ITALIA – Esperanças no faraó

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13 de Junho de 2013 por ofutebolinteligente

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Contam os livros de história que os romanos conquistaram o Egito no ano 30 a.C, quando o futuro imperador Otavio Augusto derrotou Cleópatra, estabelecendo um domínio que duraria  mais seis séculos. A ligação entre entre o Nilo e a Península Itálica teve outros capítulos antes disso, afinal, a rainha foi amante de Júlio César e depois casou-se com Marco Antônio, ambos militares romanos. Mais de dois mil anos depois, as duas civilizações voltam a se cruzar, mas através do futebol, já que está nos pés de um garoto de origem egípcia a esperança de novas conquistas para a Itália.

Stephan El Shaarawy(foto acima). Apesar do nome, o rapaz de 20 anos nasceu na Itália, em Savona, região da Liguria, no norte do país. Filho de pai egípcio com mãe italiana, o atacante do Milan já é titular da seleção e um dos mais valorizados jogadores do futebol da “Bota”. Iniciou a carreira no Genova e foi adquirido pelo clube rossonero há duas temporadas, por sete milhões de euros. Seu apelido é “Il Piccolo Faraone” ou “O Pequeno Faraó”.

Mais do que a coincidência histórica envolvendo Itália e Egito, ou o surgimento de uma nova estrela, a presença de El Shaarawy na Azzurra é outra evidência de um fenômeno interessante que vem acontecendo nas seleções européias. Quem reparasse no time italiano anos atrás, notaria todos os atletas dentro de um mesmo padrão estético e apenas sobrenomes como “Rossi”, “Albertini”, “Baggio”, “Materazzi” e “Totti”, por exemplo. No entanto, o selecionado que vem ao Brasil disputar a Copa das Confederações tem no ataque um negro de origem ganesa, o já famoso (pelo bom futebol e pelas confusões que apronta) Balotelli, e o  jovem descendente de egípcios, de quem já falamos.

Blotelli, parceiro do Faraó: gols e agito fora de campo.

Balotelli: dentro de campo, muitos gols. Fora, muito agito.

Na seleção da Alemanha, que não está na Copa das Confederações,  são vários os casos de alemães de origem estrangeira, como Boateng, que é ganês, Mario Gomez, filho de espanhol, além de Ozil e Gundogan, de ascendência turca. Na França, há mais tempo que isso acontece. Vários jogadores de origem africana já vestiram a camisa azul. Muitos deles com grande destaque, como  Zinedine Zidane, filho de argelinos. Na Holanda, Suiça, Portugal e na Inglaterra isso também pode ser observado.

Esse fenômeno do futebol é capaz de dar um bom exemplo aos países com alta imigração, de aceitação e respeito a outros povos e etnias. Algo importante para que terríveis idéias do passado não reapareçam, principalmente em tempos economicamente mais complicados para os europeus.

ITALIA

Napoli, no sul da Itália

Napoli, no sul da Itália

Capital: Roma

População: 60 milhões

Área: 301.230 km²

IDH: 0,912 (25)

Destaque do time: Stephan El Shaarawy, atacante, Milan

1 thoughts on “ITALIA – Esperanças no faraó

  1. pedro diz:

    tem tb o Kopa, na França!
    tô sempre lendo, Pedrão!
    abraço,
    itabiritz

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