Fundado o Palestra Itália

Nasce o Palestra Itália, com o objetivo principal de formar de um time de futebol que representasse toda a enorme colônia italiana diante das grandes equipes da elite paulistana. Em 1942, por conta da guerra, uma lei obriga o time a mudar de nome. Esse distintivo (de 1914) foi o símbolo institucional do clube, sendo utilizado em  materiais impressos, na carteira social e na bandeira oficial do clube.

Dunga no Corinthians

O voltante Dunga é o novo jogador do Corinthians. Sua contratação foi pedida por Jair Picerni que havia sido técnico da seleção olímpica de 1984 da qual Dunga havia feito parte.

 

Brasil é tetracampeão da Copa das Confederações

Poucos brasileiros poderiam imaginar tamanha alegria na final da Copa das Confederações da FIFA 2013. Do outro lado estava a Espanha, campeã do mundo, considerada a melhor seleção do planeta e há 26 jogos invicta em jogos oficiais. Mas os 73.531 torcedores que foram ao maior templo do futebol mundial – o Maracanã – viram a Seleção Brasileira mostrar talento e determinação para alcançar um sonoro 3 x 0, com ótimas atuações de Fred, Neymar e de toda a defesa. Com o resultado, o Brasil chega ao quarto título do torneio, o terceiro de forma consecutiva (2009, 2005 e 1997).

Muito satisfeito com o primeiro título desde sua volta à Seleção Brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari admitiu que o placar elástico surpreendeu. “Não estava previsto. Mas é um caminho que nós percorremos. Mas agora a gente pode trilhar o caminho com mais confiança, que é o que a gente quer”, afirmou. O treinador espanhol, Vicente Del Bosque, reconheceu a superioridade brasileira no jogo. “A equipe brasileira foi melhor. Temos de dar os parabéns. Não há nenhuma mancha a colocar”, disse.

O título brasileiro foi conquistado de forma incontestável, com cinco vitórias em cinco jogos. Na primeira partida, na abertura do torneio, 3 x 0 sobre o Japão, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Em seguida, o Brasil foi a Fortaleza e derrotou o México por 2 x 0. Na partida que decidiu o primeiro lugar do grupo, 4 x 2 em cima da Itália, em Salvador. Na semifinal, vitória dura no clássico sul-americano contra o Uruguai: 2 x 1 no Mineirão, em Belo Horizonte.

Esta foi a quarta conquista da Copa das Confederações pela Seleção Brasileira. Na final da edição de 1997, o Brasil goleou a Austrália por 6 x 0, na Arábia Saudita. Em 2005, na Alemanha, mais uma goleada: 4 x 1 sobre a Argentina. A conquista de 2009, na África do Sul, foi com uma virada emocionante sobre os Estados Unidos: 3 x 2.

 

Primeiro tempo

O técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari mandou a campo a seguinte formação: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Pelo lado espanhol, o treinador Vicente del Bosque escalou Iker Casillas; Alvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi, Andres Iniesta, Pedro e Juan Mata; Fernando Torres.

O Brasil jogou com camisas amarelas e calções e meias brancas. A Espanha vestiu seu tradicional uniforme: camisas e meias vermelhas e calções azuis escuros. O árbitro escalado pela FIFA foi o holandês Bjorn Kuipers.

O jogo começou com o máximo de emoção: gol brasileiro logo antes do segundo minuto de jogo. Após tabela com Oscar, Hulk cruzou para a segunda trave. Neymar e Fred disputaram no ar com Piqué e Arbeloa. A bola sobrou para Fred que, deitado, conseguiu desviar de Casillas e estufar as redes.

Aos 6 minutos, a primeira chegada com mais perigo na área brasileira. Juan Mata cruzou pela esquerda e a bola chegou a tocar na mão de Marcelo, mas o braço do defensor brasileiro estava grudado ao corpo. No minuto seguinte, mais um grande lance do ataque brasileiro. Neymar tentou fazer a bola chegar a Marcelo pelo lado esquerdo da área. Arbeloa cortou, mas chegou a Fred, que ajeitou de calcanhar para Oscar. O meia brasileiro chutou forte, mas não acertou o gol de Casillas.

Paulinho quase fez um golaço aos 12 minutos. O volante brasileiro interceptou a saída de bola da defesa espanhola e arriscou um toque sutil, tentando encobrir Casillas. O goleiro espanhol conseguiu dar alguns passos para trás e evitou o segundo gol.

O primeiro cartão amarelo saiu aos 14 minutos. A defesa brasileira lançou Neymar, que receberia sozinho, no meio de campo. O lateral Alvaro Arbeloa puxou o atacante brasileiro e impediu o contra-ataque. Após o lance, vários jogadores se desentenderam e o clima esquentou.

Iniesta arriscou de longe, aos 14 minutos, e Júlio César fez sua primeira intervenção e concedeu escanteio. Após a cobrança de escanteio, Fernando Torres cabeceou com muito perigo e a bola acertou o poste que sustenta a rede atrás do gol. Aos 22, o zagueiro espanhol Sergio Ramos cobrou falta da intermediária. O chute saiu muito forte, mas sem direção.

O Brasil só voltou ao ataque dois minutos depois. Daniel Alves encontrou Fred entrando pelo lado direito da área espanhola. O autor do gol brasileiro finalizou sem muito perigo.

Aos 28, Sergio Ramos derrubou Oscar na entrada da área, após ótima jogada de Hulk. O árbitro holandês Bjorn Kuipers deu cartão amarelo para o espanhol. Na cobrança, Neymar rolou para o lado e Hulk soltou a bomba, por cima do gol de Casillas.

Casillas evitou mais um gol brasileiro aos 31 minutos. Pedro tocou errado no ataque e o Brasil partiu com muita velocidade. Neymar avançou com a bola e rolou para Fred, que entrou livre pelo meio da área. O atacante do Fluminense desperdiçou grande chance, chutando em cima do goleiro espanhol.

O melhor lance de ataque espanhol aconteceu aos 40 minutos. Juan Mata e Pedro saíram em velocidade e pegaram a defesa brasileira desarmada. Pedro ficou cara a cara com Júlio César e chutou cruzado no canto. David Luiz deu um carrinho e conseguiu evitar o gol, em um lance de muita garra que foi comemorado como um um gol pelos torcedores presentes ao Maracanã.

Aos 44 minutos, o atacante Neymar mostrou novamente seu talento na Copa das Confederações. O brasileiro, que deixou o Santos recentemente para seguir para o Barcelona, fez ótima jogada pela esquerda. Tocou para Oscar, evitou ficar impedido e recebu a bola pela esquerda da área. De perna esquerda, Neymar chutou sem chances para Casillas.

Ao final do primeiro tempo, a Espanha manteve a sua principal característica: ficou com 59% da posse de bola, contra 41% do Brasil. No entanto, o placar pendeu para o lado brasileiro.


Segundo tempo

A segunda etapa começou exatamente como a primeira: com gol do atacante brasileiro Fred. Marcelo conseguiu roubar a bola no meio e tocou para Oscar. Fred correu pela esquerda e foi lançado. Chutou com precisão, no canto esquerdo de Casillas. Este foi o quinto gol de Fred na competição – sem enfrentar o Taiti. Imediatamente, a torcida começou a cantar “o campeão voltou”.

A Espanha perdeu ótima oportunidade de diminuir. Jesús Navas foi derrubado por Marcelo dentro da área, aos 8 minutos. Sergio Ramos se preparou para bater e foi vaiado pela imensa maioria dos presentes ao Maracanã. A vaia deu certo: o zagueiro espanhol cobrou a penalidade para fora.

A última derrota da Espanha havia sido no primeiro jogo da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando foram batidos pela Suíça por 1 x 0.

Vicente del Bosque fez suas três substituições antes dos 13 minutos. Arbeloa deu lugar a Azpilicueta, Mata saiu para a entrada de Jesús Navas e Fernando Torres foi substituído por David Villa.

Enquanto a torcida gritava olé, aos 18, Marcelo e Neymar tabelaram pelo lado esquerdo do ataque. O lateral brasileiro tinha a oportunidade de cruzar para o centro da área, onde Fred estava livre, mas optou por chutar direto. A bola atingiu o lado de fora das redes de Casillas.

Piqué levou cartão vermelho por uma falta violenta em Neymar, aos 23 minutos. O brasileiro partiu com a bola dominada desde o campo de defesa. O zagueiro espanhol só conseguiu pará-lo com o ato violento. Na cobrança, Neymar acertou a rede, mas por cima do gol de Casillas.

Aos 26, a Espanha conseguiu mais uma boa oportunidade, mas Sergio Ramos finalizou para fora, após confusão dentro da área brasileira.

A primeira substituição brasileira aconteceu pouco depois. Hulk, que jogou bem e impediu que Jordi Alba chegasse ao ataque com perigo, deixou o campo para a entrada de Jadson.

Aos 32, Neymar quase marcou seu segundo gol. Ele partiu em velocidade e chegou até a área da Espanha. Na hora da finalização, a zaga espanhola dividiu e Casillas ficou com a bola

Fred, um dos melhores em campo, foi ovacionado ao deixar o gramado para a entrada de Jô, aos 34 minutos.

Júlio César fez duas grandes defesas, aos 35 e 40 minutos. Na primeira, Pedro chutou rasteiro de dentro da área e o goleiro desviou para escanteio. Na segunda, evitou que o chute de David Villa entrasse pelo alto. A terceira substituição brasileira ocorreu aos 42 minutos: Paulinho saiu para a entrada de Hernanes. Após o apito final do árbitro holandês, a torcida comemorou mais ainda.

Com um segundo tempo ainda melhor que o primeiro, o Brasil quase conseguiu igualar a quantidade de posse de bola: foram 52% para a Espanha e 48% para o Brasil.

Brasil 3 X 0 Espanha

Data: Domingo, 30 de junho de 2013
Local: Maracanã, no Rio
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Público: 73.531
Cartões Amarelos: (BRA); Arbeloa, Sérgio Ramos (ESP)
Cartão vermelho:
Piqué (ESP)
Gols: Fred, aos 2min, Neymar aos 44min do 1º tempo; Fred, aos 2min do 2º tempo.

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago SIlva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Neymar, Fred (Jô) e Hulk (Jadson)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Espanha: Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Sérgio Ramos, Pique e Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Mata (Navas) e Fernando Torres (David Villa)
Técnico: Vicente del Bosque

 

 

 

Decisão do terceiro lugar da Copa das Confederações

A tradição e a resistência do elenco somadas à qualidade do goleiro da Itália levaram a equipe europeia a conquistar o terceiro lugar na Copa das Confederações. Após empate em 2 x 2 no tempo normal e uma prorrogação sem gols, a Azzura venceu o Uruguai nos pênaltis por 3 x 2, na tarde deste domingo (30.06). O duelo foi na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), sob os olhos de 42.382 torcedores. Nos últimos três dias, a Itália jogou 240 minutos. A semifinal contra a Espanha também foi decidida nos pênaltis, com vitória espanhola.

Na decisão por pênaltis deste domingo, o goleiro Buffon foi decisivo. Pegou três cobranças uruguaias, de Forlán, Cáceres e Gargano, o que fez com que o último atleta italiano nem precisasse fazer sua tentativa. No tempo normal, a Itália abriu o placar com Astori no primeiro tempo. Na segunda etapa, Cavani marcou duas vezes e Diamanti fez o gol italiano. “É um grande orgulho para todos, porque hoje realmente era uma parada difícil. Seria mais difícil se não tivéssemos tido um caráter como esse. Durante a partida, sofremos muito, mas conseguimos chegar ao final. É um milagre estarmos aqui. O fato é que conseguimos não perder”, disse Buffon.

“Nós honramos essa competição. Tivemos um primeiro tempo maravilhoso, depois perdemos brilho e confiança. Eles cresceram, estávamos sofrendo, mas pênalti é sempre uma loteria. Existe um grande orgulho por nosso goleiro e todo o nosso time. Gostaria de agradecer a todos os rapazes, pois não é simples dar o máximo de si quando você está esvaziado, praticamente”, disse o técnico italiano, Cesare Prandelli, na saída de campo.

As medalhas foram entregues pelo secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, pelo secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, pelo CEO do Comitê Organizador Local, Ricardo Trade, pelo presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete e pelo presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo. A conquista do terceiro lugar rendeu à seleção da Itália a quantia de US$ 500 mil.

 

Bola rolando

No início do jogo, o trio de ataque uruguaio mostrou força. Aos cinco minutos, Suárez cruzou da direita para a esquerda do ataque. Forlán dominou e tentou encontrar Cavani na pequena área. A bola passou direto para a linha de fundo.

Dois minutos depois, a resposta italiana. Diamanti levantou no primeiro pau, Chiellini desviou de cabeça e assustou o goleiro Muslera. A bola saiu próxima ao poste esquerdo do goleiro uruguaio.

Aos 14, quase saiu o primeiro da Itália. Após cruzamento da esquerda feito por De Siglio, Candreva apareceu como elemento surpresa, na entrada da área, e chutou forte para defesa de Muslera. Candreva, aliás, apareceria novamente aos 19 numa finalização da intermediária, dessa vez com menos perigo.

Aos 23, a equipe europeia abriu o placar. Diamanti cobrou de pé esquerdo uma falta na lateral direita do ataque, na linha da grande área. A bola viajou, encobriu Muslera e acertou a trave. No rebote, ela tocou nas costas do goleiro e, embaixo do travessão, o zagueiro Astori deu o último toque antes de a bola balançar as redes.

O gol do zagueiro italiano não apagou o ímpeto uruguaio. Aos 29, Forlan chutou de longe e Buffon pegou sem problemas. Dez minutos mais tarde ele tentaria de novo e daria mais trabalho ao goleiro.

Aos 32, Forlán cobrou falta e Cavani completou para o gol, mas a jogada foi anulada por impedimento do atacante uruguaio. Menos de um minuto depois, El Shaarawy limpou a jogada na entrada da área e chutou forte: Muslera espalmou.

Aos 40, um lance que despertou polêmica. O zagueiro Chiellini foi cortar a bola dentro da área, mas pegou mal na bola e ela acertou seu próprio cotovelo. Os uruguaios reclamaram de pênalti, mas o árbitro mandou seguir.
Segunda etapa

A etapa complementar até começou com ritmo mais lento, mas rapidamente ficou claro que a Itália não tinha o mesmo vigor físico dos adversários sul-americanos. Assim, não demorou para o Uruguai tomar conta das ações ofensivas. Aos nove, Luis Suárez cobrou falta na direita do ataque, mas ficou na barreira.

Aos 12, a primeira igualdade. A Itália errou duas vezes em sequência na mesma saída de bola pela direita da defesa, na linha de meio campo, e ela sobrou para Gargano. O meia da Inter de Milão conduziu a bola em velocidade até as proximidades da meia-lua. Quando a marcação se aproximou, deu uma passe preciso, na diagonal para a esquerda. Cavani só precisou ajustar o corpo e tocar de primeira. A bola entrou rasteira, no canto esquerdo do goleiro Buffon.

O jogo

Aos 22, dois milagres seguidos de Buffon. Forlán apareceu de frente para o gol, pelo lado esquerdo da grande área. Após chute forte, o goleiro da Juventus espalmou. A bola voltou para o atacante uruguaio, que chutou novamente para nova defesa do goleiro, desta vez com o pé. Menos de um minuto depois, o meia Álvaro González chutou firme, da intermediária. A bola passou sobre a meta italiana.

Aos 25, a Itália teve um momento de respiro e soube aproveitar. El Shaarawy sofreu falta frontal, a poucos metros da meia-lua. Diamanti caprichou e desta vez não houve dúvidas sobre a autoria do gol. A cobrança entrou direto no canto esquerdo do goleiro Muslera para deixar novamente a Itália na frente.

Aos 32, Cavani de novo. E de falta. Ele cobrou com perfeição uma infração anotada no canto esquerdo do ataque. A bola entrou no canto direito de Buffon e selou os 2 x 2.

 

Tempo extra

Na prorrogação, o Uruguai chegou a reclamar duas vezes de pênaltis não marcados, ambos na primeira etapa do tempo extra. Na primeira vez, um zagueiro tirou a bola instantes antes do arremate de Suárez. Na segunda, aos 10 minutos, Suárez avançou pela esquerda da área e o zagueiro Chiellini impediu a conclusão usando o braço para afastar Suárez da jogada. O árbitro entendeu que não houve falta.

Na segunda etapa do tempo extra, a Itália sofreu novo baque. Montolivo, que recebeu um cartão amarelo no tempo normal, levou o segundo e acabou expulso aos cinco minutos. Ainda assim, conseguiu segurar as investidas uruguaias, principalmente com Forlán e Cavani, e a partida será decidida nos pênaltis.

 

Penalidades

O Uruguai começou a cobrança de pênaltis com Forlán. Ele chutou bem no meio do gol e Buffon defendeu. Aquilani chutou bem forte no ângulo esquerdo de Muslera e deixou a Itália em vantagem. O atacante Cavani, autor dos dois gols uruguaios na partida, converteu. El Shaarawy não deixou por menos e também fez o dele.

O terceiro pelo Uruguai foi Suárez, que tomou distância e bateu sem chances para Buffon. O jovem lateral italiano De Sciglio não teve sucesso: Muslera defendeu o chute. Naquele instante, estava tudo igual, mas o Uruguai voltou a ficar em desvantagem após a fraca cobrança de Cáceres, que ficou facilmente nas mãos de Buffon. Giacherini converteu mais um para a Itália. Na quinta cobrança, Gargano, pelo Uruguai, teve o chute defendido mais uma vez por Buffon e a Itália nem precisou bater o último.

Uruguai (2) 2 X 2 (3) Itália

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 30 de junho de 2013, domingo
Horário: 13 horas (de Brasília)
Árbitro: Djamel Raimodi (Argélia)
Assistentes: Abdelhak Etchiali (Argélia) e Redouane Achik (Marrocos)

Cartões amarelos:
Maxi Pereira e Luis Suárez (Uruguai); Chiellini (Itália)
Cartão vermelho: Montolivo (Itália)
Gols: Astori (Itália), aos 23 minutos do 1º tempo; Cavani (Uruguai), aos 12, Diamanti (Itália), aos 27 minutos e Cavani (Uruguai) aos 32 minutos do 2º tempo.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira (Álvaro Pereira), Lugano, Godín e Cáceres; Arévalo Ríos (Pérez), Gargano e Cristian Rodríguez (Alvaro González); Forlán, Suárez e Cavani
Técnico: Óscar Tabárez

Itália: Buffon; Maggio, Astori (Bonucci), Chiellini e De Sciglio; Montolivo, De Rossi (Aquilani) e Candreva; Diamanti (Giaccherini); El Shaarawy e Gilardino
Técnico: Cesare Prandelli

Fonte: 

Espanha derrota a Itália nos pênaltis

No duelo entre tradição e momento, houve igualdade sem gols durante 120 minutos. Na justiça dos pênaltis, como definiu o técnico Vicente Del Bosque, a Espanha saiu vitoriosa, em uma partida disputada sob um calor de cerca de 30 graus e muita umidade na Arena Castelão, em Fortaleza. A Espanha venceu a Itália por 7 x 6 nas cobranças alternadas e enfrentará o Brasil na decisão, às 19h do próximo domingo (30.06), no Maracanã, no Rio de Janeiro. A Itália seguirá para Salvador, onde jogará contra o Uruguai, também no domingo, às 13h, na disputa pelo terceiro lugar.

“Foi um jogo muito difícil até o final. Perdemos oportunidades e foi muito duro. Contra o Brasil vamos fazer um jogo bonito, em sua casa, no Maracanã, vai ser muito bom”, disse o espanhol Juan Mata, ao fim do jogo.”Tanto nós quanto a Itália demonstramos que estamos na elite, representando bem a Europa. Foi uma partida limpa, esportiva, em condições difíceis de clima”, afirmou o treinador da Espanha, Vicente Del Bosque.

Desde o início, os 56.083 presentes ao estádio deixaram claro para onde pendia sua balança. O hino italiano, por exemplo, foi cantando a plenos pulmões, ainda que 95% dos presentes à arena não soubessem a letra. Todas as vezes em que Pirlo fazia uma boa jogada, era ovacionado. Em alguns instantes do jogo, quando a Itália conseguiu ter a posse de bola e trocar vários passes consecutivos, os gritos de olé soaram no Castelão. A Espanha ouvia vaias recorrentes quando adotava seus conhecidos toques laterais e os gritos eram ainda mais enfáticos quando redundavam em recuos para Casillas.

Nessa toada, as duas seleções fizeram um primeiro tempo movimentado, mas protagonizaram um segundo tempo abaixo da capacidade das equipes finalistas da Eurocopa de 2012. Ainda assim, a Espanha mostrou-se fisicamente mais resistente e esteve um pouco melhor. Em compensação, a prorrogação foi repleta de lances emocionantes, com direito a uma bola na trave de Casillas e a uma pressão ibérica nos instantes finais.

“Tivemos alma e determinação. Conseguimos responder a cada uma das ações da Espanha e jogar bem, no meio de campo, com passes curtos e grande lucidez. Isso nos deixa cientes de que podemos obter bons resultados daqui para frente”, afirmou o técnico da Itália, Cesare Prandelli.

 

Primeiro tempo

Os primeiros minutos, como esperado, foram de amplo domínio espanhol. O primeiro chute a gol foi de Pedro, com menos de dois minutos, mas sem muito perigo à meta de Buffon.

A Itália só conseguiu tocar na bola quase aos três minutos. De Rossi conseguiu roubar a bola de Xavi e partiu em velocidade. Na entrada da área, a bola chegou a Emanuele Giaccherini. O número 22 da Itália finalizou mal, longe da meta de Iker Casillas.

Depois disso, o jogo se concentrou no meio de campo, mas com bastante equilíbrio. Iniesta protagonizou uma ótima jogada aos 13. Ele passou por quatro italianos e, no último passe antes de entrar na área, foi bloqueado.

No momento seguinte, a Itália chegou com perigo. Candreva encontrou Christian Maggio pela direita. O cruzamento foi imediato, para finalização de primeira de Alberto Gilardino. Casillas só acompanhou a saída pelo lado direito.

Aos 16, uma grande intervenção de Casillas. Buffon deu um chutão consciente para frente e a bola chegou até a área espanhola. Maggio tentou de cabeça e o goleiro espanhol defendeu.

Dois minutos depois, mais uma grande chance italiana. Pirlo cobrou falta pela direita do ataque e De Rossi desviou com muito perigo para Casillas.

A Espanha só voltou à área italiana aos 25 minutos. Xavi e David Silva tabelaram pelo meio e passaram pela zaga italiana. Chiellini conseguiu dividir antes que Silva pudesse finalizar e a bola sobrou fácil para o goleiro Buffon.

Até os 30 minutos do primeiro tempo, a posse de bola pelo lado da Espanha não se traduzia em jogadas de perigo: 6 x 1 para a Itália em finalizações.

Aos 35, Maggio e Casillas protagonizaram mais um duelo. O ala-direito italiano perdeu mais uma grande chance ao cabecear em cima do goleiro espanhol, após boa jogada de Giaccherini pela esquerda.

A Espanha devolveu o susto logo em seguida. Torres matou a bola dentro da área, consegui fazer o giro em cima de Bonucci e, cara a cara com Buffon, chutou para fora.

Aos 42, uma blitz do ataque italiano. Giaccherini partiu em velocidade pela esquerda, puxou para o centro da área e chutou na zaga. A sobra ficou com De Rossi, que finalizou com força para mais uma intervenção de Casillas. Na saída de bola, Pirlo conseguiu roubar de Sérgio Ramos colocou novamente a bola na área. Só então os espanhóis conseguiram sair do sufoco.

Segundo tempo

A Itália voltou ao jogo com uma modificação: o meia Riccardo Montolivo entrou no lugar de Barzagli. Assim, o treinador Cesare Prandelli abdicou do esquema de três zagueiros.

Os primeiros minutos não renderam muitas emoções. A disputa ficou na intermediária, com a Espanha centralizando o ataque e a Itália tentando jogadas pelos lados, com Giaccherini e Maggio. Aos 6 minutos, o técnico espanhol Vicente del Bosque trocou David Villa por Jesus Navas.

O primeiro lance de perigo foi somente aos 12 minutos. Fernando Torres invadiu a área, pelo lado direito, e tocou para trás. Navas chutou cruzado, para boa defesa de Buffon.

Iniesta, que andava sumido na partida, fez ótima jogada individual e tentou um chute de fora da área, aos 19 minutos. Buffon não teve que interferir e acompanhou a bola saindo. A partir dos 20 minutos, o ritmo da partida caiu. Os jogadores acusaram o cansaço e o calor de Fortaleza.

Aos 27, a Itália teve dois escanteios seguidos. No segundo, Chiellini levou vantagem no jogo aéreo sobre Busquets e cabeceou por cima do gol de Casillas.

No minuto seguinte, Pedro recebeu ótimo lançamento pelo lado esquerdo do ataque espanhol e entrou na quina da grande área. Buffon saiu do gol e diminuiu os espaços para o atacante, que chutou errado.

Aos 39, a Espanha chegou com perigo. O zagueiro Piqué apareceu como elemento surpresa no ataque, mas finalizou mal, após ótima jogada de Torres e Navas pela direita.

O último lance do tempo normal ocorreu nos acréscimos. Xavi cobrou falta pela esquerda, Piqué quase alcançou e Gilardino conseguiu desviar para escanteio. O árbitro Howard Webb apitou o fim de jogo antes da cobrança de escanteio.

Prorrogação

As emoções que faltaram ao segundo tempo sobraram à prorrogação. A Itália começou com uma substituição no ataque: Sebastian Giovinco entrou no lugar de Gilardino. A Espanha partiu com tudo: logo no primeiro tempo, Buffon espalmou uma bola alçada após escanteio e Navas pegou de primeira o rebote. Buffon teve que cair no canto direito para fazer a defesa.

Aos 3 minutos, Maggio e Candreva chegaram à linha de fundo, pelo lado direito do ataque italiano. O cruzamento passou por Giovinco e sobrou para o baixinho Chiaccerini, que soltou a bomba. A bola explodiu na trave direita de Casillas.

Aos 4, o zagueiro Piqué teve nova chance no ataque. Após cruzamento para a área, a bola sobrou limpa para Piqué, que demorou a chutar. Quando finalizou, dois italianos já estavam em cima do lance e a bola desviou em um deles.

Iniesta criou ótima jogada aos 8 minutos e levantou a bola para Jordi Alba. O lateral espanhol pegou de primeira e a bola passou muito perto do gol de Buffon (foto).

Aos 13, Iniesta driblou dois pelo lado direito do ataque e cavou uma falta, após disputa com Pirlo. Xavi cobrou por cima do gol de Buffon.

No segundo tempo da prorrogaçõa, o primeiro grande momento foi da Espanha. Jordi Alba encontrou Juan Mata livre na entrada da área. De frente para Buffon, o espanhol bateu sem a direção esperada.

A Itália segurou a bola no ataque, mas não conseguiu chegar ao gol de Casillas até os 8 minutos. O cansaço era evidente em todos os jogadores que permaneceram o tempo inteiro em campo. O zagueiro Chiellini sentiu cãimbras e, como as três substitiuições italianas já tinham sido feitas, teve que permanecer em campo, mesmo mancando bastante.

O gol quase saiu aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação. Xavi arriscou de longe e, no que parecia uma bola fácil para Buffon, o goleiro italiano falhou e espalmou errado. A bola tocou na trave e saiu para escanteio. Um minuto depois, Buffon se redimiu e defendeu um chute cruzado de Martínez.

No último minuto, a Espanha chegou ao ataque com quatro jogadores contra três defensores, mas a Itália conseguiu segurar o empate e a decisão foi para os pênaltis.

Disputa de pênaltis

A primeira equipe a bater pênalti foi a Itália. Candreva converteu, com direito a “cavadinha”, tirando Casillas do lance. Xavi foi o próximo: bateu forte, goleiro para um lado, bola para o outro. Aquilani foi para a segunda cobrança da Azzurra, chutou no canto direito e também converteu. Iniesta bateu no canto esquerdo de Buffon e empatou novamente a disputa.

De Rossi tomou distância e chutou no ângulo direito de Casillas, com sucesso. O zagueiro Piqué bateu bem, no canto direito, e deixou tudo igual outra vez. A quarta cobrança da Itália foi de Giovinco, rasteira, outra vez do lado direito e Casillas nem se moveu. Sergio Ramos, pela Espanha, também converteu, sem chances para Buffon. O craque italiano Pirlo bateu com categoria e Casillas, mais uma vez, mal se moveu. Juan Mata não deixou por menos e converteu a quinta penalidade.

No início das cobranças alternadas, Montolivo fez o dele. Busquets escolheu o canto esquerdo do goleiro e também acertou o chute. Na sequência, o zagueiro italiano Bonucci isolou a bola, à semelhança da cobrança de Roberto Baggio na final da Copa de 1994. Jesús Navas não desperdiçou e deu a vitória à Espanha.

Espanha 0 (7) x (6) 0 Itália

Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 27 de junho de 2013, quinta-feira
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (Inglaterra)
Cartões amarelos: De Rossi (ITA); Piqué (ESP)
Pênaltis:
Espanha: Xavi, Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos, Mata, Busquets e Navas converteram;
Itália: Candreva, Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Montolivo converteram; Bonucci desperdiçou;

Espanha: Casillas; Arbeloa, Sérgio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e David Silva (Jesus Navas); Pedro (Mata) e Fernando Torres (Javi Martinez).
Técnico:Vicente Del Bosque

Itália: Buffon; Bonucci, Chiellini e Barzagli (Montolivo); Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio (Aquilani), Giaccherini e Candreva; Gilardino (Giovinco).
Técnico: Cesare Prandelli

 

Fonte: 

 

Brasil vence o Uruguai no final do jogo

Em um primeiro tempo de muito combate e poucos lances de emoção seguido de um segundo tempo muito movimentado, o Brasil conseguiu vencer o Uruguai por 2 x 1 no Mineirão, em Belo Horizonte, e garantiu vaga na grande decisão da Copa as Confederações da FIFA Brasil 2013. Fred, no primeiro tempo, e Paulinho, no segundo, marcaram pelo Brasil. Cavani descontou para o Uruguai, que ainda desperdiçou um pênalti com Forlán, na primeira etapa.

Na final, o Brasil enfrentará o vencedor de Espanha x Itália, que se enfrentam nesta quinta-feira (27.06), no Castelão, em Fortaleza. A decisão será às 19h do próximo domingo (30.06), no Maracanã, no Rio de Janeiro. Antes, às 13h, na Fonte Nova, em Salvador, o Uruguai terá pela frente o perdedor da outra semifinal.

“Nós não tivemos uma atuação como nos outros jogos. Só que estamos sempre passando a vocês (jornalistas) e aos torcedores que o nosso time está em formação. O Uruguai já tem uma equipe pronta, que joga há muito tempo junta e que está em melhor situação que nós. É um amadurecimento. Há um pouco de nervosismo da nossa parte que é normal. Brasil x Uruguai é um clássico, há muita rivalidade. Tudo isso fez parte do jogo”, analisou o técnico brasileiro, Luiz Felipe Scolari.

“Os resultados devem ser aceitos. Aceitamos a derrota: poderíamos ter ido para a prorrogação, poderíamos até ter vencido, mas perdemos. Perdemos para um grande time, dono da casa, e é uma pena não termos ido para a final”, disse o treinador do Uruguai, Óscar Tabárez.

Primeiro tempo

O Uruguai começou com muita combatitividade no meio de campo, impedindo que o Brasil armasse as jogadas. Os primeiros minutos foram de disputas intensas no meio, mas sem ataques perigosos.

O primeiro lance de emoção foi contra a meta brasileira. O zagueiro brasileiro David Luiz agarrou pela camisa o capitão uruguaio Diego Lugano e o juiz marcou pênalti, aos 12 minutos. O brasileiro recebeu o cartão amarelo na jogada. Diego Forlán cobrou sem muita força no canto esquerdo e o goleiro brasileiro Júlio César conseguiu fazer uma ótima defesa e evitou o gol.

O primeiro chute a gol do Brasil foi de Oscar, aos 16 minutos. O meia recebeu toque de Neymar na intermediária, avançou e tentou de longe. A bola passou à direita da meta de Muslera.

Aos 21, o Brasil já dominava as ações. No terceiro ataque seguido, o atacante Edinson Cavani segurou Neymar quando o brasileiro se dirigia para a quina da grande área uruguaia. Pela falta, Cavani também recebeu o cartão. A cobrança de falta foi interceptada pelos defensores uruguaios. O escanteio a seguir também foi dominado pela defesa.

Aos 24 minutos, Julio César saiu do gol e interceptou mal. A bola sobrou para o ataque uruguaio, que cabeceou por cima do gol.

O Brasil chegou novamente com perigo aos 17. Hulk partiu pela direita, passou por um marcador e tocou para Oscar, que apenas ajeitou para a finalização de Hulk. O chute saiu muito forte, por cima do gol de Muslera.

A resposta do Uruguai veio dois minutos depois. O lateral-esquerdo Martín Cáceres foi à linha de fundo e cruzou para trás. Forlán, livre, arrematou com perigo e quase acertou o ângulo do gol de Júlio César.

Aos 33 minutos, Marcelo cruzou, mas a bola foi direto para os braços do goleiro Muslera, que segurou com facilidade. Aos 36 minutos, o melhor lance do Brasil até então. Após o rebote da defesa, Hulk tocou para Marcelo pela esquerda, que cruzou para a pequena área. Godín e Fred dividiram a bola dentro da pequena área. O árbitro marcou tiro de meta parao Uruguai, embora a bola tenha resvalado no zagueiro.

Uma entrada mais dura de Luiz Gustavo gerou uma pequena confusão aos 38 minutos. Para evitar o contra-ataque uruguaio, o jogador fez falta violenta perto da meia-lua. Vários jogadores uruguaios correram para cima de Luiz Gustavo. O árbitro afastou a discussão e deu o amarelo ao brasileiro.

A boa visão de jogo de Paulinho rendeu o primeiro gol brasileiro, aos 40 minutos. O volante brasileiro fez ótimo lançamento para Neymar. O atacante, que até então estava apagado na partida, matou no peito já dentro da área e finalizou. Muslera conseguiu fazer defesa parcial e o mineiro Fred, com muito oportunismo, tirou a bola da zaga uruguaia e abriu o placar: 1 x 0 para o Brasil, com muita comemoração nas arquibancadas.

Suárez quase empatou aos 42 minutos. Após cobrança de lateral com força para dentro da área. David Luiz não conseguiu afastar com eficiência e Luis Suárez pegou a sobra e chutou fraco, mas a bola passou muito perto da trave de Júlio César.

Segundo tempo

Mal começou o segundo tempo e o Uruguai conseguiu o empate. Aos 2 minutos, Maxi Pereira avançou pela direita, tabelou com Suárez e, dentro da área, David Luiz rebateu em cima da própria defesa brasileira. O rebote ficou com Thiago Silva, que tentou sair jogar com Marcelo. O lateral-esquedro bobeou e perdeu a bola para Edinson Cavani. O atacante uruguaio não deve dificuldade para chutar de perna esquerda, sem chance para Júlio César.

O Brasil não se abateu e partiu para o ataque. A primeira grande chance foi aos 7 minutos: Muslera dividiu com o ataque brasileiro e Oscar, que ficou com a sobra, tentou encobrir o goleiro. Lugano conseguiu atrapalhar a finalização e o lance acabou resultando em escanteio para o Brasil.

Aos 11, Hulk cobrou uma falta de longe. O chute saiu com muita velocidade e dificultou a defesa de Muslera.

Pouco depois, Oscar foi à linha de fundo pela esquerda e cruzou alto demais para Fred, que apenas resvalou. Hulk tentou emendar de bicicleta, mas passou muito longe do gol. Foi o último lance de Hulk na partida. Aos 18, o técnico Luiz Felipe Scolari promoveu a primeira substituição: saiu Hulk e entrou Bernard.

Forlán cobrou muito bem uma falta. Suárez e Thiago Silva subiram e quase o zagueiro brasileiro marca um gol contra, aos 20 minutos.

Após a cobrança de escanteio, a Seleção Brasileira emendou um rápido contra-ataque. Marcelo e Neymar trocaram passes velozes no meio até a bola chegar a Bernard pelo lado direito. O cruzamento caiu no pé direito de Fred, que não acertou bom chute.

Aos 23, mais um ótimo lance de ataque com particpiação de Neymar e Bernard. O jovem atacante revelado pelo Atlético-MG dividiu com Arévalo, ficou com a bola e achou Oscar pelo lado esquerdo da área. Com um toque de calcanhar, Oscar encontrou Neymar. A finalização saiu fraca e Muslera defendeu.

A segunda modificação de Scolari aconteceu aos 26 minutos. Oscar deixou o campo para a entrada de Hernanes.

Brasil 2 x 1 Uruguai

Data: Quarta-feira, 26 de junho de 2013
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Público: 57.483
Cartões Amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo  (Brasil);  Cavani, Gonzalez (Uruguai)
Gols: Fred (Brasil), aos 41min do 1º tempo; Cavani (Uruguai), aos 3min, Paulinho (Brasil), aos 41min do 2º tempo

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago SIlva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Neymar (Dante), Fred e Hulk (Bernard)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Uruguai: Muslera; Pereira, Lugano, Godin e Caceres; Gonzalez (Gargano), Arevalo e Cristian Rodríguez; Forlán, Cavani e Suárez
Técnico: Óscar Tabárez

 

Fonte: 

 

Uruguai faz 8 x 0 no Taiti

O Uruguai conseguiu a segunda maior goleada da história da Copa das Confederações ao fazer 8 x 0 sobre o Taiti, neste domingo, na Arena Pernambuco, em Recife (PE). Mas ao final da partida, quem fez a festa foram os taitianos, que se despediram da torcida brasileira sob muitos aplausos.

Apoiados pelas arquibancadas desde o primeiro jogo, os jogadores e a comissão técnica da equipe da Oceania fizeram questão de retribuir o carinho. Com bandeiras brasileiras e uma faixa em que se lia “Obrigado Brasil!”, eles se dirigiram aos torcedores e foram muito festejados pelo público de 22.047 pessoas.

Os uruguaios, por sua vez, festejaram a classificação para as semifinais do torneio. “O importante é vencer. E conseguimos garantir a vaga”, disse o atacante Abel Hernández, que marcou quatro gols e foi eleito pela FIFA o homem do jogo.

O Uruguai agora vai enfrentar o Brasil, na próxima quarta-feira (26.06), às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte. Quem passar fará a final contra o vencedor de Espanha e Itália, que fazem a outra semifinal em Fortaleza, na quinta-feira (27.06).

Primeiro tempo

Para a partida deste domingo, o técnico Eddy Etaeta, do Taiti, optou por mandar a campo um time misto. O Uruguai, por sua vez, entrou com uma equipe reserva. Mesmo assim, o time sul-americano não encontrou dificuldades.

O primeiro gol veio com 1 minuto de bola rolando. Após cobrança de escanteio de Lodeiro, Scotti desviou para trás e Abel Hernández cabeceou para as redes. Foi o gol mais rápido até agora da Copa das Confederações. O segundo gol, no entanto, demorou 21 minutos para sair. O Taiti conseguiu se organizar um pouco em campo e o Uruguai teve dificuldades para criar jogadas. Mas aos 22 minutos, Abel Hernández recebeu lançamento, deu um chapéu no zagueiro e completou para as redes sem deixar a bola cair.

O Uruguai chegou ao terceiro cinco minutos depois. Após cruzamento de Gargano da esquerda, Diego Pérez cabeceou. A bola ainda bateu na trave e voltou para ele, que só completou a gol.

O Taiti só conseguiu ir ao ataque após os 30 minutos de jogo. Em boa chance, a bola sobrou para Varihua após bate-rebate na entrada da área. Mas ele chutou fraco e o goleiro defende com facilidade. Nos lances seguintes, Chong-Hue criou duas boas oportunidades. Na primeira, ele avançou pela esquerda e tocou para Varihua, que chutou para fora. Depois, Chong-Hue chegou a driblar um defensor uruguaio, mas acabou saindo com bola e tudo na hora de concluir.

Os uruguaios ainda tiveram tempo de fazer mais um antes do intervalo. Após boa troca de passes no ataque, Gargano lançou para Abel Hernández, que entrou na área e tocou na saída do goleiro. Foi o terceiro gol dele na partida e o quarto do Uruguai, que vai se classificando em segundo do Grupo B e com isso enfrenta o Brasil na semifinai de quarta-feira (26.06), em Belo Horizonte.

Segundo tempo
Na etapa final do confronto, Vallar derrubou Aguirregaray dentro da área logo aos três minutos. O árbitro marcou pênalti, mas na cobrança, Scotti bateu mal e Meriel defendeu, para delírio da torcida em Recife.

Dois minutos depois, mais comemoração nas arquibancadas: Chong-Hue tentou driblar Scotti, que fez a falta, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o Uruguai com um jogador a menos. Na cobrança, Varihua mandou na barreira. A superioridade numérica dos taitianos, no entanto, durou pouco. Aos 14, Ludivion derrubou Pérez e também levou o segundo cartão amarelo. Mesmo expulso, ele foi ovacionado pela torcida pernambucana ao deixar o gramado.

O Uruguai ampliou o placar aos 15. Gargano abriu pela esquerda, avançou pela área e bateu para o meio. Lodeiro, meia do Botafogo, apenas desviou para a rede. Cinco minutos depois, Aguirregaray tentou entrar na área pela direita e foi derrubado por Chong-Hue. O árbitro assinalou mais um pênalti para o Uruguai. Dessa vez, Abel Hernández cobrou bem e fez o quarto dele no jogo.

Os uruguaios diminuíram bastante o ritmo e o Taiti não conseguia assustar. Mesmo assim, as redes balançaram mais duas vezes. Aos 36, Suárez, que tinha entrado no lugar de Gastón Ramírez, avançou, driblou Caroine duas vezes e chutou de esquerda para fazer o sétimo do Uruguai. O próprio camisa 9 da equipe celeste fechou o placar. Aos 44, Abel Hernández tocou para Suárez na entrada da área. Ele cortou e chutou cruzado: 8 x 0 Uruguai. O placar só não foi mais elástico que os 10 x 0 da Espanha sobre o próprio Taiti, na segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações.

Uruguai 8 x 0 Taiti

Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Data: 23 de junho de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (Portugal)
Assistentes: Bertino Miranda e José Trigo (ambos de Portugal)
Cartões amarelos: Gargano (Uruguai); Vallar e Chong-Hue (Taiti)
Cartões vermelhos:Scotti (Uruguai); Ludivion (Taiti)
Gols:  Abel Hernández, a um, 23 e 45, e Diego Pérez, aos 27 minutos do 1º tempo; Lodeiro, aos 15, Abel Hernández (pênalti), aos 22, e Luis Suárez, aos 36 e aos 44 minutos do 2ºtempo

URUGUAI: Martin Silva; Aguirregaray, Coates e Scotti; Eguren, Gargano, Diego Pérez, Lodeiro, Gaston Ramírez (Luis Suárez) e Álvaro Pereira; Abel Hernández
Técnico: Óscar Tabárez

TAITI: Meriel; Simon, Jonathan Tehau, Vallar, Ludivion e Aitamai (Lemaire); Caroine, Hnanyine (Tihoni), Vahirua e Chong-Hue; Lorenzo Tehau (Atani)
Técnico: Eddy Etaeta
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Espanha vence a Nigéria por 3 x 0 e disputa a semifinal contra a Itália

Deu a lógica: A Espanha venceu a Nigéria por 3 x0 na tarde deste domingo (23.06) na Arena Castelão, em Fortaleza, e se classificou em primeiro no Grupo B da Copa das Confederações, com três vitórias. Os gols foram marcados por Jordi Alba, aos três minutos do primeiro tempo e aos 43 do segundo em belas jogadas individuais, e por Fernando Torres, de cabeça, aos 17 da etapa final.

Com o resultado, a Nigéria encerrou a participação na Copa das Confederações, mas o jogo não foi fácil como muita gente esperava. Os nigerianos foram corajosos e enfrentaram bem a campeã do mundo, só que a jovem equipe pecou por ansiedade e dificuldade de finalização.

“Tivemos problemas com a umidade, com o calor, mas somos uma equipe muito técnica, o que nos ajuda a superar isso e nos permite economizar energia. Sabíamos que seria um jogo muito dinâmico, eles jogam de forma alegre e iriam buscar a vitória todo custo”, observou o técnico espanhol, Vicente del Bosque. Acompanharam a partida 51.263 pessoas.

A Espanha, classificada em primeiro lugar do Grupo B, fará a reedição da final da Eurocopa de 2012 contra a Itália na semifinal a ser disputada na mesma Arena Castelão em 27 de junho.

Jordi Alba, autor de dois gols e eleito o melhor em campo, também disse que o calor foi um desafio, mas ponderou que o problema existiu para as duas equipes e que não pode ser uma desculpa. “De qualquer forma, fizemos três, e é a primeira vez que marco dois gols. Classificamos e agora vamos enfrentar a Itália, em uma partida diferente da final da Eurocopa. Eles querem a revanche, mas nós vamos tentar chegar à final”, disse.

Um dia antes, em 26 de junho, o Brasil, líder do grupo A, medirá forças com o Uruguai – segundo lugar do grupo B – no Mineirão, em Belo Horizonte.

Com alguns segundos de jogo, Iniesta fez bela jogada individual pela esquerda, avançou para a área, driblou a zaga e chutou, mas Enyema defendeu. Logo depois, aos três minutos, saiu o primeiro gol. Após a usual troca de passes no meio-campo, o lateral esquerdo Jordi Alba recebeu a bola de Iniesta, partiu em velocidade, driblou vários jogadores, invadiu a área e fez belo gol.

Aos 10 minutos, a Nigéria teve a primeira boa chance no jogo. Obi Mikel tabelou com Akpala, recebeu livre na área e tentou o gol, mas Sergio Ramos desviou o chute do camisa 10 nigeriano.

Diferente de outras partidas, a Espanha deixou o adversário jogar mais, e a posse de bola da Fúria chegou a ficar perto de 50%, número bem inferior à média da equipe.

Aos 20 minutos, Mba recebeu passe de Ideye e chutou forte, mas Valdés defendeu. Outra oportunidade veio na sequência em cobrança de falta. Mikel lançou a bola na área e o goleiro espanhol afastou a bola. A torcida cearense aplaudiu.

A Espanha voltou a levar perigo aos 25, quando Sergio Ramos lançou a bola para Soldado que estava livre, mas o atacante chutou em cima do goleiro Enyeama.
Mais uma chance para Nigéria aos 28. Ambrose cruzou para a área, Akpala cabeceou e obrigou novamente Valdés a trabalhar.

A resposta da Espanha veio com Soldado. Mais uma vez, ele recebeu belo passe e, pela esquerda, partiu em velocidade e chutou a gol, para outra defesa de Enyema.

No final do primeiro tempo, aos 38, Soldado cruzou para área e Fábregas chutou na trave e, na sequência, o goleiro nigeriano segurou a bola.

A Nigéria perdeu a chance empatar aos 40 minutos, após bom cruzamento de Akpala para a pequena área: Ideye chutou fraco, sem oferecer perigo de Valdés.

No último lance do jogo, Xavi cobrou falta na área e Sérgio Ramos cabeceou bem, mas Enyema faz mais uma defesa e impediu que a Espanha ampliasse o placar

Segundo tempo

O ritmo acelerado do primeiro tempo deu espaço a um começo lento na etapa final. E quem teve a primeira boa chance foi a Nigéria, aos 5 minutos. Musa partiu em velocidade pela direita, fez belo cruzamento, mas Ideye, na pequena área, não conseguiu dominar.

Logo depois, em cobrança de falta, Xavi chutou direto para o gol e a bola passou por cima, chegando a bater na rede.

Erros de passe pouco comuns também começaram a se repetir. O técnico Del Bosque mudou a equipe, tirou Fábregas e colocou David Silva. E acertou ao colocar Fernando Torres no lugar de Soldado: em um dos primeiros lances em campo, o atacante aumentou o placar aos 17 minutos, com gol de cabeça após cruzamento de Pedro na medida.

Depois do segundo gol, a Nigéria sentiu. A Espanha teve várias chances em sequência. David Silva recebeu, aos 20 minutos, aquele tipo de lançamento açucarado de Iniesta, mas pegou mal na bola e não aproveitou.

Logo depois, Fernando Torres recebeu a bola, matou no peito e isolou. O árbitro entendeu que houve desvio da zaga e deu escanteio.

Aos 29 minutos, a melhor chance da Nigéria na etapa final foi desperdiçada mais uma vez pela dificuldade de finalização. Na velocidade do contra-ataque, Muhammad – que havia acabado de entrar – recebeu livre e perdeu o gol frente a frente com o goleiro espanhol.

A Espanha chegou próximo da área mais algumas vezes sem muito perigo. Do outro lado, Mikel tentou de fora da área aos 37 e não deu trabalho para Valdés. Em mais uma tentativa, logo depois, Musa chutou longe do gol.

Já no fim do jogo, David Villa – que substituiu Pedro – tinha Fernando Torres livre pela esquerda, mas preferiu dominar e tentar o chute, que não ofereceu perigo.

Jordi Alba, aos 43, deixou mais um gol na história da parida. Ele recebeu belo lançamento de Sérgio Ramos em seu próprio campo, avançou, driblou o goleiro e garantiu a vitória da Espanha e o título de melhor em campo.

A posse de bola, ao final do jogo, ficou assim: 58% da Espanha e 42% para a Nigéria, mostrando bem o que foi a partida.

David Villa teve mais uma chance no último minuto, mas o chute parou nas mãos de Enyema. Mesmo derrotada, a Nigéria foi aplaudida pelo público, que também deixou um recado: “Espanha pode esperar, a sua hora vai chegar”. O canto dos torcedores faz alusão a uma possível final da Fúria contra o Brasil na Copa das Confederações.

 

Nigéria 0 x 3 Espanha

Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 23 de junho de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador)
Assistentes: William Torres e Juan Zumba (ambos de El Salvador)
GOLS: Jordi Alba, aos 3 minutos do 1º tempo e aos 43 minutos do 2º tempo. Fernando Torres, aos 16 minutos do 2º tempo.

NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Oboabona, Omeruo (Egwuekwe) e Echiejile; Mba (Ogu), Ogude e Mikel; Ideye, Akpala (Gambo) e Musa
Técnico: Stephen Keshi

ESPANHA: Valdes; Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Iniesta, Xavi e Fábregas (David Silva); Pedro (David Villa) e Soldado (Fernando Torres)
Técnico: Vicente del Bosque

 

Fonte: 

 

 

México derrota o Japão no Mineirão

O México venceu o Japão por 2 x 1 na tarde deste sábado (22.6) no Mineirão, em Belo Horizonte, em jogo válido pela terceira e última rodada da fase de grupos da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013. Com o resultado, o México terminou o torneio com três pontos, em terceiro lugar do Grupo A, atrás de Brasil e Itália. O Japão perdeu as três partidas.

Considerando que as duas equipes já estavam eliminadas e o clássico Brasil x Itália estava sendo realizado no mesmo horário, o público presente ao estádio foi considerado muito bom: 52.690 pessoas.

Os gols mexicanos foram marcados por Javier Hernandez e o do Japão foi de Okazaki. Hernandez ainda perdeu um pênalti, aos 47 minutos do segundo tempo.

Primeiro tempo

O primeiro lance de perigo foi do lado japonês. Após boa jogada, Shinji Kagawa recebeu na área, mas chutou faceo. O goleiro mexicano Ochoa conseguiu colocar para escanteio. Bem postado em campo, o Japão trocava mais passes e dominou o início do jogo.

Aos 8 minutos, Endo chotou forte de for a da área e a chegou a entrar, mas o árbitro assinalou impedimento de Okazaki, que desviou a trajetória da bola.
O primeiro lance de ataque mexicano aconteceu somente aos 11 minutos. Guardado pegou de primeira após rebatida da zaga japonesa, mas mandou longe para o gol de Kawashima.

A partir de 20 minutos, o ritmo do jogo caiu muito e ficou muito truncado no meio de campo. Aos 25, Honda arriscou de fora da área, mas Ochoa caiu e fez uma boa defesa.

Aos 37 minutos, outro lance no ataque japonês. Honda tentou de voleio após um cruzamento, mas furou feio, de frente para o gol. Aos 39, o México conseguiu seu lance mas perigoso até então. Jorge Torres cruzou pela esquerda e Guardado cabeceou sozinho. A bola explodiu na trave.

No último minuto do lance do primeiro tempo, Zavala arriscou de longe e Kawashima espalmou para fora, de maneira esquisita.

Segundo tempo

Se a etapa inicial ficou devendo em emoções, o mesmo não se pode dizer do segundo tempo: três gols e um pênalti desperdiçado.

O primeiro momento de perigo já mostrou que o México havia voltado mais organizado. Javier Hernandez encontrou Giovani dos Santos pela direita. Ele cortou o marcador e chutou com perigo. A zaga japonesa conseguiu desviar. No escanteio, Hernandez cabeceou com muito perigo, para ótima defesa de Kawashima.

A pressão resultou em gol aos 8 minutos. Guardado cruzou da esquerda e Hernandez apareceu por trás da defesa para cabecear e marcar o primeiro.

Aos 14, mais uma ótima chance para o México. Giovani dos Santos tentou cruzar para a área, a bola bateu no zagueiro e voltou para o próprio Giovani, que chutou na trave.

O Japão respondeu rápido. No ataque seguinte, Kagawa lançou Maeda pela direita. Ele dominou e finalizou, mas acertou a rede pelo lado de fora.

Aos 21, Hernandez se consolidou como o principal personagem do jogo. Giovani cobrou escanteio, Mier desviou e a bola sobrou mais uma vez para o artilheiro mexicano, que só teve o trabalho de cabecear para a rede. Foi o segundo gol de Hernandez na partida.

O Japão voltou a apertar o jogo a partir dos 30 minutos. Konno avançou pela esquerda e cruzou com perigo. A zaga mexicana evitou que a bola chegasse aos atacantes que estavam prestes a marcar.

Aos 40, Kagawa comandou uma jogada pela direita e encontrou Endo. O cruzamento foi no centro da pequena área. Okazaki bateu firme e Ochoa ainda chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o gol japonês: 2 x 1. A partir daí, o Japão partiu com tudo para o ataque.

Aproveitando-se do avanço dos japoneses, o ataque mexicano conseguiu um pênalti a seu favor. Hernandez recebeu lançamento e foi derrubado por Uchida dentro da área. O próprio Hernandez bateu. Kawashima conseguiu defender e, no rebote, Hernandez soltou uma bomba e acertou o travessão.

O Japão seguiu novamente para o ataque, mas não conseguiu chegar ao empate.

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Brasil goleia a Itália

Em uma partida digna de um clássico entre os maiores campeões mundiais, o Brasil venceu a Itália por 4 x 2, neste sábado (22.06), em Salvador. Com a vitória na Arena Fonte Nova, a Seleção Brasileira termina na primeira colocação do Grupo A com 100% de aproveitamento e jogará a semifinal na próxima quarta-feira (26.06), no Mineirão. O adversário será o segundo colocado na outra chave, que será conhecido amanhã, após a última rodada do Grupo B.

O Brasil começou a partida de forma intensa, tentando furar o bloqueio da defesa italiana. Inspiração para esse ímpeto a Seleção tinha: assim como em Fortaleza, o hino foi além muito além dos 90 segundos da FIFA e as quase 50 mil vozes fizeram, mais uma vez, os jogadores se arrepiarem. “Até aqui as coisas deram muito certo e ficamos felizes com o apoio da torcida, que nos ajuda a entrar mais ligados em campo”, comentou Neymar.

No entanto, depois dos 15 minutos o jogo ficou “morno”. “Conseguimos manter o ritmo acelerado que começamos todos os jogos no máximo 15, 20 minutos e até por uma questão de estratégia contra equipes que se fecham e jogam com nove atrás, recuamos um pouco para trazer o adversário e abrir espaços”, analisou Luiz Felipe Scolari. O que se viu em seguida foram muitas disputas duras, que resultaram em três substituições de atletas que saíram machucados e quatro cartões amarelos.

O primeiro a ser substituído foi o italiano Montolivo, que levou uma bolada na cabeça resultando em um traumatismo craniano, explicou o médico italiano Enrico Castellacci. Uma ressonância magnética neste domingo (23.06) vai revelar a gravidade. Para o lateral direito Abate, a falta que sofreu de Neymar resultou em fim da linha: a luxação no ombro direito o tirou da Copa das Confederações. O terceiro substituído foi o brasileiro David Luiz.

“Enquanto eu tiver força e aguentar as dores para estar dentro de campo eu fico, mas hoje eu não aguentei, e poderia agravar uma lesão maior. E Dante fez um excelente jogo”, disse o zagueiro que estará pronto para a semifinal, garantiu o médico da Seleção, José Luiz Runco. David Luiz deu lugar ao responsável pela grande emoção do primeiro tempo. No último minuto, Dante aproveitou rebote de Buffon para abrir a contagem. Cenário melhor não tinha: a Fonte Nova da sua cidade-natal, Salvador, diante dos conterrâneos que o aplaudiram como herói.

“É o dia mais feliz da minha vida: voltando a jogar na Bahia depois de 10 anos fora e fazer o gol! É um sonho que se tornou verdade. Senti o calor do povo baiano e isso fez a diferença”,contou ao fim do jogo. Mas a alegria de Dante só foi total porque o placar que ele abriu foi ampliado no segundo tempo, mas não sem dificuldades.
Emoção

As duas seleções voltaram diferente para a etapa complementar, quando movimentaram bastante o jogo. Logo aos cinco minutos, em um rápido contra ataque, Giaccherini empatou o placar. Só que os italianos nem puderam comemorar muito. Três minutos depois, o Brasil voltou a ficar na frente, em bela cobrança de falta de Neymar. Quando Thiago Silva viu a oportunidade, ele já sabia que o atacante brasileiro iria executar o chute de forma perfeita.

“Eu, ontem, quando vi o Neymar batendo falta… até me arrepio! O Felipão pediu para ele não fazer cobranças no treino em função de a gente ter jogado dois dias atrás e ele estar cansado. Mas ele ficou naquela “eu vou treinar, eu vou fazer” mesmo com o cansaço. Ele mostrou qualidade e personalidade. Na hora da falta, eu sabia que ele ia fazer o gol”, contou o capitão da equipe.

O faro de artilheiro de Fred fez a diferença daí em diante. O camisa 9 ampliou para a Seleção Brasileira. A Itália diminuiu na sequência, em lance controverso, em que a arbitragem anotou pênalti de Luiz Gustavo em Balotelli, mas deu vantagem para o ataque da “Azzurra” e Chiellini aproveitou para empurrar para as redes aos 25 minutos. O lance fez a defesa brasileira parar.

“O juiz apitou, todo mundo parou, a gente não entendeu o que ele tinha marcado, a gente não entendeu nada, achamos que o jogo estava parado. O juiz se complicou naquele lance e em váriso outros, mas o mais importante é que a gente manteve a tranquilidade”, explicou Dante.

Quando a Itália passou a dominar as ações, inclusive acertando uma bola no travessão, Fred mostrou o oportunismo de sempre, para dar a vitória ao Brasil e fazer a alegria dos 48.874 torcedores presentes na Fonte Nova. Na saída de campo, o artilheiro admitiu que estava incomodado com o jejum de gols. “Eu quero agradecer ao pessoal da fisioterapia, que pegou firme comigo. Eles me deixaram 100%. Eu estava incomodado com esse jejum. Deu tudo certo com a vitória e com os gols. Quanto mais decisivo o jogo, melhor”.

O atacante também comentou o apoio que recebeu da comissão técnica. “No momento em que você está um pouco pra baixo, você vê um Felipão, um Parreira que vão e te colocam pra cima. A confiança que tiveram em mim foi grande e os gols finalmente saíram”, completou.

Para quem queria emoção, raça e gols, o jogo foi muito bem servido. Os aplausos da torcida ao fim da partida traduziram isso. Neymar saiu no segundo tempo para dar lugar a Bernard, mas foi escolhido o melhor jogador da partida pela FIFA, pela terceira vez em três jogos do Brasil na Copa das Confederações. Desta forma, ele já tem garantida a presença na eleição para melhor jogador do torneio.

 

Primeira etapa

O Brasil deu a saída de bola e já foi para cima da Itália. Antes do primeiro minuto de jogo, Montolivo errou o passe e entregou para Fred. O atacante brasileiro tentou passar para Neymar, que foi travado. Na sequência, o Brasil seguiu atacando e Hulk recebeu livre na esquerda e de dentro da área bateu para difícil defesa de Buffon, no chão. No rebote a zaga afastou para escanteio.

Após a cobrança do escanteio, Oscar arriscou de fora, a bola desvio na defesa italiana e saiu pela linha de fundo.

Aos 10 minutos, David Luiz divide com Candreva e sai de campo para ser atendido. O zagueiro brasileiro sentiria a contusão até ser substituído por Dante, aos 32 minutos.

Com 15 minutos de partida o Brasil tinha 63% de posse de bola, quando a Itália chegou pela primeira vez. Hulk perdeu a bola na esquerda, perto à linha de fundo, Marchisio roubou a bola e cruzou para Balotelli que chutou para fora.

Depois disso, o jogo ficou muito pegado, com faltas duras. Três atletas saíram contundidos. Antes de David Luiz, Montolivo, aos 24 minutos e Abate, aos 27, deixaram o campo, para as entradas de Giaccherini e Maggio.

O Brasil só conseguiu achar o gol no último minuto. Hulk cobrou falta da esquerda, Fred subiu mais que a zaga para bonita defesa de Buffon. No rebote, Dante marcou de pé esquerdo.

Resultado de tantas faltas: Neymar, Luiz Gustavo e David Luiz, pelo Brasil, e Marchisio, pela Itália levaram amarelo.

Segundo tempo

A Itália voltou para etapa complementar disposta a reverter o placar desfavorável e conseguiu o empate com cinco minutos. Após tiro de meta de Buffon, a bola é disputada de cabeça no meio e sobra para Balotelli, que mesmo puxdo por Dante, consegue fazer grande toque de calcanhar para Giaccherini, que entra nas costas da defesa, pelo lado esquerdo brasileio e livre na area, bate forte, no canto de Julio Cesar.

Os italianos não tiveram muito tempo para comemorar. Três minutos depois, Neymar é derrubado na entrada da área, após receber de Marcelo em velocidade. Na cobrança, o camisa 10 bate com categoria, no ângulo esquerdo de Buffon.

Aos 16 minutos, Balotelli bateu com força, de longe para boa defesa de Julio Cesar, que espalmou para fora.

Quando os italianos se esforçavam em busca do empate, o faro de goleador de Fred foi responsável por jogar um balde de água fria nos ânimos dos europeus. Aos 21 minutos, Marcelo lançou Fred, que dominou na entrada da área e ganhou no corpo de Chielini, para bater forte no canto superior direito de Buffon.

Com a vantagem, Felipão resolveu mudar no time e promoveu a estreia de Bernard, que substituiu Neymar aos 23 minutos.

No entanto, a Itália, dois minutos depois, mostrou a força de sempre e no lance mais polêmico do jogo. Após cobrança de escanteio da Itália a defesa brasileira fura, Balotelli briga pela bola com Luiz Gustavo e sofre pênalti. O juiz apita e aponta para a marca da penalidade máxima, mas a bola sobra para Aquilani que toca para Chielini que bate no canto esquerdo de Julio Cesar, entre a trave e o defensor brasileiro. Os atletas do Brasil reclamaram muito após o gol, mas o árbitro uzbeque deu a vantagem e confirmou o gol italiano.

Daí em diante, a Itália pressionou mais o Brasil. Felipão pôs o volante Fernando no lugar do atacante Hulk. Aos 34 minutos, Maggio ainda cabeceou, livre na área, no travessão do goleiro do Brasil.

Novamente, o alívio brasileiro veio apenas no final, aos 43 minutos a bola sobra rebatida para Bernard na esquerda, o meia entrou na área e rolou a bola para Marcelo. O lateral bate livre da entrada da área paraa defesa de Buffon, no rebote, mais uma vez o oportunismo e o bom posicionamento de Fred apareceu e o camisa 9 mandou para as redes no rebote, dando números finais ao placar.

Uruguai bate a Nigéria em Salvador

O Uruguai conseguiu uma importante vitória sobre a Nigéria na noite desta quinta-feira (20.06), na Arena Fonte Nova, em Salvador. A partida foi válida pela segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações. Sob os olhos de 26.769 torcedores, os gols uruguaios foram marcados por dois Diegos: Lugano e Forlán – o segundo, aliás, comemorou sua centésima participação na Celeste e voltou a ser o maior artilheiro de seu país na história da seleção. Obi Mikel diminuiu para os nigerianos.

Mesmo com a derrota, a Nigéria se mantém em segundo lugar no Grupo B, pois tem saldo de gols melhor que os uruguaios. As duas equipes têm três pontos, mas os nigerianos aplicaram uma goleada de 6 x 1 sobre o Taiti e possuem quatro gols de saldo contra zero dos uruguaios. A Espanha lidera o grupo, com seis pontos e saldo de 11 gols. O Taiti, que sofreu duas goleadas, já está eliminado.

A próxima partida do Uruguai será contra o Taiti, no domingo (23.06), na Arena Pernambuco, em Recife. No Castelão, em Fortaleza, a Nigéria terá pela frente a Espanha, atual campeão mundial e europeia e líder do grupo. Os jogos serão simultâneos, às 16h.

Primeiro tempo

O Uruguai começou com ímpeto de ir ao ataque rapidamente. Com um minuto de jogo, Diego Forlán cobrou falta para a área e, no rebote da zaga, Rodríguez chutou muito forte e a bola passou um pouco acima da meta defendida por Vincent Enyeama.

O primeiro chute a gol da Nigéria só ocorreu aos 10 minutos, depois de um começo um pouco confuso no meio de campo. Ahmed Musa recebeu livre perto da área e chutou forte, mas saiu pelo lado esquerdo.

Logo em seguida, aos 12, Ideye recebeu um toque e lado após cobrança de falta frontal e arrematou com muita força. O goleiro Muslera não conseguiu segurar na primeira tentativa e quase a falha quase falha do uruguaio resultou em gol nigeriano.

Após boa tabela pelo lado esquerdo do ataque, Musa cruza no rumo da pequena área. Muslera ameaçou interceptar, mas ficou no meio do caminho. Se o zagueiro Martín Cáceres não tivesse interceptado, o ataque da Nigéria conseguiria abrir o placar.

O primeiro gol da partida saiu aos 18 anos. Após cobrança de escanteio de Forlán, os nigerianos conseguiram afastar parcialmente e a bola voltou novamente para o meia-atacante uruguaio, que centrou forte. Cavani tentou completar de letra e furou, tirando um zagueiro do lance. Lugano, bem posicionado dentro da pequena área, só empurrou a bola para a rede.

O Uruguai quase ampliou aos 26. Suárez conseguiu boa jogada pela esquerda, tocou para Forlán dentro da área. Na hora de finalizar, Omeruo conseguiu chegar a tempo de evitar.

Desde o início do jogo, os torcedores baianos apoiam em massa a Nigéria. E o momento de maior comemoração do primeiro tempo surgiu aos 36 minutos. Ideye deixou Obi Mikel frente a frente com Lugano. Com um balanço de corpo, o camisa 10 da Nigéria tirou o zagueiro Lugano da jogada e finalizou no ângulo de Muslera. Muita vibração nas arquibancadas da Fonte Nova.

O gol acendeu os Nigerianos. A zaga uruguaia saiu jogando errado e Musa arrancou rumo ao campo de ataque até a entrada da área. Na hora de finalizar, acabou errando o movimento e a bola saiu longe do gol de Muslera.

Aos 42, a chance foi do Uruguai. Forlán encontrou González live na intermediária. O uruguaio não se fez de rogado: chutou de longe mesmo e levou perigo ao gol de Enyeama.

Pouco antes do término do primeiro tempo, o técnico nigeriano Stephen Keshi foi obrigado a fazer a primeira substituição. O atacante Nnmandi Oduamadi teve deixou o gramado mancando. Michael Babatunde, de apenas 20 anos, entrou em seu lugar.

O último lance de perigo no primeiro tempo foi após um escanteio cobrado pelo lado esquerdo do ataque da Nigéria. Quatro jogadores subiram ao mesmo tempo e se chocaram no ar. A bola quase encobriu Muslera, que teve que se esticar para desviar para novo escanteio.

Segundo tempo

Mais uma vez o Uruguai foi para cima logo no início. Aos 5 minutos, uma rápida triangulação do ataque deixou os sul-americanos novamente na frente do placar. Suárez arrancou pela direita, encontrou Cavani pelo meio e, com apenas um toque, a bola chegou aos dentro da área, para a finalização de primeira de Diego Forlán. Enyeam nada conseguiu fazer.

Com o gol, Forlán, que completa a sua 100a partida com a camisa da Celeste, voltou a ser o maior artilheiro da história da seleção uruguaia, com 34 gols – um a mais que seu atual companheiro no ataque, Luis Suárez.

Com o silêncio da maior parte da torcida no momento do gol, foi a primeira oportunidade de se ouvir o grito dos apoiadores do Uruguai. Poucos segundos depois, o apoio à Nigéria voltou, com o nome do país sendo gritado em coro.

Aos 16, um lance de habilidade do ataque nigeriano. Musa resvalou de cabeça e a bola chegou ao peito e Ideye, que emendou uma bela bicicleta na meia-lua da área uruguaia. Muslera só acompanhou a saída pela linha de fundo.

Aos 24 e aos 25 dois lances de perigo, um para cada lado. Forlán fez ótimo lançamento para Cavani, que estava em posição legal. O atacante correu sozinho, entrou na área e isolou a bola. Em seguida, o laderal-direito Efe Ambrose cruzou para o centro da área e, na dividida com Ideye, o uruguaio Maxi Pereira quase fez contra.

Aos 30, mais um lance de Forlán e Cavani. O meia-atacante do Internacional cobrou falta na cabeça de Cavani, que desperdiçou outra boa oportunidade.

A partir daí, a Nigéria partiu com tudo para o ataque. Os uruguaios recuaram e começaram a fazer mais faltas. Lugano recebeu o cartão amarelo aos 33 minutos por falta sem bola e desfalcará o time na partida contra o Taiti.

O técnico Óscar Tabárez fez sua primeira substituição aos 36 minutos. Tirou Luis Suárez, que saiu vaiado, para a entrada de Coates. Aos 42, mais uma substituição: Álvaro Pereira entra no lugar de Cristian Rodríguez.

Nos minutos finais, a pressão da Nigéria não surtiu efeito e os jogadores da Celeste conseguiram segurar a vitória até os 50 minutos de jogo.

Espanha massacra o Taiti

Quatro minutos. Foi o tempo necessário para que o abismo técnico entre Taiti e Espanha ficasse evidente também no placar do Maracanã. Não adiantou o apoio uníssono dos 71.866 torcedores nem a correria imposta pelos taitianos nos instantes iniciais. O atacante Fernando Torres recebeu a bola livre, na esquerda do ataque, avançou para dentro da área, fingiu que cruzaria e bateu para o gol. O goleiro Mikael Roche, que esperava a bola alçada, saiu antes do que devia e ficou vendido no lance: 1 x 0.

Com isso, estava aberta a porteira para a histórica goleada de 10 x 0, que marca a abertura da segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações. O resultado leva os espanhóis a seis pontos em dois jogos. Ainda nesta quinta, pela mesma chave, Nigéria e Uruguai medem forças em Salvador, na Fonte Nova, a partir das 19h.

O primeiro do Grupo B enfrentará o segundo do Grupo A na semifinal marcada para Fortaleza. A decisão do Grupo A sairá no sábado, na partida entre Brasil x Itália. As duas equipes somam seis pontos, mas o Brasil leva a melhor no saldo de gols. Por isso, a equipe de Luiz Felipe Scolari precisa de um empate para evitar encarar a Espanha, provável líder do Grupo B, na semifinal.

Ainda desnorteado com o resultado e com a força que vinha das arquibancadas, o técnico Eddy Etaeta só lamentou a desorganização de sua equipe. “É difícil, complicado. Muito embora esperássemos dificuldades contra a Espanha, queríamos pelo menos fazer um gol. Fomos muito desorganizados, mas a torcida foi sensacional”, afirmou.

O mesmo tom adotou o goleiro Mikael Roche, que sofreu os dez gols. “Eles foram rápidos demais. Gostaria de ter tido um desempenho melhor, mas enfrentamos um time muito forte. De qualquer forma, quero agradecer a esse público. Foi uma emoção muito forte, muito grandiosa”, afirmou.

Já o técnico espanhol, Vicente Del Bosque, ressaltou o fato de a equipe ter jogado bem. “Levamos o jogo a sério e fizemos com que nossa superioridade fosse evidente”, disse.
Bola rolando

Assim como na estreia diante da Nigéria, os taitianos contaram com apoio total das arquibancadas. Com gritos de olé quando trocavam passes e vaias ao estilo paciente dos espanhóis, os torcedores davam a trilha bem humorada ao duelo. Na empolgação, havia quem entoasse cânticos como “O Taiti chegou”e “Espanha, pode esperar, a sua hora vai chegar”. Animados, os taitianos fizeram o que puderam por quase meia hora.

Aos 31 minutos, no entanto, acabou o encanto. David Villa dominou na esquerda do ataque e conduziu a bola paralelamente à linha da área, na altura da meia lua, sob marcação de dois taitianos. Villa esperou o sistema defensivo se desmontar e deu um passe rasteiro, preciso, para David Silva conferir o segundo gol. Ainda sob efeito do baque, os taitianos levaram o terceiro. Aos 33, Fernando Torres, num contra-ataque, surgiu sozinho para tirar o goleiro da jogada e empurrar para a rede.

Aos 38, um gol com jeito de retribuição de gentileza. David Silva avançou pela esquerda em alta velocidade e cruzou para a área. A bola esticada passou pelas costas da zaga e encontrou David Villa, praticamente na marca do pênalti. O atacante dominou com qualidade e tocou rápido na saída de Roche para decretar os 4 x 0.

Seguiu o baile

Na segunda etapa, a toada foi a mesma. Logo aos três minutos, Monreal foi acionado quase na linha de fundo, pela esquerda, e lançou para o meio da área. David Villa chegou primeiro que a zaga e conferiu o segundo dele na partida, o quinto da Espanha.

Aos 11, o terceiro de Fernando Torres. Numa variante do quinto gol, agora pelo lado oposto, Navas chegou à linha de fundo e tocou para trás. O atacante chegou de primeira, antes da zaga, e conferiu.

Aos 17, David Villa sobrou livre num contra-ataque mas a bola era do goleiro. O problema foi que Mikael Roche se precipitou e furou. Villa, até meio constrangido, completou para o gol. Aos 20, foi a vez de Mata. Após tabela no meio da zaga, o jogador do Chelsea chutou forte e decretou o oitavo gol.

Aos 32, momento de festa na arena. Após pênalti concedido à Espanha, Fernando Torres bateu alto e a bola bateu no travessão antes de sair. O goleiro Roche celebrou com as mãos para o céu, mas viu a bola entrar um minuto depois, nos pés do próprio Torres. Num contra-ataque, ele converteu o nono gol. Para fechar a contagem, David Silva dominou na área, virou e chutou forte: 10 x 0.

O resultado, contudo, não mudou a relação do time com o público. Foram aplaudidos de pé pela torcida no estádio.

Protestos

Em uma referência aos protestos marcados para dezenas de cidades brasileiras nesta quinta-feira, o público no Maracanã passou por um instante mais politizado. Primeiro, entoou o cântico de “O povo, unido, jamais será vencido”. Em seguida, cantaram “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. E emendaram com o Hino Nacional Brasileiro.