Kakitani faz dois e Japão conquista em Seul a inédita Copa do Leste Asiático

dom, 28/07/13
por Tiago Bontempo |

Copa do Leste Asiático – 3ª rodada – Coreia do Sul 1×2 Japão
Estádio Olímpico Jamsil, Seoul, Coreia do Sul – Público: 47.258 [vídeo]
Gols: Kakitani (25′, 0×1), Yun Il-Lok (33′, 1×1), Kakitani (90′+1, 1×2)

O capitão Komano levanta a taça / Getty Images

Ele jogou apenas duas partidas, mas se destacou em ambas. Nos 183 minutos em que Yoichiro Kakitani ficou em campo, o Japão balançou as redes cinco vezes e o astro do Cerezo Osaka contribuiu com três gols e uma assistência. Ao fim da Copa do Leste Asiático e do título inédito dos Samurais Azuis, não há dúvidas que Kakitani é quem está mais perto de garantir um lugar na seleção principal para a Copa de 2014. Ele foi o artilheiro do mini-campeonato e autor do gol do título nos acréscimos da partida final contra a Coreia do Sul. Ainda assim, os organizadores escolheram Hotaru Yamaguchi como o melhor jogador da competição. Vai entender.

A seleção de Alberto Zaccheroni veio para a “decisão” contra os donos da casa exatamente com a mesma escalação dos 3×3 contra a China. Todos os onze titulares da segunda rodada ficaram de fora. E o goleiro do Vegalta Sendai, Takuto Hayashi, foi o único a não entrar em campo nenhuma vez. Hong Myung-Bo também escalou o mesmo time da primeira partida, com a diferença de que o goleiro Jung Sung-Ryong e o meia Yun Il-Lok foram titulares em todos os jogos.

Quem estava de olho neste último confronto do torneio era a China, que havia vencido a Austrália por 4×3 poucas horas antes e poderia sair com o título caso Japão x Coreia terminasse 0×0. Se o placar final fosse 1×1, a decisão seria no número de cartões amarelos, pois japoneses e chineses ficariam iguais em todos os critérios. Empate a partir de 2×2 daria o título aos nipônicos, que também levariam a taça com qualquer vitória. Já os anfitriões tinham uma missão mais difícil. Precisavam vencer por pelo menos dois gols de diferença – um triunfo por 1×0 ou 2×1 daria o bicampeonato à China.

A grande rivalidade e ressentimento que existe por parte dos coreanos com os japoneses foi manifestada com vaias para o hino nacional do Japão e até uma faixa na torcida local que dizia: “Não há futuro se você esquece o passado do seu país”. O Estádio Olímpico Jamsil recebeu o maior público do torneio e, assim como nos jogos anteriores, os donos da casa adotaram uma postura ofensiva e se impuseram em campo desde o início.

As formações iniciais: Coreia do Sul e Japão no 4-2-3-1

Apesar do domínio, o ataque adversário criava pouco perigo para a meta de Nishikawa. O Japão não conseguia contra-atacar, mas surpreendeu na primeira chance que teve. Morishige cortou um lançamento dentro da área nipônica, Aoyama ficou com a bola e imediatamente mandou um passe longo para o campo de ataque. Kakitani superou a linha de impedimento e saiu de frente com Sung-Ryong. Finalização no canto e 1×0 no placar.

O ataque sul-coreano sofria com a incapacidade de balançar as redes. Não faziam um golzinho desde a penúltima rodada das Eliminatórias, quando ganharam por 1×0 do Uzbequistão – e ainda foi um gol contra. Desta vez, o problema não era nem a conclusão, era a criação de jogadas em si que não fluía. Mas bastou um descuido na marcação, um chute bem colocado de fora da área de Yun Il-Lok e, depois de 348 minutos de seca, os Taeguk Warriors finalmente marcaram um gol. Uma conclusão sensacional do meio-campo do FC Seoul, mas um momento de brilho que não se repetiu no resto do jogo.

O 1×1 deixava o Japão empatado com a China em todos os critérios, mas os Samurais tinham a vantagem de ter menos cartões amarelos. Haraguchi, Aoyama e Makino foram advertidos nesta partida, o que significava que os nipônicos tinham um total acumulado de seis cartões, apenas um a menos que os chineses. Os últimos dez minutos de jogo tiveram um clima de tensão porque mais um amarelo levaria a decisão do campeão para o sorteio, e um gol sofrido daria o título para a China. No final, nada disso importou com a grande jogada que fez Haraguchi nos acréscimos e o gol marcado por Kakitani no rebote.

O que cada país leva de volta para casa?

Japão - Tem na J-League ótimas opções para o ataque. Kakitani provou que é convocação obrigatória. Osako, Saito, Toyoda, Kudo, Yamada e Takahagi tiveram bons momentos. Yamaguchi também pode ganhar chances. A defesa, por outro lado, foi ruim, com exceção dos goleiros.

Coreia do Sul - Foi superior nos três jogos e não ganhou nenhum. O ataque mostrou não estar à altura dos titulares que jogam na Europa. A defesa quase não foi testada e sofreu dois gols em contra-ataques. Destaque para Yun Il-Lok e também para Kim Jin-Su, lateral do Albirex Niigata.

China - Definitivamente evoluiu desde os decepcionantes resultados da era Camacho. O atacante Sun Ke fez um grande torneio. Yu Dabaio e Wu Lei também tiveram boas atuações.

Austrália - Decepcionante. Conseguiu apenas um ponto e no jogo em que foi pior. O goleiro Galekovic se destacou.

Notas:
Nishikawa – 6,0 - Não teve que fazer defesas difíceis. Saiu bem do gol em quase todos os cruzamentos na área japonesa, mas falhou nos acréscimos do segundo tempo e quase sofreu o segundo gol.
Komano – 6,0 - Não contribuiu com o ataque mas foi decente na marcação. Jogou o primeiro tempo na lateral direita e o segundo na esquerda.
Kurihara – 6,5 - Muito mais seguro que na primeira partida, não perdeu nenhuma disputa pelo alto.
Morishige – 6,5 - Ganhou a maioria das divididas e marcou bem.
Makino – 6,5 - Desta vez fez um bom trabalho na marcação. Não subiu muito ao ataque e, lesionado, foi substituído no início do segundo tempo.
Yamaguchi – 6,0 - Deu espaço para Yun Il-Rok chutar de fora da área no gol coreano, mas no resto da partida foi bem na marcação.
Aoyama – 6,5 - Fez o lançamento para o primeiro gol de Kakitani no único grande momento do Japão no primeiro tempo.
Kudo – 6,0 - Ficou mais recuado e sacrificou-se na marcação ao acompanhar as subidas de Kim Jin-Su.
Takahagi – 5,5 - Apagado no primeiro tempo. Um pouco melhor no segundo, mas ainda assim abaixo da média.
Haraguchi – 6,5 - Não se destacou nos 90 minutos, mas foi dele a jogada que resultou no gol do título nos acréscimos.
Kakitani – 7,0 - Fez dois gols e decidiu o título para o Japão.
Tokunaga – 6,0 - Entrou no lugar de Makino mas jogou na lateral direita, invertendo o lado de Komano. Não ajudou o ataque mas também não comprometeu na defesa.
Yamada – 6,0 - Substituiu Kudo e foi discreto.
Toyoda – 6,5 - Entrou no finalzinho e teria ficado sem nota não fosse um lance em que salvou um gol certo em cima da linha após falha de Nishikawa.
Zaccheroni – 6,5 - Escalou exatamente o mesmo time da primeira partida. A defesa esteve mais segura, mas muito mais por deméritos dos sul-coreanos. Apostou em Kakitani para o ataque e foi recompensado com o título do torneio.

Pos. País Pontos J V E D GP GC SG
Japão 7 3 2 1 0 8 6 2
China 5 3 1 2 0 7 6 1
Coreia do Sul 2 3 0 2 1 1 2 -1
Austrália 1 3 0 1 2 5 7 -2

Seleção feminina fica em 2º na Copa do Leste Asiático; Coreia do Norte é campeã

sáb, 27/07/13
por Tiago Bontempo |

Das cinco estrelas do INAC Kobe em campo, Ji So-Yun (ao centro) foi quem mais brilhou e
comandou uma surpreendente vitória das anfitriãs sul-coreanas contra as favoritas japonesas

O Japão só precisava de uma vitória por qualquer placar na última rodada para conquistar pela terceira vez seguida o título da Copa do Leste Asiático no futebol feminino. O adversário era a anfitriã Coreia do Sul, que havia perdido as duas primeiras partidas e já não tinha chance de título. No entanto, o improvável aconteceu e mais um capítulo surpreendente na história do esporte foi escrito.

Ironicamente, a heroína do dia foi uma sul-coreana que atua no futebol japonês. A meia Ji So-Yun joga no “time de estrelas” do INAC Kobe e marcou duas vezes nos dois únicos chutes a gol da Coreia do Sul em 90 minutos, garantindo o único triunfo do seu país no torneio e logo contra as principais favoritas. De quebra, ainda deram o título de “presente” para a Coreia do Norte, que havia vencido a China poucas horas antes.

Foi a primeira vez desde 2005 que a seleção feminina da Coreia do Norte visitou a nação vizinha. E pelo menos no esporte os dois países deixaram as diferenças de lado. Na cerimônia de premiação, atletas do Norte e do Sul comemoraram juntas. Por coincidência, o título inédito das norte-coreanas veio no mesmo dia em que Pyongyang celebrou os 60 anos do armistício que deu fim à Guerra da Coreia.

 

A seleção japonesa treinada por Norio Sasaki começou bem a competição. Venceu a China na estreia por 2×0 sem dificuldades – destaque para as duas assistências da atacante Ogimi para os gols de Ando e Nakajima. Em seguida, as Nadeshiko fizeram um jogo truncado com a Coreia do Norte, que terminou em um empate sem gols. Na partida decisiva contra as donas da casa, as japonesas só conseguiram se impor nos 20 minutos finais, quando já perdiam por 2×0 – o gol solitário de Ogimi não foi o suficiente.

Desfalcada das lesionadas Sawa, Kinga e Sameshima, a seleção feminina vem passando por inúmeros experimentos para encontrar substitutas à altura das titulares, mas o resultado até agora não é satisfatório. Curiosamente, são problemas opostos aos que enfrenta a seleção masculina. As Nadeshiko têm em Ogimi uma centroavante consistente e possivelmente a melhor jogadora japonesa do ano até agora; e em Iwashimizu e Kumagai uma dupla de zaga segura. Por outro lado, faltam reservas de qualidade nas laterais e o time tem sofrido com a falta de criatividade no meio-campo.

A atual capitã Miyama atuava pela meia esquerda, mas vem jogando como volante no lugar de Sawa. Apesar de ainda ser a principal criadora de jogadas, centralizada ela não vem rendendo tanto quanto antes. Os resultados obtidos por Sasaki em 2013 são no mínimo preocupantes: em dez jogos, são apenas três vitórias, com três empates e agora quatro derrotas.

A capitã Aya Miyama não conteve sua frustração após a partida: “Jogamos muito mal. Não
conseguimos ganhar um jogo que precisávamos vencer. Apenas não fomos boas o bastante.”

Norte-coreanas (de calças vermelhas) comemoram o título junto com as sul-coreanas (de calções azuis) / AP

Resultados dos jogos e classificação final

20/07 – Japão 2×0 China – Soul World Cup Stadium, Seoul – Público: 8.500 [vídeo]
Gols: Kozue Ando (35′), Emi Nakajima (37′)
21/07 – Coreia do Sul 1×2 Coreia do Norte - Soul World Cup Stadium, Seoul – Público: 6.530 [vídeo]
Gols: Kim Soo-Yun (26′, 1×0), Ho Un-Byol (36′, 1×1), Ho Un-Byol (38′, 1×2)

24/07 – Coreia do Sul 1×2 China – Hwaseong Stadium, Hwaseong – Público: 2.850 [vídeo]
Gols: Wang Lisi (1′, 0×1), Kim Na-Rae (8′, 1×1), Li Ying (66′, 1×2)
25/07 – Japão 0×0 Coreia do Norte – Hwaseong Stadium, Hwaseong -Público: 1.013 [vídeo]

27/07 – Coreia do Norte 1×0 China – Estádio Olímpico Jamsil, Seoul – Público: n/a [vídeo]
Gol: R. Hyang (2′)
27/07 – Coreia do Sul 2×1 Japão - Estádio Olímpico Jamsil, Seoul – Público: n/a [vídeo]
Gols: Ji So-Yun (13′, 1×0), Ji So-Yun (67′, 2×0), Yuki Ogimi (72′, 2×1)

Pos. País Pontos J V E D GP GC SG
Coreia do Norte 7 3 2 1 0 3 1 2
Japão 4 3 1 1 1 3 2 1
Coreia do Sul 3 3 1 0 2 4 5 -1
China 3 3 1 0 2 2 4 -2

Japão 3×2 Austrália: Sistema ofensivo resolve, mas defesa parece sem solução

qui, 25/07/13
por Tiago Bontempo |

Copa do Leste Asiático – 2ª rodada – Japão 3×2 Austrália
Hwaseong Stadium, Hwaseong, Coreia do Sul – Público: 1.458 [vídeo] [vídeo 2]
Gols: Saito (26′, 1×0), Osako (56′, 2×0), Duke (76′, 2×1), Juric (79′, 2×2), Osako (79′, 3×2)

A defesa comprometeu de novo, mas desta vez o ataque resolveu / Nikkan Sports

Definitivamente foi uma apresentação melhor do que na estreia contra a China. A seleção japonesa formada apenas com jogadores que atuam na J-League teve mais tempo para treinar, estava mais entrosada e ia vencendo a Austrália por 2×0 pela segunda rodada da Copa do Leste Asiático. Faltando 15 minutos para acabar, o jogo estava tranquilo. Até que um apagão na defesa nipônica cedeu o empate aos Socceroos em menos de cinco minutos. Replay do jogo anterior? Só não foi porque os Samurais reagiram e marcaram o terceiro gol logo na saída de bola. Se a defesa voltou a falhar quando pressionada, pelo menos no ataque o triunfo foi garantido pelos dois gols de Osako com duas assistências de Toyoda e pelo golaço de Manabu Saito.

Nas escalações, contraste total entre as duas seleções. O alemão Holger Osieck mandou a campo exatamente o mesmo time que sofreu para segurar um empate sem gols com a anfitriã Coreia do Sul no jogo de abertura. Uma equipe consideravelmente experiente (média de idade de 27,9 anos), mas que mostrou uma enorme deficiência na criação de jogadas.

Já o italiano Alberto Zaccheroni trocou todos os onze titulares depois do empate em 3×3 com a China na primeira rodada. Com média de idade de 25 anos, foram cinco estreantes – Suzuki, Chiba, Ogihara, Yamada e Toyoda – entre os titulares e vários nomes que já estavam acostumados a jogarem juntos. Na última seleção olímpica, estavam Gonda, Suzuki, Tokunaga, Ogihara e Saito (além de Osako, que atuou no Pré-Olímpico mas não foi convocado para Londres). Os dois zagueiros, Chiba e Suzuki, formaram a dupla de zaga do Albirex Niigata em 2011.

As formações iniciais: Japão no 4-2-3-1 e Austrália no 4-4-1-1

Com a bola rolando, os dois países demonstraram ter evoluído em comparação ao primeiro jogo. Os Socceroos não ficaram retraídos no campo de defesa como fizeram contra a Coreia e até deram trabalho à retaguarda japonesa, que pelo menos no início ia reagindo satisfatoriamente bem. O Japão, mesmo com um time 100% alterado, tocava bem a bola e ameaçava com Yamada e principalmente Saito. O atacante do Yokohama F-Marinos está em grande fase e foi o ponto de desequilíbrio no primeiro tempo – fez uma pintura de gol ao atravessar a frente da área conduzindo a bola, driblar Jade North e chutar colocado no canto de Galekovic, no chamado finesse shot.

No segundo tempo, a defesa mostrou as fraquezas de sempre. Foi só o adversário pressionar e eles cederam dois gols em um intervalo de quatro minutos. Já são 14 gols sofridos nos últimos cinco jogos – uma incrível média de 2,8 por partida. Pelo menos desta vez o time encontrou forças para reagir e buscar a primeira vitória nesses cinco jogos. Méritos para o quarteto ofensivo em que todos se destacaram – Saito com os dribles, Yamada com a técnica, Toyoda como pivô e Osako com as finalizações.

No outro jogo da rodada, disputado ontem no mesmo estádio de Hwaseong, os donos da casa fizeram mais uma partida onde foram superiores e criaram mais chances, mas saíram novamente com um 0×0 e vendo o goleiro adversário ser o melhor em campo. Assim, o Japão é o único com uma vitória em duas rodadas e pode ficar com o título do torneio até mesmo se empatar com a Coreia do Sul na rodada final, neste domingo – desde que a China não vença a Austrália por mais de um gol de diferença.

Notas:
Gonda – 6,5 – Foi seguro e não teve culpa nos gols que sofreu.
Moriwaki – 6,0 - Até subiu ao ataque algumas vezes, mas não produziu muito. Decente na marcação.
Daisuke Suzuki – 5,0 - Mostrou qualidade no passe na saída de bola e iniciou a jogada do primeiro gol de Osako, mas o apagão no segundo tempo comprometeu sua atuação. Estava perdido nos dois gols da Austrália.
Chiba – 5,5 - Inseguro em alguns momentos. Substituído por Kurihara no final.
Tokunaga – 5,5 – Teria feito uma boa partida não fosse pela bola perdida que resultou no primeiro gol australiano.
Ogihara – 6,0 - Não apareceu muito, mas foi bem na distribuição.
Takahashi – 6,5 - Pela primeira vez titular, ficou até com a braçadeira de capitão. Foi bem  na marcação com alguns desarmes importantes.
Saito – 7,0 - Desde o início era o jogador mais perigoso em campo. Fez um golaço.
Osako – 7,5 - Jogando mais recuado no ataque, se entendeu bem com Toyoda e foi preciso nas finalizações. Decidiu o jogo.
Yamada – 6,5 - Fez bonitas jogadas e deu bons passes. Teve azar de não ter uma assistência; colocou a bola na cabeça de Toyoda duas vezes mas em ambas o atacante desperdiçou.
Toyoda – 6,5 - O lado positivo foram as duas assistências para Osako. O lado negativo é que ele não foi bem na sua especialidade, as finalizações. Em duas oportunidades de cabeça, mandou uma em cima do goleiro e outra para fora. Zaccheroni fez comentários positivos sobre o centroavante do Sagan Tosu após a partida.
Yamaguchi – 5,5 - Entrou no lugar de Ogihara, sem muito impacto.
Kudo – 6,5 - Substituiu Saito e participou do lance do gol decisivo.
Kurihara – 6,0 - Ocupou a vaga de Chiba nos últimos dez minutos e não comprometeu.
Zaccheroni – 6,0 - Colocou para jogar todos os convocados até agora, menos o terceiro goleiro, Hayashi. Armou bem a equipe mas fez alterações que não tiveram muito impacto e parece não saber o que fazer para arrumar a defesa.

Classificação e próximos jogos:
28/07 – 05:15 – Austrália x China
28/07 – 08:00 – Coreia do Sul x Japão

Pos. País Pontos J V E D GP GC SG
Japão 4 2 1 1 0 6 5 1
China 2 2 0 2 0 3 3 0
Coreia do Sul 2 2 0 2 0 0 0 0
Austrália 1 2 0 1 1 2 3 -1

Japão 3×3 China: Samurais estreiam com altos e baixos na Copa do Leste Asiático

dom, 21/07/13
por Tiago Bontempo |

Copa do Leste Asiático – 1ª rodada – Japão 3×3 China
Seoul World Cup Stadium, Seul, Coreia do Sul – Público: 3.500 [vídeo]
Gols: Wang Yongpo (5′), Kurihara (33′), Kakitani (59′), Kudo (61′), Wang Yongpo (81′), Sun Ke (88′)

Com momentos brilhantes no ataque e terríveis na defesa, Japão cedeu empate no fim / Nikkan Sports

Uma nova seleção, as mesmas virtudes e os mesmos problemas. A boa notícia para os torcedores dos Samurais Azuis é que há talento de sobra nas novas opções do ataque – os estreantes Kakitani e Kudo contribuíram com um gol e uma assistência cada e o Japão ia superando a China por 3×1 na primeira rodada da Copa do Leste Asiático até os últimos dez minutos de partida. A má notícia é que a defesa continua comprometendo. Não soube segurar a pressão e cedeu um empate com gosto de derrota.

Ao menos pela escalação o italiano Alberto Zaccheroni não pode ser criticado; ele selecionou um time próximo do que era esperado, com vários nomes de destaque e promessas da J-League. Morishige, Aoyama, Yamaguchi, Takahagi, Kudo e Kakitani fizeram a primeira partida de suas carreiras pela seleção principal. Saito e Osako, que entraram na segunda etapa, também estrearam. Os mais experientes eram o capitão Komano (31 anos e no seu 76º jogo pelos Samurais) e o zagueiro Kurihara (29 anos, 18º jogo) – ironicamente, foram os piores em campo.

Do lado chinês, o interino Fu Bo tinha a vantagem de ter um elenco com força máxima. Ele escalou um time mesclando juventude e experiência – média de idade de 27,1 anos – e com seis atletas do Guangzhou Evergrande. O veterano Zheng Zhi (32 anos) continua como capitão.

As formações iniciais: ambos atuando no 4-2-3-1

Foi uma partida de reviravoltas e começou da pior forma possível para os nipônicos. Bastou cinco minutos para a dupla de zaga mostrar falhas. Primeiro foi Morishige, ao deixar um chinês finalizar dentro da pequena área em jogada de escanteio; a bola foi por cima. Depois foi Kurihara, ao ser driblado por Yu Dabao e cometer um pênalti infantil. Wang Yongpo cobrou no mesmo canto que Nishikawa pulou, mas não deu para o goleiro. 1×0 China.

O duelo ficou mais equilibrado a partir daí e o Japão começou a trocar mais passes, mas não criava chances de gol com a bola no chão. O empate veio no primeiro tempo, mas pelo alto. Takahagi bateu escanteio, a defesa afastou mal e Kudo, de cabeça, mandou a bola para a pequena área. Kurihara estava sem marcação e, também de cabeça, se redimiu do pênalti cometido: 1×1.

No segundo tempo, o ataque japonês finalmente mostrou seu potencial e brilhou a estrela de Kakitani. Aos 14 minutos, Makino cruzou à meia altura, o atacante do Cerezo Osaka se adiantou à marcação e ao goleiro e colocou no fundo das redes com um leve desvio de cabeça – era a virada japonesa. Dois minutos depois, Takahagi iniciou contra-ataque com um passe longo. Kakitani recebeu, saiu costurando a defesa adversária e serviu o terceiro gol de bandeja para Kudo: 3×1 e a vitória parecia assegurada.

Entretanto, os chineses não se abalaram. Com fôlego novo em cada uma das pontas de seu sistema ofensivo (Sun Ke entrou pelo lado direito e Zhang Xizhe pelo esquerdo), lançaram-se ao ataque e sufocaram a retaguarda japonesa. Em um momento em que a experiência poderia ser o fator de desequilíbrio, os mais veteranos do Japão falharam. Aos 36 minutos, Komano levantou demais o pé e cometeu um pênalti ao quase acertar uma voadora em Zhang Xizhe. Wang Yongpo cobrou novamente e desta vez ele deslocou Nishikawa, mandando no canto oposto do arqueiro: 3×2. Aos 42, o lateral Rong Hao cruzou pela esquerda e a bola atravessou a área até encontrar Sun Ke livre na segunda trave – Kurihara e Makino não marcaram e a China conseguiu um heroico empate.

Ao fim da primeira rodada, todo mundo tem um ponto no torneio disputado na Coreia do Sul. No jogo de ontem, os anfitriões pressionaram durante os noventa minutos e só não venceram porque o goleiro Eugene Galekovic fez defesas fantásticas e salvou a fraca atuação dos Socceroos, garantindo o 0×0. A segunda rodada acontece na cidade de Hwaseong. Coreia do Sul e China se enfrentam quarta-feira (24), enquanto Japão e Austrália medem forças no dia seguinte.

Notas:
Nishikawa – 6,5 - Não teve culpa nos gols que sofreu, pegou tudo que era defensável e ainda fez uma grande intervenção cara a cara com Yu Dabao no fim do primeiro tempo.
Komano – 5,0 - O capitão não contribuiu com o ataque, apesar de ser um lateral ofensivo. Na defesa foi mal e cometeu um pênalti.
Kurihara – 5,0 - Cedeu um pênalti no início da partida e pelo menos desse erro se redimiu ao empatar o jogo com um gol de cabeça. Estava fora de posição quando Nishikawa fez grande defesa no fim do primeiro tempo e chegou atrasado no lance do terceiro gol chinês.
Morishige – 5,5 - Não teve falhas cruciais, mas foi inseguro.
Makino – 6,0 - No ataque foi bem e deu a assistência para o gol de Kakitani. Defensivamente foi mal.
Yamaguchi – 6,0 - Muito recuado (às vezes quase como um terceiro zagueiro), pouco contribuiu com o ataque. Decente na marcação.
Aoyama – 6,0 - Quase teve uma assistência num cruzamento que Kudo não conseguiu cabecear por centímetros. Apareceu pouco no resto do jogo e foi substituído cedo.
Kudo – 7,0 - Grande estreia na seleção. Começou devagar mas apareceu bem ainda no primeiro tempo com uma assistência de cabeça para o gol de Kurihara. Deixou o seu no segundo tempo.
Takahagi – 7,0 - Movimentou-se bem e deu bons passes. Começou a jogada do primeiro e do terceiro gol japonês.
Haraguchi – 6,5 - Buscou jogo e mostrou vontade, mas parecia um pouco fora de sintonia com o resto do time.
Kakitani – 7,0 - Apagado no primeiro tempo, era acionado poucas vezes. No segundo, fez um gol de cabeça, deu a assistência para Kudo em uma jogada de craque e pouco depois perdeu um gol feito. Poderia ter saído como o herói do jogo.
Takahashi – 6,0 - Entrou para reforçar a defesa, mas não adiantou.
Saito – 5,5 - Jogou 20 minutos na vaga de Haraguchi. Estava afobado e errou o que tentou.
Osako – Sem nota - Entrou no finalzinho.
Zaccheroni – 5,0 - Não inventou na escalação e ia saindo com uma boa vitória apesar do início ruim. Fez alterações que não tiveram impacto na partida e sua defesa sucumbiu nos dez minutos finais.

Guia da Copa do Leste Asiático 2013

seg, 15/07/13
por Tiago Bontempo |

Testar novos jogadores em busca das futuras estrelas de suas seleções, ao mesmo tempo em que enfrentam os seus maiores rivais. Este é o objetivo de Coreia do Sul, Japão, China e Austrália na Copa do Leste Asiático, torneio criado pela EAFF (Federação de Futebol do Leste Asiático) que acontecerá entre 20 e 28 de julho na Coreia do Sul. Foram chamados apenas atletas que atuam nas ligas destes países, já que a disputa não acontece em uma data Fifa e os clubes não são obrigados a liberar os seus jogadores. Esta é a quinta edição da competição, que é realizada desde 2003 e sucede a extinta Copa Dinastia dos anos 1990.

O formato é simples: quatro times jogam entre si e o que somar mais pontos em três rodadas é o campeão. Normalmente os participantes são Japão, Coreia do Sul e China, todos com vagas diretas garantidas, e mais uma seleção que vem de uma eliminatória. O quarto participante da vez é a estreante Austrália, que conseguiu a vaga ao superar Coreia do Norte, Hong Kong, Taipé Chinesa e Guam na fase preliminar.

Existe também uma versão feminina do torneio, simultânea à masculina e com a participação de Coreia do Sul, Japão, China e Coreia do Norte.

Calendário de jogos
(Partidas no horário de Brasília)

20/07 – 07:00 – Coreia do Sul x Austrália
21/07 – 09:00 – Japão x China

24/07 – 08:00 – Coreia do Sul x China
25/07 – 08:00 – Japão x Austrália

28/07 – 05:15 – Austrália x China
28/07 – 08:00 – Coreia do Sul x Japão

Coreia do Sul

Viveu momentos de crise durante as Eliminatórias e se classificou para a Copa do Mundo no sufoco, com alguns resultados cruciais conseguidos apenas nos acréscimos das partidas e uma amarga derrota em casa para o Irã na última rodada que deixou os coreanos em segundo lugar no grupo, à frente do Uzbequistão apenas nos critérios de desempate. Choi Kang-Hee foi na prática um treinador interino que só tinha contrato até a metade deste ano. Apesar de vir de um ótimo trabalho com o Jeonbuk Motors, não conseguiu dar um padrão tático à sua seleção e foi alvejado de críticas durante toda a campanha. No fim, ele cumpriu a palavra e ficou no cargo apenas até garantir a vaga na Copa, mas não montou um time pensando em 2014.

A KFA tomou a decisão mais óbvia e contratou no mês passado o melhor nome disponível entre os treinadores locais: Hong Myung-Bo, uma verdadeira lenda do futebol coreano que teve papel de destaque em duas de suas maiores conquistas: o quarto lugar na Copa de 2002 (como zagueiro e capitão) e a medalha de bronze em Londres 2012 (como técnico). Ele tem carisma, sabe comandar um grupo e é visto como a figura ideal para guiar a seleção.

A geração atual já mostrou nas últimas Olimpíadas que tem potencial. A maior dificuldade tem sido lidar com a transição para esse grupo que ainda é muito jovem e com o sistema defensivo que tem se mostrado muito vulnerável. Os líderes desta seleção já vêm se destacando na Europa apesar da pouca idade: o volante Ki Sung-Yueng (24 anos, Swansea City), os meias Koo Ja-Cheol (24 anos, Wolfsburg) e Lee Chung-Yong (25 anos, Bolton) e também o atacante Park Chu-Young (27 anos, Arsenal), que vem em má fase e não tem sido convocado, mas deve ganhar chances com o novo treinador. Além da maior promessa de todas, o atacante Son Heung-Min (21 anos, Bayer Leverkusen).

Nenhum dos acima citados estará na Copa do Leste Asiático, mas o torneio será uma grande oportunidade de testar novas opções: dos 23 convocados, apenas nove estavam no grupo que encerrou as Eliminatórias, e apenas cinco deles têm 10 ou mais jogos pela seleção. Myung-Bo selecionou um grupo bem inexperiente com média de idade de 24,9 anos e com sete atletas que atuam na J-League. A Coreia vem com um certo favoritismo por jogar em casa e terá forte apoio da sua torcida, especialmente no duelo contra o arquirrival Japão.

Técnico: Hong Myung-Bo
Ranking da Fifa: 43º
Participações na Copa do Leste Asiático: 4
Melhor resultado: Campeã (2003 e 2008)

Elenco
Goleiros: Jung Sung-Ryong (Suwon Bluewings), Lee Bum-Young (Busan IPark)
Defensores: Kim Chang-Soo (Kashiwa Reysol), Kim Jin-Su (Albirex Niigata), Kim Min-Woo (Sagan Tosu),  Lee Yong (Ulsan Hyundai), Kim Young-Gwon (Guangzhou Evergrande), Jang Hyun-Soo (FC Tokyo), Hong Jeong-Ho (Jeju United), Hwang Seok-Ho (Sanfrecce Hiroshima)
Meio-campistas: Ha Dae-Sung, Yun Il-Rok e Ko Yo-Han (FC Seoul), Ko Mu-Yeol e Lee Myung-Joo (Pohang Steelers), Yeom Ki-Hun (Police FC), Lee Seung-Gi (Jeonbuk Motors), Cho Young-Cheol (Omiya Ardija), Park Jong-Woo (Busan IPark), Han Kook-Young (Shonan Bellmare)
Atacantes: Kim Shin-Wook (Ulsan Hyundai), Kim Dong-Sub (Seongnam Ilhwa), Seo Dong-Hyun (Jeju United)

 

Japão

Campeão da Copa da Ásia em 2011 e com a melhor campanha das Eliminatórias para 2014, o antes incontestável Alberto Zaccheroni vem sendo muito criticado pelos recentes resultados ruins – este ano os Samurais perderam cinco dos nove jogos disputados, incluindo as três derrotas na Copa das Confederações.

A maior preocupação é a defesa, especialmente a dupla de zaga, reprovada nos confrontos contra grandes seleções – foram nove gols sofridos nas três partidas contra Brasil, Itália e México no mês passado. As posições de centroavante e volante também precisam de novas opções. No gol, Kawashima deve continuar como número 1, mas tem falhado em jogos recentes e precisa ao menos ter uma sombra para lhe fazer pressão. Laterais e meias ofensivos é onde o Japão está mais bem servido e será difícil vermos nomes novos nas próximas convocações.

Como grande parte dos seus jogadores atua na Europa, veremos na Copa do Leste Asiático um Japão bem diferente do usual. O italiano Alberto Zaccheroni chamou um grupo jovem, com média de idade de 25,5 anos e várias caras novas. 15 dos 23 convocados ainda não têm no currículo nenhuma partida pela seleção principal, e apenas três deles têm mais de dez jogos: Komano, Makino e Kurihara são os mais experientes. Dos que faziam parte da seleção e atuam no Japão, não foram chamados Konno, Inoha, Endo, Kengo Nakamura e Maeda.

Há apenas um lateral de origem (Komano) e seis zagueiros, o que sugere outro retorno do 3-4-3, mas o próprio Zaccheroni afirmou que pretende utilizar o 4-2-3-1. ou seja, Moriwaki e Makino devem ser usados como laterais. Para o meio e o ataque vieram os jogadores que eram pedidos pela maioria, com exceção de Hisato Sato (Hiroshima) e Takuya Aoki (Omiya). É um grupo forte com (quase) o que há de melhor na J-League.

Técnico: Alberto Zaccheroni
Ranking da Fifa: 37º
Participações na Copa do Leste Asiático: 4
Melhor resultado: 2º lugar (2003, 2005 e 2008)

Elenco:
Goleiros: Shusaku Nishikawa (Sanfrecce Hiroshima), Shuichi Gonda (FC Tokyo), Takuto Hayashi (Vegalta Sendai)
Defensores: Yuichi Komano (Júbilo Iwata), Ryota Moriwaki e Tomoaki Makino (Urawa Reds), Yuzo Kurihara (Yokohama F-Marinos), Kazuhiko Chiba (Sanfrecce Hiroshima), Masato Morishige (FC Tokyo), Daisuke Suzuki (Kashiwa Reysol)
Meio-campistas: Toshihiro Aoyama e Yojiro Takahagi (Sanfrecce Hiroshima), Hideto Takahashi (FC Tokyo), Hotaru Yamaguchi e Takahiro Ogihara (Cerezo Osaka), Gaku Shibasaki (Kashima Antlers), Hiroki Yamada (Júbilo Iwata)
Atacantes: Yohei Toyoda (Sagan Tosu), Yoichiro Kakitani (Cerezo Osaka), Yuya Osako (Kashima Antlers), Manabu Saito (Yokohama F-Marinos), Masato Kudo (Kashiwa Reysol), Genki Haraguchi (Urawa Reds).

Nota: Shibasaki, doente, foi cortado. O lateral Yuhei Tokunaga (FC Tokyo) foi chamado para o seu lugar (editado em 17/07/2013).

 

China

Passa por um momento difícil. Dos seis jogos que disputou em 2013, venceu apenas um e perdeu os outros cinco. Vem de três derrotas seguidas em amistosos disputados em casa, e a última delas (um humilhante 5×1 contra a Tailândia) custou o emprego do técnico espanhol José Antonio Camacho.

A CFA anunciou um ousado plano: superar Japão e Coreia e se tornar a principal seleção da Ásia nos próximos 10 a 15 anos. Parece difícil, principalmente porque a seleção chinesa praticamente não evoluiu na última década. Desde a geração que levou o país à sua única Copa do Mundo, em 2002, e a um segundo lugar na Copa da Ásia, em 2004, os chineses viraram figurantes a nível continental. Nas Eliminatórias para a Copa de 2014, sequer chegaram à fase final. Em março deste ano, caíram para a pior posição de sua história no Ranking da Fifa: 109º.

Estrelas da seleção atual como o meia Zheng Zhi e o atacante Gao Lin não atingiram todo o potencial que era esperado no início de suas carreiras. Hoje não temos nenhum chinês atuando em uma liga relevante na Europa. Mas pode ser que isso mude em breve. Acredita-se no país que o zagueiro Zhang Linpeng, de 24 anos, seria capaz de se destacar no Velho Continente. Mas a maior promessa mesmo é o meia Wu Lei, de 21 anos, chamado de “o futuro do futebol chinês”. É bom ficar de olho nele.

Fu Bo, ex-auxiliar e que trabalhava com as categorias de base da seleção, é agora o técnico interino e chamou um grupo sem muitas surpresas, com alguns jogadores que não eram utilizados por Camacho, como o atacante Qu Bo e o zagueiro Du Wei, mas apenas um nome que nunca havia sido convocado – o zagueiro Shi Ke, de 20 anos, que é também o mais jovem do elenco. Apesar de todos os problemas, a China tem a seu favor o fato de poder jogar com força máxima, enquanto os três adversários usarão times B.

Técnico: Fu Bo (interino)
Ranking da Fifa: 100º
Participações na Copa do Leste Asiático: 4
Melhor resultado: Campeã (2005 e 2010)

Elenco
Goleiros: Zeng Cheng (Guangzhou Evergrande), Geng Xiaofeng (Shandong Luneng), Yang Zhi (Beijing Guoan)
Defensores: Zhang Linpeng, Sun Xiang e Rong Hao (Guangzhou Evergrande), Du Wei (Shandong Luneng), Liu Jianye e Wu Xi (Jiangsu Sainty), Li Xuepeng (Dalian Aerbin), Shi Ke (Hangzhou Greentown)
Meio-campistas: Huang Bowen e Zheng Zhi (Guangzhou Evergrande), Wang Yongpo e Cui Peng (Shandong Luneng), Zhang Xizhe (Beijing Guoan), Yang Hao (Guizhou Renhe), Wu Lei (Shanghai East Asia)
Atacantes: Gao Lin (Guangzhou Evergrande), Yang Xu (Shandong Luneng), Sun Ke (Jiangsu Sainty), Qu Bo (Guizhou Renhe), Yu Dabao (Dalian Aerbin)

 

Austrália

Assim como as seleções acima, os Socceroos também não estão no melhor dos momentos. Passaram por dificuldades nas Eliminatórias e vivem uma transição de gerações ainda mais complicada que a Coreia. A base do time está muito envelhecida e ainda depende de veteranos como Mark Schwarzer (40 anos), Lucas Neill (35) e Tim Cahill (33). A renovação não tem acontecido no ritmo ideal, mas o técnico alemão Holger Osieck vem introduzindo – muito por causa da pressão da imprensa local – jovens promessas como o talentoso Robbie Kruse (24 anos, Bayer Leverkusen) e também Tommy Oar (21 anos, Utrecht) e Tom Rogic (20 anos, Celtic).

Convidados pela EAFF para sua primeira participação na Copa do Leste Asiático, os oceânicos já passaram sufoco na fase preliminar. Usando um time B, venceram Hong Kong por apenas 1×0 e empataram em 1×1 com a Coreia do Norte. A classificação foi garantida só no saldo de gols, graças a goleadas contra Guam (9×0) e Taipé Chinesa (8×0). Os norte-coreanos terminaram com o mesmo número de pontos mas com quatro gols a menos de saldo.

A convocação foi anunciada de forma provisória com 24 nomes, sendo 19 atletas locais que já vinham treinando juntos desde a última segunda-feira (8) e mais cinco que atuam nas ligas japonesa, chinesa e coreana. Dez deles estavam na última convocação para as Eliminatórias. Às vésperas da viagem para Seul, dois jogadores que atuam na China, McKay (Changchun Yatai) e McGowan (Shandong Luneng), não haviam sido formalmente liberados, enquanto o Nagoya Grampus se recusou a ceder Joshua Kennedy, mesmo com a J-League não tendo jogos durante o torneio na Coreia.

“Os clubes estrangeiros criaram muitos problemas”, declarou Osieck. “Conversei com o Stojkovic [técnico do Nagoya] e ele concordou em deixá-lo [o Kennedy] jogar, mas logo em seguida recebemos um comunicado do clube negando a sua liberação. Não é uma situação boa e eu não aceito isso.” O limite para oficializar o elenco com 23 nomes é até 24 horas antes da partida de abertura.

Técnico: Holger Osieck
Ranking da Fifa: 40º
Participações na Copa do Leste Asiático: Estreante

Elenco
Goleiros: Eugene Galekovic (Adelaide United), Nathan Coe (Melbourne Victory), Mark Birighitti (Newcastle Jets)
Defensores: Ivan Franjic e Jade North (Brisbane Roar), Trent Sainsbury (Central Coast Mariners), Michael Thwaite (Perth Glory), Craig Goodwin (Newcastle Jets), Robert Cornthwaite (Chunnam Dragons), Ryan McGowan (Shandong Luneng)
Meio-campistas: Mark Milligan e Mitch Nichols (Melbourne Victory), Dario Vidosic (Adelaide United), Ruben Zadkovich e Joshua Brillante (Newcastle Jets), Aaron Mooy (Western Sidney Wanderers), Matt McKay (Changchun Yatai), Erik Paartalu (Tianjin Teda)
Atacantes: Archie Thompson e Connor Pain (Melbourne Victory), Mitchell Duke (Central Coast Mariners), Adam Taggart (Newcastle Jets), Tomi Juric (Western Sydney Wanderers)

Nota: No final, Kennedy foi o único a não ser liberado e o elenco oficial com 23 nomes foi anunciado um dia antes da partida de abertura (editado em 19/07/2013)



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