida. Maeda perdeu um gol feito na pequena área, desperdiçando a assistência de Inui, e Endo acertou a trave em cobrança de falta – a bola ainda bateu no goleiro e foi pra fora. O jogo seguiu morno até o fim do primeiro tempo.

Depois do intervalo, Havenaar voltou no lugar de Maeda e teve uma chance ainda melhor do que a perdida pelo atacante do Júbilo. Ele recebeu de Kagawa totalmente livre, tentou tirar do goleiro mas chutou pra fora – e a bola nem passou perto do gol.

O Canadá surpreendeu ao conseguir o empate num escanteio cobrado por Johnson. Haber ganhou a disputa com Inoha e cabeceou no cantinho de Kawashima: 1×1. Detalhe que Inoha tinha ficado fora do campo minutos antes sentindo uma dor nas costas. O zagueiro foi substituído por Kurihara logo depois do gol sofrido.

Empolgados com o empate, os canadenses começaram a criar chances e o jogo melhorou um pouco. O Japão também pressionou e quase fez o segundo quando Gotoku Sakai driblou o goleiro, mas, sem ângulo, finalizou na rede pelo lado de fora. Pouco depois, mais uma jogada pelo lado esquerdo. Gotoku cruzou, a defesa não cortou e Havenaar fez o papel de centroavante. Pegou meio torto na bola, é verdade, mas foi o suficiente pra colocar bem no canto, fora do alcance de Borjan: 2×1.

Nos últimos minutos, Kawashima teve trabalho para manter o placar favorável, mas foi o bastante para assegurar uma vitória apertada e sem brilho. E ainda deu tempo de Havenaar perder mais um gol feito, quase embaixo da trave, no último lance antes do fim do jogo. O atacante olhou com uma expressão sem graça para seus companheiros ao mesmo tempo em que o árbitro apitou o fim da partida.

Curiosidades
- Japão e Canadá só haviam se enfrentado uma vez: na Copa das Confederações de 2001, quando o Japão venceu por 3×0.
- Okazaki chegou ao 32º gol com a camisa da seleção em 60 jogos. Mais seis e ele alcança Hiromi Hara (38 gols em 76 jogos), o terceiro maior artilheiro da história dos Samurais.

Copa Nabisco entra para o Livro dos Recordes na 21ª edição

qua, 20/03/13
por Tiago Bontempo |
categoria Copa da Liga

“O torneio de futebol realizado há mais tempo com o mesmo patrocinador”. Criada em 1992 como uma competição teste para a J-League, a Copa Yamazaki Nabisco chegou à sua 21ª edição (só não foi disputada em 1995) e entrou para o Guinness Book. Desta vez, o regulamento é o mesmo do ano passado: dois grupos de sete times em turno único, os dois primeiros passam à próxima fase e se juntam aos quatro participantes da ACL nas quartas de final em jogos de ida e volta.

Numa primeira rodada de muitos empates, apenas Yokohama Marinos e Júbilo Iwata conseguiram vencer e saíram na frente no Grupo A. No Grupo B, todo mundo empatado com um ponto. Shonan Bellmare (A) e Kashima Antlers (B) folgaram e só entram em campo na segunda rodada, que acontece já neste sábado. Confira os resultados de hoje:

 

Grupo A

Shimizu S-Pulse 1×1 Ventforet Kofu (9.411) [vídeo]
Hattanda (9′, 1×0), Hugo (32, 1×1)

Omiya Ardija 0×2 Júbilo Iwata (6.613)
Kanazono (7′), Kosuke Yamamoto (22′)

Yokohama F. Marinos 1×0 Kawasaki Frontale (12.132) [vídeo]
Marquinhos (83′)

 

Grupo B

Albirex Niigata 1×1 Oita Trinita (12.369) [vídeo]
Kijima (29′, 0×1), Hamada (37′, 1×1)

FC Tokyo 0×0 Sagan Tosu (11.039)

Nagoya Grampus 1×1 Cerezo Osaka (8.032) [vídeo]
Honda (gol contra, 47′, 0×1), Tamada (68′, 1×1)

Tabela de classificação

 

O Kofu ainda não venceu na temporada, mas Hugo marcou seu terceiro gol em
quatro jogos – o Ventforet encontrou um novo artilheiro? / J.League Photos

 

Tadanari Lee foi titular pela primeira vez mas ainda não balançou as redes pelo FC Tokyo -
o atacante está emprestado pelo Southampton até o meio do ano / Nikkan Sports

 

Assistência de Nakamura e gol de Marquinhos – combinação que vem dando certo no Marinos
e contribuiu para manter o time com 100% de aproveitamento na temporada / Nikkan Sports

Resumo da 3ª rodada da J-League

seg, 18/03/13
por Tiago Bontempo |

Tosu x Kawasaki: jogo de nove gols / J.League Photos

O Yokohama Marinos não jogou bem mas venceu a terceira seguida, se manteve na liderança da J-League e ainda escapou de sofrer o temido primeiro gol de Maeda na temporada.

Em Osaka, Alberto Zaccheroni estava no Nagai Stadium mas também não assistiu a melhor das partidas. Kakitani, um possível candidato a ser convocado para a seleção, não estava num dia inspirado. Quem brilhou mesmo foi Yamaguchi, autor do gol da vitória do Cerezo Osaka contra o FC Tokyo, time dos sempre convocados Takahashi e Gonda. Quem vem se destacando na equipe da capital é o nipo-iraniano Aria Jasuru Hasegawa – será que ele pode ser chamado de novo pelo treinador italiano?

Jogão mesmo foi em Kyushu, onde o Sagan Tosu chegou a abrir 4×0 contra o Kawasaki e venceu com um placar apertado de 5×4. O Frontale não desistiu e quase empatou, com boas atuações do trio ofensivo Okubo, Yu Kobayashi e Renatinho, com um gol cada (o brasileiro ainda teve três assistências), além de mais um do substituto Patrick. Mas o Tosu se deu melhor nesse duelo de ataque contra ataque, com um gol de cada um dos meias – Mizunuma, Ikeda e Kim Min-Woo e dois do artilheiro Toyoda – destaque também para o volante Takahashi, com três assistências.

A partida realizada no Oita Dome foi um duelo de opostos – o Urawa, favorito ao título e com um dos melhores elencos do país, contra o recém-promovido Oita, candidato ao rebaixamento e com um elenco limitado. Porém, com cinco minutos de jogo o Trinita já vencia por 2×0 – vantagem que diminuiu para 2×1 três minutos depois e se transformou num 2×2 antes do intervalo. Apesar da diferença de qualidade entre os adversários, o Oita não se intimidou e conseguiu manter a disputa equilibrada por boa parte dos 90 minutos – ainda assim, os Reds poderiam ter voltado pra Saitama com três pontos não fosse por um gol feito a nível Yanagisawa/Deivid que Koroki perdeu. O problema do Trinita é segurar o resultado quando está ganhando; nas três rodadas até agora, o time marcou o primeiro gol mas permitiu o empate ou a virada.

As formações iniciais de Oita (3-5-2) e Urawa (3-4-2-1)

Com Tulio de centroavante, O Nagoya Grampus finalmente ganhou a primeira, em Yamanashi contra o Ventforet. Mas o herói do jogo foi outro zagueiro – o novato Yuki Honda, de 22 anos, que marcou o único gol da partida nos acréscimos do segundo tempo.

O Vegalta Sendai também venceu a primeira na temporada, em casa contra o Kashiwa. O nome do jogo foi o atacante Wilson, que deu a assistência para o primeiro gol do Vegalta e também marcou um.

O Omiya Ardija empatou a segunda em casa, e novamente foi com sabor de derrota – o novato Tomiyama fez 1×0 a 15 minutos do fim, mas o Niigata empatou aos 47 do segundo tempo com o zagueiro Kim Kun-Hoan e conseguiu seu primeiro ponto no campeonato.

Em Hiratsuka, Shonan e Shimizu perderam muitos gols e ficaram no 1×1. A vitória poderia ter ido pra qualquer lado, mas no final o resultado foi melhor para o S-Pulse – seu goleiro, Hayashi, salvou duas vezes cara a cara com Quirino. Foi o segundo empate seguido do Bellmare após sair na frente, e o segundo empate conquistado pelo Shimizu após começar perdendo.

Por fim, na única partida disputada no domingo, o Sanfrecce Hiroshima e Kashima Antlers fizeram um bom jogo, mas cada lado teve um gol anulado e não saíram do 0×0.

Todos os resultados da 3ª rodada:

Vegalta Sendai 2×1 Kashiwa Reysol (13.232) [vídeo]
Matsushita (5′, 1×0), Leandro Domingues (52′, 1×1), Wilson (86′, 2×1)

Yokohama F. Marinos 2×1 Júbilo Iwata (19.195) [vídeo]
Kurihara (45′, 1×0), Yamada (45′+2, 1×1), Hyodo (60′, 2×1)

Sagan Tosu 5×4 Kawasaki Frontale (8.716) [vídeo]
Ikeda (28′, 1×0), Kim Min-Woo (50′, 2×0), Mizunuma (51′, 3×0), Toyoda (54′, 4×0), Okubo (64′, 4×1), Yu Kobayashi (70′, 4×2), Toyoda (73′, 5×2), Renatinho (82′, 5×3), Patrick (87′, 5×4)

Oita Trinita 2×2 Urawa Reds (16.510) [vídeo]
Marutani (3′, 1×0), Takamatsu (5′, 2×0), Haraguchi (8′, 2×1), Yuki Abe (42′, 2×2)

Omiya Ardija 1×1 Albirex Niigata (10.485) [vídeo]
Tomiyama (76′, 1×0), Kim Kun-Hoan (90′+2, 1×1)

Cerezo Osaka 1×0 FC Tokyo (13.702) [vídeo]
Yamaguchi (47′)

Shonan Bellmare 1×1 Shimizu S-Pulse (9.453) [vídeo]
Taketomi (21′, 1×0), Hattanda (63′, 1×1)

Ventforet Kofu 0×1 Nagoya Grampus (11.230) [vídeo]
Yuki Honda (90′+4)

Sanfrecce Hiroshima 0×0 Kashima Antlers (16.029) [vídeo]

Classificação da J-League após a 3ª rodada
Artilharia

Japoneses se destacam na 2ª rodada da ACL – Hiroshima, no entanto, se complica

qua, 13/03/13
por Tiago Bontempo |

 

O goleiro Hayashi salvou o Sendai de uma derrota na China / Sanspo

O Urawa Reds se recuperou do vexame da estreia fazendo o dever de casa na partida teoricamente mais fácil da fase de grupos, com uma goleada em cima do Muangthong United. O campeão tailandês veio jogando recuado e com uma linha de cinco defensores para tentar parar o ataque nipônico, mas não passou nem sete minutos e o Urawa já estava vencendo, graças a uma jogada ensaiada. Marcio Richardes cobrou escanteio e mandou a bola no outro lado da área, onde não tinha nenhum defensor, mas tinha Kashiwagi sem marcação. Ele pegou de primeira num chute que saiu mascado, mas a bola tomou a direção certa, enganou o goleiro, que nem se mexeu, e foi parar no fundo do gol: 1×0. O Muangthong era facilmente dominado e viu sua situação se complicar ainda mais quando o lateral direito Piyaphon Buntao recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Parecia só questão de tempo pra saírem mais gols, e eles vieram no segundo tempo. Sekiguchi cruzou, a bola desviou de leve na cabeça de um defensor e novamente enganou o arqueiro tailandês: 2×0. Pouco depois, o substituto Haraguchi aproveitou cruzamento de Hirakawa e fez 3×0 de cabeça. Haraguchi teve a chance de marcar mais um, frente a frente com o goleiro, mas ele preferiu tocar de lado para Sakano; porém, um defensor que tentou cortar o passe acabou marcando contra: 4×0 e o terceiro gol “estranho” no dia. Quase nos acréscimos, um raro ataque tailandês resultou num gol de cabeça do volante marfinense Dagno Siaka. O Grupo E é liderado pelo Guangzhou Evergrande (4 pontos), que empatou na Coreia com o Jeonbuk Motors (2 pontos) por 1×1. O Urawa está em segundo (3 pontos) e o Muangthong caiu para a lanterna (1 ponto).

Na cidade de Nanquim, a partida entre os vice-campeões da J-League e da CSL começou com um clima de tensão. Por um lado, era dia de festa por ser o primeiro jogo em casa do Jiangsu Sainty na história da ACL. Por outro, havia muito ressentimento com os japoneses, tanto pelas disputas políticas atuais entre Japão e China quanto pela lembrança do Massacre de Nanquim cometido pelo exército japonês antes da Segunda Guerra Mundial. Dentro de campo, o Jiangsu pressionou o tempo todo e o Vegalta Sendai se segurava como podia. Desfalcado dos volantes Kakuda e Tomita e com Ota e Akamine no banco, as novas contratações Diogo (ex-Sport), Heberty (ex-Cerezo) e Sasaki (ex-Gamba) ganharam uma vaga no time titular. Mas o grande nome da partida foi o goleiro Hayashi, que fez inúmeras defesas difíceis, incluindo uma cara a cara com um atacante adversário, e garantiu o 0×0 no placar. Como o jogo entre Buriram United e FC Seoul também terminou sem gols, a classificação do Grupo E não se alterou: o Seoul está em primeiro (4 pontos), seguido de Sendai (2), Buriram (2) e Jiangsu (1).

Em Kashiwa, o Reysol fez sua torcida esquecer da derrota por 3×0 para o FC Tokyo no último fim de semana e aumentou ainda mais sua vantagem na liderança do Grupo H. O jogo começou equilibrado e o Central Coast Mariners saiu na frente em jogada de escanteio, com um gol de cabeça do zagueiro holandês Patrick Zwaanswijk. Mas não demorou a sair o empate. Após passe de Cleo, Leandro Domingues chutou cruzado e deixou tudo igual. O 1×1 persistiu até a metade do segundo tempo, quando Kano, titular no lugar do lesionado Jorge Wagner, marcou seu primeiro gol depois de ser contratado do Yokohama Marinos. No finalzinho, Leandro fez mais um, de voleio, após cruzamento de Kudo pelo lado direito: 3×1. Jogo decidido? Ainda não, pois o árbitro deu um pênalti para a equipe australiana logo no minuto seguinte. Porém, a fase negra que vive o Central Coast nas penalidades máximas não acabou. O time errou as últimas quatro cobranças na temporada, todas com jogadores diferentes. E o meia McGlinchey conseguiu ser o quinto. Ele chutou no meio do gol e Sugeno, apesar de já ter pulado para o seu lado direito, defendeu com o pé. Graças ao empate por 0×0 na outra partida do grupo, o Kashiwa disparou na liderança, com 6 pontos. Logo atrás estão Suwon (2), Guizhou (1) e Central Coast (1).

Para completar a boa rodada dos japoneses na ACL, só faltava um resultado positivo do Sanfrecce Hiroshima na capital chinesa contra o Beijing Guoan. Mas esse ficou faltando mesmo. Em meio a lesões e jogadores poupados, o campeão japonês entrou em campo sem Hisato Sato, Takahagi, Mikic e os irmãos Morisaki. O Sanfrecce não jogou bem, foi inseguro na defesa e poderia ter perdido por um placar maior não fosse pelas defesas de Nishikawa. Os chineses fizeram 1×0 no primeiro tempo em jogada de escanteio. A bola veio rasteira e passou por quase todo mundo, menos por Lang Zheng; ele chutou de primeira no canto, sem chance para o goleiro japonês. Após perder várias chances de ampliar, o Guoan foi castigado. O chute de longa distância de Okamoto bateu na defesa e sobrou livre para Ishihara (a bola ainda bateu no seu braço), que não desperdiçou a chance. Mas logo em seguida o Beijing passou à frente novamente, graças a uma bobeira incrível da defesa japonesa. Mizumoto demorou demais pra tirar a bola que estava dentro da área e foi desarmado por Piao Cheng. Ele dominou, girou e chutou no cantinho: 2×1 e muita festa (e também manifestações anti-Japão) no Estádio dos Trabalhadores de Pequim. Com um 2×2 no outro jogo do grupo, Bunyodkor e Beijing ocupam os primeiros lugares, com 4 pontos. Ainda sem vencer estão Pohang (1) e Hiroshima (0). As próximas duas rodadas serão decisivas para a classificação (ou eliminação) de japoneses e coreanos, que se enfrentam primeiro no Japão e depois na Coreia.

Leandro Domingues marcou dois e decidiu a vitória do Reysol / J.League Photos

 

Todos os resultados da 2ª rodada:

Grupo A
El Jaish (CAT) 3×3 Tractor Sazi (IRA) (9.622) [vídeo]
Al Jazira (EAU) 1×1 Al Shabab (SAU) (13.450)

Grupo B
Al Shabab (EAU) 0×1 Pakhtakor (UZB) (815)
Al Ettifaq (SAU) 0×0 Lekhwiya (CAT) (2.471)

Grupo C
Al Gharafa (CAT) 3×1 Sepahan (IRA) (5.685)
Al Nasr (EAU) 1×2 Al Ahli (SAU) (4.714)

Grupo D
Esteghlal (IRA) 2×0 Al Ain (EAU) (21.330)
Al Hilal (SAU) 3×1 Al Rayyan (CAT) (11.090)

Grupo E
Buriram United (TAI) 0×0 FC Seoul (COR) (20.271) [vídeo]
Jiangsu Sainty (CHI) 0×0 Vegalta Sendai (JAP) (44.785) [vídeo]

Grupo F
Jeonbuk Motors (COR) 1×1 Guangzhou Evergrande (CHI) (10.949) [vídeo]
Urawa Reds (JAP) 4×1 Muangthong United (TAI) (23.246) [vídeo]

Grupo G
Beijing Guoan (CHI) 2×1 Sanfrecce Hiroshima (JAP) (29.616) [vídeo]
Bunyodkor (UZB) 2×2 Pohang Steelers (COR) (5.000) [vídeo]

Grupo H
Kashiwa Reysol (JAP) 3×1 Central Coast Mariners (AUS) (6.472) [vídeo]
Suwon Bluewings (COR) 0×0 Guizhou Renhe (CHI) (5.553) [vídeo]

Yokohama Marinos goleia e dá show na 2ª rodada da J-League

seg, 11/03/13
por Tiago Bontempo |

Marquinhos: cinco gols em dois jogos e liderança na artilharia / J.League Photos

Se a primeira rodada da J-League já tinha sido boa para o Yokohama Marinos, a segunda foi melhor ainda. O dia era de festa em Shizuoka, com o Nihondaira quase lotado para a primeira partida do Shimizu frente à sua torcida na temporada. Mas com a bola rolando apenas os visitantes tiveram motivo pra comemorar. Shunsuke Nakamura fez um gol olímpico logo no início, Hyodo também marcou um golaço, por cobertura, no fim do primeiro tempo, e Marquinhos anotou o primeiro hat-trick da temporada na segunda etapa, aproveitando que o S-Pulse tinha se mandado todo para o ataque, definindo um humilhante 5×0. Foram exibições de gala do capitão Nakamura, do agora artilheiro isolado Marquinhos e também da promessa Manabu Saito, que entrou no lugar do apagado Hanato e deu duas assistências. Este ano o Tricolore começou o campeonato voando baixo (ao contrário de 2012) e segue no topo da tabela.

O FC Tokyo também continua 100% e venceu de forma surpreendentemente tranquila o favorito Kashiwa, com dois gols de Watanabe ainda no primeiro tempo e um de Hasegawa no segundo. Tadanari Lee atuou como substituto e quase deixou o dele, com um chute que acertou o travessão.

O Urawa Reds conquistou em Saitama a segunda vitória seguida na J1 com o apoio de mais de 50 mil torcedores. Apesar do apertado 1×0 e do time visitante ter acertado uma bola na trave com Ogawa, o enfraquecido Nagoya (desfalcado do zagueiro Tulio e do atacante Kennedy) não fez por merecer um resultado melhor.

Completando o grupo dos que já somam 6 pontos, o Cerezo Osaka conseguiu uma difícil vitória em Yamanashi contra o recém-promovido Kofu. Apesar do início fulminante no qual o Cerezo marcou com Kakitani logo aos 6 minutos, o Ventforet empatou com Hugo antes do intervalo. Em um segundo tempo equilibrado, o gol decisivo só veio nos quinze minutos finais, com um chute certeiro de Yamaguchi depois que a finalização de Minamino bateu na trave.

Logo abaixo na tabela, com 4 pontos, estão Kashima Antlers e Omiya Ardija. O Kashima venceu a primeira na temporada em seu estádio, num jogo que teve três gols num intervalo de três minutos. O visitante Sendai perdia por 1×0 graças a um gol de Davi, mas, assim que começou o segundo tempo, empatou no primeiro minuto com Yoshiaki Ota. No entanto, um gol de Osako e outro de Davi nos dois minutos seguintes praticamente definiram os três pontos para o Antlers. Wilson ainda diminuiu após um passe preciso de Heberty, mas a reação do Vegalta, ainda sem vencer em 2013, parou por aí. Em Iwata, o Ardija surpreendeu os donos da casa com um gol de cabeça do zagueiro Kikuchi em jogada de escanteio.

O atual campeão, Sanfrecce Hiroshima, ganhou sua primeira partida nesta J1, mas sofreu pra vencer o Niigata fora de casa mesmo com um jogador a mais desde os 21 do primeiro tempo. Todos os gols saíram nos 15 minutos finais e em jogadas de bola parada. O zagueiro Chiba, ex-Albirex, definiu de cabeça o triunfo do Sanfrecce.

O Kawasaki Frontale comemorou sua centésima partida consecutiva na J1 atuando no Kokuritsu, em Tóquio – o Todoroki continua em reforma. Porém, mesmo pressionando a maior parte do tempo e criando mais chances, mostrou uma defesa insegura e não conseguiu ir além de um 1×1 com o Oita Trinita. O placar se repetiu em Hiratsuka, onde o Shonan Bellmare lamentou mais uma vitória que escapou no segundo tempo, enquanto o Tosu empatou pela segunda vez.

Antes da partida entre Kashima e Sendai, foi feita uma homenagem para as vítimas da tragédia de
dois anos atrás, na qual Miyagi e Ibaraki foram duas das províncias mais afetadas /J. League Photos

Todos os resultados da 2ª rodada:

Albirex Niigata 1×2 Sanfrecce Hiroshima (28.118) [vídeo]
Ishihara (75′, 0×1), Kim Kun-Hoan (81′, 1×1), Chiba (84′, 1×2)

Kashima Antlers 3×2 Vegalta Sendai (19.981) [vídeo]
Davi (29′, 1×0), Ota (46′, 1×1), Osako (47′, 2×1), Davi (48′, 3×1), Wilson (67′, 3×2)

FC Tokyo 3×0 Kashiwa Reysol (26.256) [vídeo]
Watanabe (6′, 1×0), Watanabe (28′, 2×0), Hasegawa (78′, 3×0)

Ventforet Kofu 1×2 Cerezo Osaka (12.116) [vídeo]
Kakitani (6′, 0×1), Hugo (37′, 1×1), Yamaguchi (79′, 1×2)

Shimizu S-Pulse 0×5 Yokohama F.Marinos (16.487) [vídeo]
Nakamura (8′, 0×1), Hyodo (39′, 0×2), Marquinhos (71′, 0×3), Marquinhos (88′, 0×4), Marquinhos (90′, 0×5)

Kawasaki Frontale 1×1 Oita Trinita (21.657) [vídeo]
Yasukawa (28′, 0×1), Okubo (53′, 1×1)

Júbilo Iwata 0×1 Omiya Ardija (10.773) [vídeo]
Kikuchi (59′)

Urawa Reds 1×0 Nagoya Grampus (52.293) [vídeo]
Ugajin (54′)

Shonan Bellmare 1×1 Sagan Tosu (11.439) [vídeo]
Kajikawa (50′, 1×0), Noda (82, 1×1)

Classificação da J-League após a 2ª rodada
Artilharia

Brasileiros são destaque na 1ª rodada da J-League

seg, 04/03/13
por Tiago Bontempo |
categoria J-League

A temporada 2013 da J-League começou da melhor forma possível para Yokohama Marinos (foto), Kashiwa Reysol, Urawa Reds, FC Tokyo e Cerezo Osaka, os vencedores da primeira rodada. Começou bem também para os brasileiros, autores de oito dos 27 gols marcados, com três deles já ocupando o topo da artilharia. O veterano Marquinhos, de 36 anos, marcou duas vezes e ainda deu uma assistência na vitória de virada do Yokohama contra o Shonan Bellmare de Quirino, que também balançou as redes duas vezes. Cleo, estreante na J1, foi o destaque do Kashiwa com dois gols nos 3×1 contra o Kawasaki, que descontou com um gol olímpico de Renatinho. Hugo, outro estreante na J-League, marcou em sua primeira partida e salvou o Kofu de uma derrota em Sendai.

 

Em Hiroshima (foto), estava tudo preparado para uma festa do atual campeão, mas quem comemorou mesmo foi a torcida visitante do Urawa. Graças a Kashiwagi e Haraguchi, com um gol e uma assistência cada, os Reds abriram 2×0 e o Sanfrecce só foi capaz de responder com um gol de falta de Koji Morisaki. Os visitantes também fizeram a festa em Oita, onde o FC Tokyo superou de virada o recém-promovido Trinita. Em Osaka, os donos da casa também sofreram contra o encardido Albirex, mas um gol de Kakitani (sempre ele!) nos últimos minutos salvou a estreia do Cerezo.

 

Yuya Osako (foto) fez o primeiro gol da J-League 2013, com um chute cruzado na pequena área após passe de cabeça de Davi. Porém, o Tosu mostrou que é sempre forte em seu estádio e saiu com um empate graças a seu artilheiro Toyoda – 1×1, mesmo placar do duelo entre Grampus e Júbilo. Deu empate também em Saitama, mas para o Omiya ficou com sabor de derrota, pois os Esquilos abriram 2×0 e permitiram a reação do S-Pulse no segundo tempo.

Todos os resultados da 1ª rodada:

Vegalta Sendai 1×1 Ventforet Kofu (16.353) [vídeo]
Gols: Watanabe (59′, 1×0), Hugo (74′, 1×1)

Yokohama F. Marinos 4×2 Shonan Bellmare (24.298) [vídeo]
Gols: Nakamura (40′, 1×0), Quirino (41′, 1×1), Quirino (61′, 1×2), Marquinhos (74′, 2×2), Saito (83′, 3×2), Marquinhos (90′+3, 4×2)

Nagoya Grampus 1×1 Júbilo Iwata (21.748) [vídeo]
Gols: Gol contra (36′, 1×0), Yamada (71′, 1×1)

Cerezo Osaka 1×0 Albirex Niigata (15.051) [vídeo]
Gol: Kakitani (83′)

Sanfrecce Hiroshima 1×2 Urawa Reds (27.911) [vídeo]
Gols: Kashiwagi (37′, 0×1), Haraguchi (51′, 0×2), Koji Morisaki (55′, 1×2)

Sagan Tosu 1×1 Kashima Antlers (12.728) [vídeo]
Gols: Osako (32′, 0×1), Toyoda (71′, 1×1)

Omiya Ardija 2×2 Shimizu S-Pulse (11.330) [vídeo]
Gols: Jong-a-Pin (56′, gol contra, 1×0), Aoki (65′, 2×0), Ishige (74′, 2×1), Uchida (84′, 2×2)

Oita Trinita 1×2 FC Tokyo (17.055) [vídeo]
Gols: Choi Jung-Han (17′, 1×0), Watanabe (26′, 1×1), Hasegawa (57′, 1×2)

Kashiwa Reysol 3×1 Kawasaki Frontale (13.785) [vídeo]
Gols: Cleo (5′, 1×0), Cleo (63′, 2×0), Kudo (72′, 3×0), Renatinho (78′, 3×1)

Fotos: J.League Photos

Guia da J-League 2013

sex, 01/03/13
por Tiago Bontempo |
categoria J-League

 

CANDIDATOS AO TÍTULO

 

Kashima Antlers

Em 2012: 11º
Estádio: Kashima Soccer Stadium (40.728)
Técnico: Toninho Cerezo (desde 2013)
Time-base (4-4-2): Sogahata; Nishi, Iwamasa, Yamamura (Aoki), Koji Nakata (Maeno); Ogasawara, Shibasaki, Atsutaka Nakamura (Yasushi Endo), Nozawa; Osako e Davi.

Depois da péssima campanha na última J-League, onde correu até risco de rebaixamento, a diretoria do Kashima se mexeu e fez as melhores contratações da pré-temporada, com três atletas que tinham status de estrela em seus antigos clubes. Vieram os dois melhores jogadores da última J2, Atsutaka Nakamura (Kyoto) e Davi (Kofu), e Nozawa retornou para sua “casa” depois de um ano em Kobe onde foi um dos poucos destaques do rebaixado Vissel. Quem também pode ganhar oportunidades é o lateral Maeno, ex-Ehime, com a difícil missão de substituir o veterano Araiba, que foi para o Cerezo. Talvez o único problema é embaixo das traves; Sogahata tem falhado muito, mas deve continuar como titular. No comando técnico, Jorginho decidiu não renovar e para o seu lugar veio Toninho Cerezo, que já dirigiu o Antlers entre 2000 e 2005 e conquistou duas J-Leagues, duas Copas Nabisco e uma Copa do Imperador. Tudo isso somado a jovens talentos como Shibasaki e Osako, o Kashima parece pronto para voltar a disputar títulos. E o fato de não participar da ACL (ao contrário dos principais rivais) já lhe dá a vantagem de evitar longas e desgastantes viagens, podendo se concentrar apenas na J-League.

 

Urawa Reds

Em 2012:
Estádio: Saitama Stadium 2002 (63.700)
Técnico: Mihailo Petrovic (desde 2012)
Time-base (3-4-2-1): Kato; Moriwaki (Tsuboi), Nagata (Nasu), Makino; Hirakawa (Sekiguchi), Keita Suzuki, Abe, Umesaki (Ugajin); Marcio Richardes, Kashiwagi; Haraguchi (Koroki).

O Urawa está de volta à ACL e finalmente tem time para brigar por títulos. Contratou pouco, é verdade, mas contratou muito bem. Makino, que estava emprestado pelo Colônia, agora pertence aos Reds em definitivo. Moriwaki, um dos destaques do campeão Hiroshima, também reforça a defesa. Koroki (ex-Kashima), Sekiguchi (ex-Sendai) e Nasu (ex-Kashiwa), se não eram titulares absolutos em seus antigos clubes, eram jogadores importantes e vão dar profundidade ao elenco do Urawa. No entanto, ainda sem um centroavante goleador e um volante com mais qualidade no passe, pode ser que a dificuldade em marcar gols que o time enfrentou ano passado permaneça. Haraguchi, que tem potencial para jogar na seleção mas terminou 2012 em baixa, é mais uma incógnita. O desempenho na J1 pode não ser tão bom no início porque será necessária uma atenção especial para a ACL, onde o Urawa caiu num grupo complicado com os pesos-pesados Guangzhou Evergrande (China) e Jeonbuk Motors (Coreia), além do campeão tailandês Muangthong United. A expectativa é que os Reds disputem ao menos um troféu de maior importância, seja a J-League ou a Liga dos Campeões da Ásia.

 

Kashiwa Reysol

Em 2012:
Estádio: Hitachi Kashiwa Soccer Stadium (15.349)
Técnico: Nelsinho Baptista (desde 2009)
Time-base (4-4-2): Sugeno; Kim Chang-Soo, Kondo, Daisuke Suzuki (Masushima), Hashimoto; Barada (Taniguchi), Otani (Kurisawa), Leandro Domingues, Jorge Wagner; Cleo (Junya Tanaka) e Kudo.

Está fazendo tudo certo para se tornar um “time grande”. Ano passado ampliou seu estádio, fez boa participação na ACL e na J1, ganhou o título inédito da Copa do Imperador… E ainda foi um dos que melhor contratou na pré-temporada. Dois desses reforços disputaram as Olimpíadas de Londres: Daisuke Suzuki pelo Japão e Kim Chang-Soo (foi um dos atletas com mais de 23 anos) pela Coreia do Sul. Taniguchi já teve bons momentos no Marinos e até chegou a ser considerado para a seleção de Zaccheroni em uma ocasião, mas vinha sendo muito mal aproveitado em Yokohama. Cleo era destaque no Guangzhou Evergrande e tinha média de quase 0,5 gol por jogo. Todos esses quatro têm boas chances de começar a temporada já como titulares. Quem também pode despontar é o meia Kenta Kano, mais um que não teve oportunidades no Marinos. O volante Hiroki Akino, de 18 anos, é uma promessa e pode estrear como profissional este ano. No geral, o elenco ficou mais robusto e há dois bons jogadores na maioria das posições. O Reysol de 2013 parece bem mais preparado para disputar J-League e ACL ao mesmo tempo, e não seria surpresa se terminasse o ano com mais um troféu.

 

RUMO À ACL

 

Shimizu S-Pulse

Em 2012:
Estádio: IAI Stadium Nihondaira (20.281)
Técnico: Afshin Ghotbi (desde 2011)
Time-base (4-3-3): Hayashi; Yutaka Yoshida, Hiraoka, Jong-a-Pin, Lee Ki-Je; Muramatsu, Sugiyama, Hattanda; Kawai (Ito), Toshiyuki Takagi (Ishige) e Baré.

Poderia até ter brigado pelo título ano passado, não fossem dois fatores: inconsistência e a falta de um goleador. Um desses problemas parece resolvido com a contratação do gaúcho Baré, centroavante de 31 anos que estava no Al Arabi (Catar) e fez sucesso em todas as sete temporadas em que atuou no Japão – marcou 130 gols em 262 jogos defendendo Omiya, Kofu e Gamba. Apesar de não ter feito nenhuma outra contratação de impacto e do time ainda ter perdido seu melhor jogador de 2012 (Genki Omae foi para o Fortuna Düsseldorf, da Alemanha), a base foi mantida e o iraniano Afshin Ghotbi terá seu terceiro ano no comando. O elenco ainda é o mais jovem da J1, com média de idade de 23,5 anos, mas está cheio de talentos e promessas que podem deslanchar a qualquer momento – o grupo é um verdadeiro celeiro de atletas com experiência nas categorias de base da seleção japonesa. O atacante Toshiyuki Takagi (21 anos) e o meia Hideki Ishige (18 anos) são os principais candidatos a futura estrela. Ainda é cedo pra pensar em título, mas se o projeto de Ghotbi continuar evoluindo, o Shimizu pode ficar entre os primeiros e conseguir uma vaga na ACL.

 

Sanfrecce Hiroshima

Em 2012: Campeão
Estádio: Edion Stadium Hiroshima (50.000) (novo nome do antigo Big Arch)
Técnico: Hajime Moriyasu (desde 2012)
Time-base (3-4-2-1): Nishikawa; Hwang Seok-Ho (Shiotani), Chiba, Mizumoto; Mikic (Ishikawa), Aoyama, Kazuyuki Morisaki, Shimizu (Yamagishi); Koji Morisaki (Ishihara), Takahagi; Hisato Sato.

O campeão de 2012 quase não mudou seu elenco para este ano. Dos seis que foram embora, o único titular era Moriwaki, zagueiro que foi se juntar aos antigos colegas Kashiwagi e Makino no Urawa. Chegaram cinco reforços, todos só para compor elenco, dos quais o volante Okamoto (estava emprestado ao Tosu) e o meia Notsuda (promovido das categorias de base) são boas opções para o técnico Moriyasu. Com a mesma base há várias temporadas, o time está no auge da forma e do entrosamento, e seria favorito ao bicampeonato não fosse pelas dificuldades que disputar uma ACL pode trazer. Dificilmente uma equipe consegue ir bem nas duas competições ao mesmo tempo, e o Hiroshima pode ter problemas caso lesões atinjam jogadores-chave como Sato, Takahagi ou Aoyama, já que o elenco não tem tantas opções assim. O maior desafio de Moriyasu será balancear suas escalações de modo a fazer uma boa campanha no torneio continental mas sem negligenciar a J-League. De qualquer forma, indo bem ou não na ACL, o mínimo que se espera é que o Sanfrecce continue brigando na parte da cima da tabela da J1.

 

Yokohama F. Marinos

Em 2012:
Estádio: Nissan Stadium (72.327)
Técnico: Yasuhiro Higuchi (desde 2012)
Time-base (4-2-3-1): Iikura; Kobayashi, Nakazawa, Kurihara, Dutra; Tomisawa, Nakamachi; Hyodo, Shunsuke Nakamura, Saito; Marquinhos.

Se olharmos apenas os reforços que chegaram ao Marinos, o torcedor teria motivos pra ficar preocupado. Afinal, não veio ninguém pra ser titular – apenas jogadores das categorias de base, de universidades e da segunda, terceira e até da quarta divisão. Entre os que foram embora, o lateral Kanai e o atacante Yuji Ono podem fazer falta, além de que o zagueiro Kim Kun-Hoan e o meia Mizunuma, que estavam emprestados, seriam ótimos reforços. No entanto, ambos assinaram em definitivo com outras equipes. A grande contratação para esta temporada foi a renovação de Shunsuke Nakamura e a manutenção de quase todos os titulares, assim como do treinador Higuchi. Com a melhor defesa da J-League e o antigo camisa 10 da seleção no meio-campo, o mínimo que se espera do Tricolore de Yokohama é que o time dispute uma vaga na ACL. O ataque, onde apenas Marquinhos fazia gols com consistência, foi o setor que melhor se reforçou, com Fujita (15 gols na última J2 pelo JEF United) e Hanato (14 gols pelo Kitakyushu). E o clube ainda tem em caixa os 1,5 milhão de euros da venda de Yuji Ono, que podem servir pra trazer mais reforços no meio do ano.

 

METADE DE CIMA DA TABELA

 

Cerezo Osaka

Em 2012: 14º
Estádio: Nagai Stadium (47.000) / Kincho Stadium (20.500)
Técnico: Levir Culpi (desde 2012, treinou o Cerezo também em 1997 e de 2007 a 2011)
Time-base (4-2-3-1): Kim Jin-Hyeon; Mukuhara (Sakemoto), Moniwa, Fujimoto, Araiba (Maruhashi); Yamaguchi (Ogihara), Fábio Simplício; Edamura (Branquinho), Kakitani, Kusukami; Sugimoto (Edno).

Depois de um 2012 decepcionante, que havia começado com a expectativa de brigar na parte de cima da tabela mas acabou com o time lutando até a última rodada pra não cair, o Cerezo começa 2013 com esperanças renovadas. Vieram boas contratações e que podem ser titulares logo de cara, como Araiba (ex-Kashima) e Mukuhara (ex-FC Tokyo) nas laterais e Kusukami (ex-Kawasaki) no meio-campo. os volantes Yamaguchi e Ogihara e o atacante Sugimoto são as promessas da última geração olímpica – se vão virar realidade ou não, será um fator determinante para o sucesso do Cerezo este ano. Além, é claro, de Kakitani, o craque do time, aquele que pode desequilibrar e até ser convocado para a seleção japonesa se manter o alto nível. Ainda é incerto se o ataque vai melhorar de verdade, pois Sugimoto é inexperiente e Edno uma incógnita. Mas o ponto fraco continua sendo a dupla de zaga, que não teve nenhum reforço para este ano. A equipe de Levir Culpi, um ídolo local e que está em sua terceira passagem pelo clube, pode até ir longe se não perder seus principais jogadores no meio do ano, como sempre tem acontecido nos últimos anos.

 

Júbilo Iwata

Em 2012: 12º
Estádio: Yamaha Stadium (15.165)
Técnico: Hitoshi Morishita (desde 2012)
Time-base (4-2-3-1): Kawaguchi (Hatta); Komano, Inoha (Cho Byung-Kuk), Yoshiaki Fujita (Shunya Suganuma), Miyazaki; Yuki Kobayashi, Jung Woo-Young (Yuki Kobayashi); Kosuke Yamamoto (Matsuura) (Baek Sung-Dong), Yamazaki (Kanazono), Hiroki Yamada; Maeda.

Ofensivamente é um dos melhores do Japão. Tem no ataque o centroavante da seleção e duas vezes artilheiro da J1, Maeda, e os promissores Yamazaki e Kanazono que podem jogar ao seu lado. No meio-campo, Yamamoto, Matsuura, Baek e principalmente Yamada têm talento de sobra. E não dá pra esquecer de Komano, o melhor lateral da J-League e líder de assistências do Júbilo. Porém, o time que brigou por ACL no primeiro turno ano passado teve uma queda de rendimento impressionante no segundo, devido a várias lesões (Kawaguchi, Baek e Kanazono perderam quase toda a temporada), inconsistência e à fraca defesa. Não veio ninguém para o ataque – nem precisava -, mas o setor defensivo deve melhorar com as contratações de Inoha (ex-Kobe), jogador da seleção japonesa, e Jung Woo-Young (ex-Kyoto), medalhista de bronze em Londres com a Coreia do Sul. O grupo tem potencial pra ir longe, mas precisa mostrar mais organização dentro de campo e mais equilíbrio entre ataque e defesa – e não depender tanto de Maeda e Komano.

 

FC Tokyo

Em 2012: 10º
Estádio: Ajinomoto Stadium (49.970)
Técnico: Ranko Popovic (desde 2012)
Time-base (4-2-3-1): Gonda; Tokunaga, Morishige, Kaga (Jang Hyun-Soo), Ota; Takahashi, Hasegawa (Yonemoto); Ishikawa, Higashi, Tanabe (Kawano); Lee (Lucas) (Watanabe).

Perdeu alguns jogadores importantes, como o lateral Mukuhara (Cerezo) e os meias Kajiyama (Panathinaikos) e Hanyu (Kofu), mas as baixas não devem ser muito sentidas. O time da capital contratou pouco mas aumentou a qualidade do elenco, especialmente pela chegada do atacante Tadanari Lee, que não vinha tendo chances no Southampton e foi emprestado por seis meses – é a oportunidade que Lee precisava para voltar à seleção. Higashi, titular do Japão nas Olimpíadas de Londres, é o substituto direto de Kajiyama e têm empolgado na pré-temporada, assim como o promissor Kawano, que quase não apareceu ano passado por conta de lesões, mas pode ser um dos destaques do time em 2013. A defesa é sólida com um dos melhores goleiros da J-League, dois bons laterais e o novo capitão, Morishige, que é um zagueiro confiável – porém, nem Kaga nem Jang Hyun-Soo se firmaram ao seu lado na dupla de zaga. A defesa tem a proteção do volante Takahashi, já um dos preferidos de Zaccheroni em suas convocações e que terá ao seu lado Hasegawa ou Yonemoto, ambos também com experiência na seleção. Com o sérvio Ranko Popovic em sua segunda temporada no comando, a pressão por resultados será maior e o mínimo que se espera é que o time brigue na parte de cima da tabela.

 

ZONA INTERMEDIÁRIA

 

Vegalta Sendai

Em 2012:
Estádio: Yurtec Stadium (19.694)
Técnico: Makoto Teguramori (desde 2008)
Time-base (4-4-2): Hayashi; Sugai, Ishikawa (Uemoto) (Watanabe), Kamata, Wada; Kakuda, Tomita, Ota, Ryang Yong-Gi; Wilson e Akamine.

Entra ano e sai ano, o Vegalta nunca está entre os favoritos a brigar pelas primeiras posições. Mesmo assim, o time comandado por Makoto Teguramori não cansa de surpreender, com um quarto lugar em 2011 e o melhor resultado da história do clube em 2012, um vice-campeonato. Para este ano o elenco não mudou muito e até se reforçou bem, com o zagueiro Ishikawa (titular na forte defesa do Niigata) e o lateral Wada (ex-Tokyo Verdy, tem experiência na seleção olímpica). O volante Diogo (ex-Sport) e os meias Heberty (ex-Cerezo) e Sasaki (ex-Gamba) também devem ganhar chances no decorrer da temporada. No entanto, jogar a ACL pode comprometer o desempenho na J-League e deixar a situação mais difícil para o segundo semestre. A base é a mesma dos últimos anos e o entrosamento pode continuar a fazer a diferença, mas vai ter problemas se criar expectativas demais. O elenco ainda é limitado (o desempenho ruim na reta final da temporada deixou isso bem claro) e Teguramori terá uma missão ainda mais difícil para repetir as boas campanhas dos últimos anos com duas competições ao mesmo tempo.

 

Sagan Tosu

Em 2012:
Estádio: Best Amenity Stadium (24.490)
Técnico: Yoon Jung-Hwan (desde 2011)
Time-base (4-2-3-1): Akahoshi; Niwa, Kobayashi (Kim Jung-Ya), Yeo Sung-Hye, Kanai; Takahashi (Sueyoshi), Fujita; Mizunuma, Ikeda (Roni), Kim Min-Woo (Kiyotake); Toyoda.

Para muitos foi a grande surpresa de 2012. Estreante na J1 e tido como candidato ao rebaixamento, o modesto Tosu foi quase imbatível em casa e disputou uma vaga na ACL até a última rodada. O técnico Yoon Jung-Hwan implantou um estilo de jogo “coreano”, com uma marcação forte e um ataque direto; é uma equipe que aposta mais na raça do que na técnica. Vai ser difícil repetir a boa campanha do ano passado sem o elemento surpresa ao seu lado e com os adversários mais preparados para enfrentá-los. A defesa, uma das melhores de 2012, ficou mais fraca. O zagueiro Kim Kun-Hoan foi para o Niigata e o empréstimo do volante Okamoto com o Hiroshima chegou ao fim. O lateral Kanai (ex-Marinos) é um bom reforço, mas nenhum dos zagueiros parece muito confiável. O volante e capitão Fujita é um dos destaques; Takahashi (ex-Sendai) e Sueyoshi (ex-Fukuoka) devem disputar uma posição ao seu lado. Pelo menos o poder de ataque não diminuiu e deve ser o bastante para que o Tosu não sofra da “síndrome da segunda temporada”: o clube conseguiu segurar o artilheiro Toyoda e contratou Mizunuma em definitivo do Marinos. Roni (emprestado pelo São Paulo) e Koki Kiyotake (irmão mais novo do Kiyotake da seleção) são as promessas, assim como dois garotos colombianos: o meia Jonathan (19 anos) e o atacante Diego (18 anos).

 

Nagoya Grampus

Em 2012:
Estádio: Toyota Stadium (40.000) / Mizuho Athletic Stadium (20.000)
Técnico: Dragan Stojkovic (desde 2009)
Time-base (4-3-3): Narazaki; Hayuma Tanaka, Tulio, Masukawa (Daniel), Abe; Danilson, Taguchi, Fujimoto; Ogawa, Tamada (Jakimovski) e Kennedy.

2012 foi um ano frustrante para o torcedor do Nagoya, que esperava títulos e viu o time não chegar nem perto disso nas competições que disputou. E as expectativas não são nada boas para este ano. Dois de seus mais promissores atacantes foram para a Europa (Nagai para o Standard Liège e Kanazaki para o Nuremberg) e não veio reposição à altura. Kisho Yano está longe de ser um bom reforço e Thiago Pereira, de apenas 18 anos e que veio do mesmo colégio onde Tulio começou, é só uma aposta. O Grampus também colocou suas fichas em outro jovem de 18 anos, o zagueiro Nikki Havenaar que, com 1,97 m, é ainda mais alto que seu irmão que joga no Vitesse, mas não deve ganhar muitas chances a princípio. O meia macedônico Nikola Jakimovski é mais uma incógnita, e assim o Nagoya começa a temporada como um grande e preocupante ponto de interrogação. Com menos recursos à disposição, Stojkovic pode ter a temporada mais difícil desde que chegou ao Grampus. Se houvessem dois Tulios, um pra jogar na defesa e outro no ataque, o time poderia estar melhor cotado, mas como só tem um…

 

Omiya Ardija

Em 2012: 13º
Estádio: NACK 5 Stadium (15.600)
Técnico: Zdenko Verdenik (desde 2012)
Time-base (4-4-2): Kitano (Ezumi); Murakami (Watabe), Kikuchi, Takahashi (Fukuda), Shimohira; Aoki (Ueda), Kanazawa, Carlinhos Paraíba (Watanabe), Cho Young-Cheol; Ljubijankic (Shimizu) e Novakovic (Hasegawa).

Os Esquilos estão sempre na parte de baixo da tabela e ameaçados de rebaixamento, mas nunca caem – a história se repete desde 2005, quando estrearam na primeira divisão. O Omiya sempre termina entre o 12º e o 15º lugar e já pode ser considerado o Wigan do Japão, ou o “incaível” da J-League. E nada indica que algo vá mudar este ano. Apesar de ter perdido o meia Higashi para o vizinho FC Tokyo e ter feito poucas contratações (os principais reforços são os zagueiros Takahashi e Fukuda, que devem disputar uma vaga de titular ao lado de Kikuchi), a base foi mantida e seus quatro estrangeiros – todos bons jogadores a nível de J-League – continuam. A defesa mostrou ter evoluído no fim do campeonato passado; afinal o Ardija não perdeu nas últimas 11 rodadas e sofreu apenas quatro gols nesse período. Há quem diga que o time finalmente pode ir longe em 2013. No entanto, as expectativas eram bem maiores ano passado e deu no que deu. O esloveno Zdenko Verdenik tem uma equipe boa o bastante pra fugir do rebaixamento mais uma vez, mas que dificilmente termina acima da zona intermediária.

 

Kawasaki Frontale

Em 2012:
Estádio: Todoroki Stadium (20.693)
Técnico: Yahiro Kazama (desde 2012)
Time-base (4-2-3-1): Nishibe; Yusuke Tanaka, Saneto (Igawa), Jeci (Nakazawa), Komiyama (Noborizato); Inamoto (Koki Kazama), Kengo Nakamura; Renatinho, Oshima, (Koya Kazama), Okubo; Patrick (Yu Kobayashi) (Yajima).

Foi o time mais instável ano passado. No seu melhor momento, chegou ao quarto lugar e sonhou com uma vaga na ACL, mas perto do fim da temporada correu até um pequeno risco de cair pra J2. O técnico Kazama demorou a definir uma formação e ainda causou desconfiança ao escalar seus filhos Koki e Koya como titulares, mas ainda assim levou o Kawasaki a um respeitável oitavo lugar. Só que as transferências de pré-temporada não foram tão animadoras assim. Dois titulares foram embora: os meias ofensivos Yamase (Kyoto) e Kusukami (Cerezo). Os principais reforços são os atacantes Okubo (ex-Kobe) e Patrick (emprestado pelo Atlético Goianiense), só que ambos vêm de temporadas ruins onde seus clubes foram rebaixados e cada um marcou apenas quatro gols. Também de equipes rebaixadas vieram os zagueiros Sonoda (ex-Machida) e Nakazawa (ex-Gamba) e o volante Yamamoto (ex-Sapporo). Vai continuar dependendo muito de sua estrela, Kengo Nakamura, e também do habilidoso Renatinho. Pode fazer uma boa temporada se Kazama não inventar demais.

 

CANDIDATOS AO REBAIXAMENTO

 

Shonan Bellmare

Em 2012: 2º na J2 (promovido)
Estádio: Shonan BMW Stadium Hiratsuka (18.500)
Técnico: Cho Kwi-Jae (desde 2012)
Time-base (3-4-2-1): Abe (Ando); Kamata, Endo (Usami), Ono (Tsuyoshi Shimamura); Kobayashi, Nagaki, Han Kook-Young (Kajikawa), Takayama; Taketomi (Baba), Kikuchi (Iwakami); Quirino (Edivaldo).

Nas últimas temporadas da J1, sempre tem uma equipe recém-promovida que faz boa campanha, mas neste ano a regra pode ser quebrada – todos os três que subiram são fortes candidatos a cair novamente. Pelo menos o Shonan não perdeu jogadores importantes e, por ter contratado melhor que Kofu e Oita, tem um pouco mais de chances de se manter na elite. Não vieram reforços de muito impacto, mas o atacante Taketomi (14 gols pelo Kumamoto na última J2) é a grande promessa. Entre os que podem pintar no time titular, estão o atacante brasileiro naturalizado boliviano Edivaldo (ex-Muangthong da Tailândia), o volante Kajikawa (ex-Verdy), os zagueiros Usami (ex-Tochigi) e Kwon Han-Jin (ex-Kashiwa) e o goleiro Ando (ex-Kawasaki, era reserva de Gonda na seleção olímpica). Parece pouco, mas se os jovens talentos que já estavam no time  – o zagueiro Endo, os volantes Nagaki e Han Kook-Young e o meia Takayama – mostrarem um bom futebol também na primeira divisão, pode ser o suficiente para que o Bellmare sobreviva. O elenco tem a segunda menor média de idade da liga, com 23,9 anos, mas seus jogadores não são tão inexperientes a ponto de não aguentar a pressão de jogar a J1, ao contrário do que aconteceu com o Sapporo ano passado.

 

Albirex Niigata

Em 2012: 15º
Estádio: Tohoku Denryoku Big Swan Stadium (42.300)
Técnico: Masaaki Yanagishita (desde 2012)
Time-base (4-4-2): Higashiguchi; Murakami (Kawaguchi), Kim Kun-Hoan, Kikuchi (Hamada), Kim Jin-Su; Homma (Mikado), Léo Silva, Atomu Tanaka, Fujita (Tatsuya Tanaka); Kawamata e Bruno Lopes.

Vai para a décima temporada consecutiva na primeira divisão, mas o rebaixamento nunca esteve tão perto. O time que ano passado escapou da J2 quase que por milagre perdeu titulares importantes e não trouxe mais do que apostas para reforçar o elenco. A dupla de zaga da segunda melhor defesa de 2011 foi embora (Daisuke Suzuki para o Kashiwa e Naoki Ishikawa para o Sendai) e, para os seus lugares, apenas um reforço à altura: Kim Kun-Hoan, grandalhão sul-coreano que era usado como atacante no Marinos mas que mostrou no Tosu ser um dos melhores zagueiros do campeonato. Já Mizuki Hamada era apenas reserva no Urawa e um dos pontos fracos da seleção olímpica do Japão. Sua principal estrela está embaixo das traves. Higashiguchi tem talento pra ser um goleiro de seleção, mas vem lutando contra lesões no joelho e ficou de fora de boa parte das últimas duas temporadas. Pouco foi feito pra melhorar o segundo pior ataque do ano passado. Michael, Yano e Hirai foram embora, mas a única contratação relevante foi o retorno de empréstimo de Kengo Kawamata, vice-artilheiro da J2 com 18 gols pelo Fagiano Okayama. Tatsuya Tanaka (ex-Urawa) e Hideya Okamoto (ex-Kashima) podem ganhar oportunidades, mas eram apenas reservas em seus clubes.

 

Ventforet Kofu

 

Em 2012: Campeão da J2 (promovido)
Estádio: Yamanashi Chugin Stadium (17.000)
Técnico: Hiroshi Jofuku (desde 2012)
Time-base (4-2-3-1): Ogi; Fukuda, Tsuda (Aoyama) (Douglas), Morita (Tsuchiya), Sasaki; Yamamoto, Izawa (Ito); Mizuno (Horigome), Hanyu (Lenny), Kashiwa; Hugo (Hiramoto).

Quando foi rebaixado em 2011, perdeu vários jogadores e teve que montar um elenco praticamente do zero. Surpreendentemente, conseguiu o acesso já na primeira tentativa, com um título da segunda divisão de forma merecida e incontestável. No entanto, o elenco que vai disputar a J1 não é melhor que o time do ano passado. Apenas dois titulares foram embora, o meia Fernandinho (Linense) e o atacante Davi (Kashima). Hanyu pode até fazer bem a função do camisa 10, mas a falta de um centroavante à altura de Davi, artilheiro da J2 com 32 gols, já coloca o Kofu como um dos candidatos ao rebaixamento. Pra piorar, não foi contratado um único jogador que era titular em alguma equipe da J1. Aoyama era um eterno reserva no Marinos (além de ter sido péssimo quando foi titular), Hanyu estava sem espaço no FC Tokyo e Mizuno é uma aposta que nunca emplacou. Também podem pintar no time titular o zagueiro Tsuchiya (ex-Verdy, tem 38 anos) e o atacante Hiramoto (marcou seis gols na última J2 pelo Machida). A esperança do Ventforet está no promissor Horigome e nos brasileiros Lenny (ex-Boa Vista-RJ) e Hugo (ex-Paraná Clube), mas ainda é muito pouco.

 

Oita Trinita

  

Em 2012: 6º na J2 (promovido ao vencer os playoffs)
Estádio: Oita Ginko Dome (40.000)
Técnico: Kazuaki Tasaka (desde 2011)
Time-base (3-5-2): Shimizu (Tanno); Tokita (Matsubara), Takagi (Fukaya), Sakata (Yasukawa); Rei Matsumoto (Tsujio), Marutani, Miyazawa, Kimura, Choi Jun-Han; Nishi (Komatsu) e Morishima (Kijima).

Venceu os playoffs da J2 na base da raça, com uma incrível arrancada final. Apesar da festa pelo retorno à J1 após três anos de espera, a realidade pode ser dura para o torcedor do Oita. O clube que quase faliu em 2010 ainda passa por dificuldades financeiras e não conseguiu montar um time de qualidade para 2013 – o elenco atual teria dificuldades até mesmo em repetir o sexto lugar na J2 da última temporada. A principal perda foi o meia Mitsuhira (Kyoto), mas, a exemplo do Kofu, não veio um único reforço que era titular na J1. A defesa ganhou zagueiros experientes mas nada confiáveis – Takagi e Fukaya causavam pesadelos em torcedores do Gamba e do Omiya. Para a ala direita, onde jogava Mitsuhira, as opções são Rei Matsumoto e Tsujio; reservas pouco utilizados no Marinos e no Hiroshima. Kimura pode comandar o meio-campo, mas ele vem de duas boas temporadas pelo modesto Kitakyushu. Para o ataque, vieram Rui Komatsu (reserva em Kawasaki e nenhum gol marcado ano passado) e Yu Kijima (quatro gols pelo Matsumoto em 2012). Ao menos Masaya Matsumoto, de 18 anos, é uma boa promessa. No papel, é o pior time desta J-League.



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