A tarde de quinta-feira significou uma espécie de resposta cármica para os torcedores brasileiros. A Alemanha, que bateu o Brasil por 7 a 1 em 2014, precisará arrumar as malas mais cedo do que esperava e deixar o Catar. E o mesmo aconteceu com a Bélgica, que venceu o Brasil por 2 a 1 na Rússia, há quatro anos, e hoje foi eliminada do Mundial. As duas equipes terminaram em terceiro lugar de seus grupos e não avançam para as oitavas de final.
Apesar da eliminação precoce em comum, as duas seleções vivem situações diferentes. Depois do título em 2014, a Alemanha vive uma série de decepções dentro de campo: hoje, amarga a segunda eliminação na primeira fase do Mundial, e neste meio tempo ainda teve um mau desempenho na Euro 2020, quando ficou na fase preliminar às oitavas. Com os campeões envelhecidos, a equipe comandada por Hansi Flick confiava na combinação entre os veteranos de 2014 e a juventude das novas promessas, como o jovem Jamal Musiala, de 19 anos.
Já a Bélgica chegou com grande expectativa para o Catar, mas antes mesmo que entrasse em campo já dava sinais de fracasso. O capitão e principal jogador da equipe, Kevin De Bruyne, chegou a afirmar que a geração belga estava "muito velha" para vencer a Copa, e que haviam perdido a grande oportunidade no Mundial da Rússia, quando terminaram na terceira colocação após derrotar o Brasil nas quartas de final. Houve rumores de que o clima no vestiário dos belgas estava ruim, com jogadores protagonizando discussões, mas a Federação negou que as brigas aconteceram.
Agora, as duas equipes deixam o Catar com algumas semanas de antecedêcia e muitas perguntas não respondidas. Enquanto isso, as "zebras" Japão e Marrocos terminaram na primeira colocação dos grupos E e F, respectivamente, e comemoram a classificação para o mata-mata.