Yamaguchi Falcão realiza sonho e faz sua estreia no boxe profissional

Medalhista olímpico em Londres-2012, brasileiro vai enfrentar argentino em seu primeiro combate, em Santos

Divulgação

O começo da realização de um sonho. Esse vai ser o sentimento de Yamaguchi Falcão ao entrar no ringue na noite de hoje, na Arena Santos, em Santos, para enfrentar o argentino Martin Ríos. O combate, válido pelo peso médio (até 72,6kg), vai marcar a estreia do brasileiro no boxe profissional.

Outros seis combates estão marcados para o evento, que começa às 20h (de Brasília – o SporTV inicia a transmissão às 22h30).

– O boxe profissional sempre foi meu sonho, mas sempre dei um passo de cada vez. Quando iria imaginar que um dia conseguiria participar da Olimpíada e seria medalhista? Então, as coisas foram acontecendo com o tempo. A oportunidade de passar para o profissional surgiu há um ano, passei esse tempo pensando e resolvi seguir adiante para enfrentar esse novo desafio – afirmou o lutador ao LANCE!Net.

Com um bronze nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, e uma prata no Pan-Americano de 2011, em Guadalajara, Yamaguchi agora sonha com um título mundial no boxe profissional. E o primeiro passo vai ser dado hoje diante do invicto argentino – Ríos tem 12 lutas, com dez vitórias e dois empates.

Aos 26 anos, o brasileiro assinou com a Golden Boy, empresa agenciadora de boxeadores, em outubro do ano passado. Desde então, tem se preparado para sua estreia.

O lutador fez a preparação em Cachoeiro de Itapemirim (ES), na academia de seu amigo e treinador, Antonio Mendonça. Eram de quatro a seis horas de atividade por dia, com trabalhos físicos e técnicos.

A expectativa é fazer cinco lutas neste ano, sendo as três primeiras no Brasil. Então, nada melhor do que começar com uma vitória. E assim, realizar mais um sonho.

CONFIRA UM BATE-BOLA COM YAMAGUCHI FALCÃO:

LANCE!Net: Como está a expectativa para a estreia como profissional?
Yamaguchi Falcão: Estou bem tranquilo. No início estava um pouco apreensivo, mas com o tempo fui relaxando. É a primeira luta como profissional, né, a sensação é um pouco diferente.

L!Net: O que conhece do seu rival?
YF: Acho que o mesmo que vocês: tem 12 lutas, está invicto. Então, ele tem um cartel invejável. Parece ser bom, mas não tem muita técnica.

L!Net: Até o momento, quais as principais diferenças que você viu do boxe profissional para o olímpico?
YF: Primeiro a quantidade de rounds, que no profissional é de até 12. No olímpico, são apenas três. Depois, o número de lutas, que no profissional é mais ou menos uma a cada dois meses, e, no olímpico, a gente faz até cinco por semana. Acho o olímpico mais puxado que o profissional, porque tem muitas lutas na semana, é dificil manter o peso. Pesa num dia, ganha peso, luta, perde peso de novo para pesar e lutar… Outra coisa é que no olímpico a gente não sabe quem vai ser o adversário. No profissional, sabemos e temos tempo de analisar para poder nos prepararmos melhor.

L!Net: Você e seu irmão, Esquiva, foram contratados por empresas diferentes. O que você achou disso? Chegou a chamá-lo para assinar com a Golden Boy? Se arrependeu após ele assinar com a Top Rank?
YF: Acho que cada um fez o que tinha vontade. A Golden Boy e a Top Rank são as duas maiores promotoras de boxe no mundo. Então, acho que ele fez uma ótima escolha, assim como eu. Acho que a Golden Boy chegou a convidÁ-lo também, mas não sei exatamente o que foi conversado. Não me arrependi de forma alguma. Muito pelo contrário. Ele passar para o profissional só me deu mais motivação e força. Fiquei muito feliz. É mais um incentivo para mim e para ele. É bom, porque sempre treinamos juntos e trocamos ideias no boxe amador. Agora, vamos ter a oportunidade de continuar juntos no profissional.

L!Net: Em um futuro, vocês podem sem enfrentar. Já imaginou essa situação?
YF: Na verdade, a gente não precisa se enfrentar pAra ser campeão mundial. Podemos ser campeões mundiais na mesma categoria, pois existem quatro organizações de boxe diferentes. Então, tem espaço para os dois. Essa ideia de nos enfrentarmos nunca passou pela nossa cabeça.

L!Net: Sua família vai acompanhar a luta? Como foi a decisão de fazer essa primeira luta em Santos?
YF: Quero muito que minha família venha me ver, mas é muita gente né! A família é muito grande. A decisão (sobre o local da luta), na verdade, não foi minha. Quem decidiu isso foi a Golden Boy em conjunto com os organizadores locais. A minha vontade era fazer a estreia em Vitória (ES), mas não deu.

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