Esportes Copa 2018

Felipe Baloy, o zagueiro que fez história para o Panamá na Copa

Autor do gol de honra do país contra a Inglaterra, jogador passou por Grêmio e Atlético-PR
Felipe Baloy posa para selfie após a partida: Panamá foi goleado, mas deixou a sua marca Foto: DIMITAR DILKOFF / AFP
Felipe Baloy posa para selfie após a partida: Panamá foi goleado, mas deixou a sua marca Foto: DIMITAR DILKOFF / AFP

NÍJNI NOVGOROD — Um desavisado, que não soubesse o placar do jogo entre Inglaterra e Panamá, neste domingo, poderia até achar que o gol marcado por Felipe Baloy, aos 32 minutos do segundo tempo, fazia alguma diferença na partida. Do choro incontido do zagueiro à comemoração dos companheiros de time e da torcida, passando pelo largo sorriso e aplausos do técnico Hernán Gomez na beira do campo, o gol de honra dos panamenhos na goleada de 6 a 1 foi cercada de simbolismo.

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Aos 37 anos, o jogador, que passou pelo Grêmio (entre 2003 e 2004) e pelo Atlético-PR (em 2005), está se aposentando da seleção nacional. Com um histórico de 101 jogos pela equipe e em sua primeira Copa do Mundo, Baloy simboliza o sonho de todo um país. Afinal, o time vinha de três fracassos na busca por uma vaga no Mundial (não conseguiu passar pelas eliminatórias da Concacaf até o ano passado).

— Era um sonho que eu tinha desde a primeira vez que vi a seleção, numa vitória por 4 a 0 contra a Nicarágua, quando tinha 17 anos. Disse a dois amigos que estaria num Mundial com essa camisa. Em 2001 (aos 20), fui convocado pela primeira vez — contou ele ao canal panamenho  "TVN"

Baloy, que ainda não sabe se vai dar adeus à carreira definitivamente — na entrevista, ele disse que estava "80% decidido" sobre parar de jogar em clubes —, sinalizou que seguirá no futebol, "talvez para trabalhar com crianças".

Um referência do futebol de seu país, o zagueiro, que ainda se destaca pelo vigor físico, teve a primeira experiência fora do Panamá em 2003, no Independiente Medellín, da Colômbia, chegando à semifinal da Libertadores — a equipe foi eliminada pelo Santos. Depois de atuar no Brasil, Baloy construiu uma carreira de respeito no futebol mexicano, passando por clubes como Monterrey, Santos Laguna, Morelia e Atlas. No ano passado, voltou ao Panamá para uma breve passagem pelo Tauro. Há um ano, defende o Municipal, da Guatemala.

O último jogo de Baloy — e também do goleiro Jaime Penedo, de 36 anos, do meia Gabriel Gómez, de 34, e dos atacantes Luis Tejada, de 36, e Blas Pérez, de 37 — será na próxima quinta-feira, com Tunísia, que também já está eliminada da Copa.