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Com fôlego de menina, Valeskinha encara sua 13ª final de Superliga

Aos 36 anos, central do Rio de Janeiro diz estar com todo gás para a
decisão: 'Estou conseguindo jogar de igual para igual com as meninas'

Por São Paulo

Valeskinha vôlei Rio de Janeiro Sesi Superliga (Foto: Maurício Val / Vipcomm)Aos 36 anos, Valeskinha diz ter fôlego de menina
(Foto: Maurício Val / Vipcomm)

Valeskinha franze a sobrancelha, tenta buscar na memória o número de finais de Superliga feminina de vôlei que disputou. Depois de alguns segundos e uma ajudinha da assessoria do time do Rio de Janeiro, a central chega à cifra: 12. Aos 36 anos, a especialista em decisões garante estar com gás de menina para encarar o Osasco neste domingo, na sua 13ª final.

- O fôlego tem de estar total. Acho que estou conseguindo jogar de igual para igual com as meninas. Tentar, eu tento - disse Valeskinha.

O currículo da central é extenso. Melhor bloqueadora da Copa do Mundo de 2003, no Japão, tricampeã do Grand Prix e campeã olímpica em Pequim, em 2008. Ela, porém, não pensa em se aposentar tão cedo. Embora o físico não seja mais o mesmo de anos trás, a vontade de jogar vôlei só cresce. Ela até mira mais decisões de Superliga.

- Eu ganhei seis finais. Pelo que me falaram, joguei umas 12, mas dá para chegar a muito mais (risos). Não sei quantas mais, talvez mais umas duas além dessa contra o Osasco. Está bom, né!? Fechar em 15 está bom - disse a jogadora do Rio de Janeiro.

Valeskinha conta que não há segredo para estender a carreira nas quadras. Para ela, basta conhecer o próprio corpo e seus limites, além de querer muito continuar atuando em alto rendimento. A central compartilha esse “mantra” com a companheira de time Fofão, que, aos 43 anos, segue liderando uma equipe.

- Ela tem a mesma filosofia. Quando você está nessa estrada há tanto tempo, você sabe o que é bom ou não para o seu corpo. Agora há a fisiologia, que ajuda muito. Qualquer uma pode ter uma carreira longa se tiver vontade.

Entre filmes, novelas e a internet

vôlei valeskinha rio de janeiro (Foto: Fernando Maia / Adoro Foto)Valeskinha está concentrada para sua 13ª final de
Superliga (Foto: Fernando Maia / Adoro Foto)

Confinada na concentração do Rio de Janeiro desde a última terça-feira, Valeskinha conta que o assunto "final" está sempre presente nas conversas nos corredores e nos quartos do hotel onde estão alojadas. Contudo, momentos de distração são frequentes também. Nessas horas, a central se junta às mais novas e volta a ser menina.

- Não dá para conversar sobre trabalho o tempo inteiro. Ninguém faz isso. Falamos sobre outras coisas, sobre filmes, novelas. Não é só vôlei. Sou menina como elas. Gosto de ficar na internet e de ver filmes.

Como os quartos são pequenos, Sarah Pavan, Gabi, Fofão, Fabi, Juciely, Natália & Cia. não fazem grandes reuniões para ver os episódios das novelas ou filmes. Valeskinha não tem um preferido, mas diz que a ação faz mais seu gênero.

- Cada uma tem seu ritual na concentração. Cada uma vai para o seu quarto, relaxa, fala com os familiares no computador. Gosto mais de ação, comédia. Vamos dar risada - brinca a central, que usa os filmes para aliviar a tensão para mais uma final.

A partida entre Rio de Janeiro e Osasco está agendada para este domingo, às 10h, e terá transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV. O GLOBOESPORTE.COM também acompanha o duelo em Tempo Real.