Capitão da Celeste relembra ‘Maracanazo’de 1950 e exalta superioridade uruguaia diante dos brasileiros em Olimpíadas e Copas Américas
Por Luiz Queiroga
Lugano não teme Brasil na semifinal da Copa das Confederações (Foto: Getty Images)
Nessa quarta-feira (26), um clássico do futebol mundial ocorrerá na semifinal da Copa das Confederações: Brasil e Uruguai. O tradicional duelo sul-americano revive um confronto que ganhou dimensões maiores 63 anos atrás, em 1950, quando na final da Copa do Mundo as duas seleções se enfrentaram e marcaram o triste episódio para a história verde e amarela conhecido como Maracanazo: em pleno Maracanã, a Celeste bateu o Brasil e se sagrou campeã mundial.
Agora no Mineirão, em condições semelhantes ao Mundial de 1950, as duas equipes voltam a se enfrentar num momento decisivo e num torneio da FIFA e, para o capitão uruguaio Diego Lugano, o Maracanazo pode voltar a acontecer em terras mineiras:
– Historicamente [o Uruguai] foi uma equipe que ganhou muito e em torneios grandes. Estamos encarando este jogo como uma grande oportunidade, diante de um Brasil que evidentemente tem tudo a seu favor. Mas já foi assim antes e os derrotamos. Por que não desta vez? Também precisamos saber entender que enfrentaremos uma equipe que chega em um grande momento. O Brasil é o Brasil, mas, atenção: o Uruguai também é o Uruguai – declarou ao site oficial da FIFA.
Raça da Celeste pode vencer favoritismo do Brasil, na visão de Lugano (Foto: Getty Images)
TRANQUILO: Uruguai goleia Taiti e pega o Brasil na semifinal
Se coube ao uruguaio Obdulio Varela liderar a Celeste no Maracanazo, é a vez de Lugano comandar o time para buscar o título da Copa das Confederações. O zagueiro, por sua vez, evita comparações com o capitão de 1950 e deixa claro que as condições de jogo são diferentes da final no Mundial vivida pelas duas seleções:
– Não posso me comparar com Varela, de jeito nenhum. Eram outros tempos, outras circunstâncias, outro regulamento, outros jogadores. Não é o mesmo que está em jogo. A única coisa é que são as mesmas seleções e que vai ser disputado de novo no Brasil. Mas, veja bem, o Maracanazo não foi a única vez. Fizemos o mesmo na Copa América e nem eles nem os argentinos foram campeões no Uruguai. São dados estatísticos que vão além de 1950 e que nos permitem chegar com o máximo de ambição. Somos uma geração de jogadores que já entrou para a história e queremos seguir nesse caminho – explicou.
SEM ZEBRAS: gigantes avançam para semifinal sem imprevistos
O histórico entre Brasil e Uruguai confronta diversos títulos. De um lado, a seleção pentacampeã mundial, do outro, uma bicampeã. Nos últimos confrontos, a seleção brasileira perdeu apenas uma das últimas dez partidas contra o Uruguai, além do fato de a Celeste não ganhar como visitante desde 1992. Para Lugano, é ótimo que esses números apareçam antes do duelo da semifinal e coloquem o favoritismo para o lado brasileiro, por um único motivo:
– Ótimo, melhor que eles se sintam e acreditem ser favoritos. É uma excelente ocasião para repetir os triunfos do passado contra eles, e os deste grupo de jogadores também. É evidente que, na América do Sul, Brasil e Argentina são os grandes, pela quantidade de jogadores e pela infraestrutura, mas se olharmos os títulos, o Uruguai aparece com mais Copas Américas que os dois e mais títulos olímpicos que os brasileiros. Apesar de ser óbvio que somos um país menor e temos que ganhar quatro vezes para que nossos títulos recebam a mesma repercussão que os deles – disse.
Brasil e Uruguai se enfrentam às 16h (de Brasília), pela semifinal da Copa das Confederações.
Cobertura completa da Copa das Confederações
A Copa das Confederações acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho e contará com cobertura especial do Jornalismo Futebol Clube. Acompanhe de perto cada lance por meio do site e do Google Plus. Em parceria com o Google, divulgaremos nosso conteúdo na página do G+ dedicada à competição, busque pela hashtag #jornalismoFC e fique por dentro de tudo o que acontece nos gramados do Brasil.