Esportes

Ana Cláudia Silva corre para tornar a bilhar no GP de Atletismo em Belém

Velocista lembra que no evento paraense de 2013 ela obteve o recorde sul-americano dos 100m

Ana Cláudia Lemos Silva acena comemorando uma de suas vitórias: novas metas traçadas para 2015 e 2016
Foto: Agência Luz/BM&F Bovespa/06-06-2013
Ana Cláudia Lemos Silva acena comemorando uma de suas vitórias: novas metas traçadas para 2015 e 2016 Foto: Agência Luz/BM&F Bovespa/06-06-2013

A veloz Ana Cláudia Lemos da Silva — recordista sul-americana dos 100m (11s05), dos 200m (22s48) e do 4x100m (42s29) — espera tornar a brilhar no Estádio Olímpico do Pará, em Belém, onde obteve sua marca nos 100m, no GP de 2013. Ela irá correr os 100m e os 200m, no evento de neste domingo, às 8h45m.

— É uma pista boa, que me traz boas recordações, como o recorde. A prova será muito forte, também pelas presenças de Evelyn dos Santos e Rosângelas Oliveira Santos, que fizeram parte do 4x100m comigo no Mundial-2013, em Moscou. É bom termos uma prova forte para pensarmos nas metas de 2015 e 2016 — afirmou, por telefone, de Belém, a atleta da BM&F Bovespa, que reside e treina em São Caetano (SP).

Para a mais destacada velocista feminina do país na atualidade, uma prova como o GP paraense faz parte de sua preparação, ajuda a manter o ritmo de competição, seja para o individual, sejam para o revezamento.

— É importante para tentar o bicampeonato (dos 200m e do 4x100m) nos Jogos Pan-Americanos de 2015 (Toronto, no Canadá), uma medalha no Mundial de Pequim, que ainda não temos, e buscar a medalha nas Olimpíadas na nossa casa. Sabemos que ganhar medalhas no Mundial e nas Olimpíadas é algo possível para nós. Só depende de estarmos bem treinadas e de nos concentrarmos ao máximo — afirmou ela, que em 2013 fez parte do 4x100m que foi à final do Mundial, mas deixou o bastão cair quando o Brasil lutava pela prata.

Em boa fase, foi campeã dos 100m no último fim de semana, no Ibero-Americano, em São Paulo, com 11s13, batendo o recorde do torneio, até então da cubana naturalizada mexicana Liliana Allen, com 11s26, em 1998, em Lisboa.

Nascida em 1988, em Jaguaretama, no Ceará, e criada em Criciúma, a atleta começou no atletismo naquela cidade catarinense. Foi descoberta casualmente quando mostrou sua velocidade jogando futsal e foi convidada para competir no atletismo escolar em Criciúma. Venceu os 100m e passou a integrar um projeto social-esportivo.

— Quando eu jogava futsal, não tinha posição fixa. Pegava na bola e saía correndo. Jogava na escola, com os meninos, e às vezes tinha de ir para o gol, por causa dessa alturinha aqui (1,58m e 55,5kg). Eu não guardava posição. Gosto de assistir à seleção e a grandes nomes do futebol, mas não torço por um time. Há jogadores como Kaká e Maicon, em que nos espelhamos.

Experiente, foi às Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012 e aos Mundiais de 2009, 2011 e 2013, além dos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, Jogos Mundiais Militares, no mesmo ano, no Rio. Foi campeã no Pan-2011 nos 200m e no 4x100m.

— Nos dias 16 e 17, estarei aí no Rio (em uma arena na Praia do Leme), no Mano a Mano (um atleta elimina o outro até chegar ao título). Vou correr a prova dos 100m. As eliminatórias serão sábado, dia 16, e espero ir à final — encerrou a veloz Ana Cláudia Lemos Silva.