Catar 2022
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Por Laís Malek — Rio de Janeiro

O zagueiro sérvio que atingiu Neymar e deixou o camisa 10 sob risco de ficar fora dos próximos jogos da seleção brasileira foi o nome mais comentado da equipe de Stojkovic após a estreia do Brasil na Copa do Catar. E esta nem foi a primeira vez que Nikola Milenkovic, 25 anos, chamou atenção por abusar da força: em 2018, apenas em seu terceiro jogo como profissional, o voluntarioso defensor da Fiorentina deu uma entrada dura no atacante croata Mandzukic em partida contra a Juventus. Companheiro de time na Juve, o argentino Gonzalo Higuaín imediatamente exclamou: "Ele é louco, é um louco!"

Na época, uma página de torcedores do clube do sérvio, Viola Nation, previu que ele poderia ter um belo futuro pela frente, desde que aprendesse a controlar o temperamento "esquentado". O noticiário esportivo italiano Tuttomercatoweb foi mais duro na crítica: além de chamá-lo de "roxo louco", afirmou que "dizer que a entrada foi dura é subestimar o lance". Mas reconheceu que encarar a tarefa de marcar o croata Mandzukic, de 1.90m, era mesmo "missão para quem é um pouco louco".

Loucura ou exagero, desde então o nome de Milenkovic ficou associado à intensidade exagerada. Com apenas 20 anos, o zagueiro já apresentava a mesma gana — por vezes exacerbada — vista nesta quinta-feira, quando derrubou Neymar, com bola e tudo, e fez inchar seu tornozelo direito.

A altura de 1.95m também rendeu ao zagueiro a alcunha de "Bleki" para o zagueiro,n uma comparação com um herói de uma história em quadrinhos de um faroeste italiano, chamado de "Il Grande Blek". Não é difícil perceber por que o jogador causa impacto por onde passa.

Antes de chegar à Fiorentina, Milenkovic se desenvolveu como jogador na base do Partizan Belgrado, time da capital da Sérvia, sua cidade natal. Durante a infância e adolescência, revezou entre o clube da capital e o interiorano Teleoptik, alternando passagens entre as equipes de base.

Com as performances dentro de campo, chamou a atenção de olheiros que mais tarde o levariam para a Fiorentina, mas viriam a se encantar ainda mais com a performance de outro jvovem do Partizan: Dusan Vlahovic, também "exportado" para a Itália, justamente o primeiro clube onde o companheiro de seleção ganhou sua fama de algoz.

Se um dos grandes nomes da atual geração sérvia surpreendeu ao começar a partida no banco — Vlahovic tem oito gols e três assistências em 18 partidas pela temporada na Juventus, sendo um tento e um passe marcados na Champion's League —, Milenkovic é titular absoluto sob o comando do treinador de Dragan Stojkovic: jogou os 90 minutos de todos os 15 jogos das eliminatórias da Copa, além dos nove da Liga das Nações. Antes disso, também foi titular nos três jogos do Mundial de 2018, sob o comando de Mladen Krstajic. Na Rússia, também perdeu do Brasil, de Neymar e Tite, por 2 a 0, e não prosseguiu na fase de grupos.

O que aconteceu na quinta-feira no Estádio Nacional de Lusail foi apenas mais um capítulo da trajetória de Milenkovic no futebol mundial: o gigante das pequenas páginas quadrinhos italianos mergulhou para ficar marcado na memória de todos os brasileiros. No maior palco do futebol mundial, sob os olhos de mais de 88 mil presentes, fez o camisa 10 do Brasil sair de campo chorando de dor.

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