Esportes Copa 2018

Iraniano Azmoun tem média de gols superior à de Neymar na mesma idade

Hoje com 22 anos, atacante vai disputar, na Rússia, sua primeira Copa
Sardar Azmoun comemora um de seus gols pelo Irã Foto: Tim Wimborne / REUTERS
Sardar Azmoun comemora um de seus gols pelo Irã Foto: Tim Wimborne / REUTERS

Sardar Azmoun tem apenas 22 anos, mas já é o quinto maior artilheiro da história da seleção do Irã: marcou 22 gols em 30 partidas (0,73 por jogo). Conhecido como o “Messi” de seu país, tem desempenho superior, por exemplo, ao de Neymar quando surgiu na seleção brasileira. Em seus três primeiros anos, Neymar marcou 17 gols em 27 partidas (0,62 por jogo).

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Azmoun já conhece o país da Copa: ele atua desde 2013 no futebol russo, atualmente no Rubin Kazan. E reconhece não ter sido nada fácil deixar seu país tão jovem:

— Foi uma decisão difícil deixar o Irã aos 18 anos. Queria apenas focar em me tornar um melhor jogador e desenvolver minhas habilidades. Conversei com a minha família e deixei o Irã. Primeiramente, foi muito desafiador. Aos poucos me adaptei e estou feliz.

Em novembro de 2016, quando estava no Rostov, marcou um dos gols na histórica vitória por 3 a 2 sobre o Bayern. No lance, driblou o zagueiro Boateng, que ficou caído, como no gol marcado por Messi um ano antes, contra o mesmo adversário, na Liga dos Campeões.

Uma curiosidade é que o nome Sardar, na linguagem persa, significa “líder”. O jovem atacante nasceu em Gonbad-e Kavus, na província de Golestan, no nordeste do Irã, próximo à fronteira com o Turcomenistão. A influência do povo turcomeno aparece no gosto de Azmoun por cavalos, uma tradição naquele país. Ele tem ascendência sunita, enquanto a maioria da população do Irã é xiita.

Na atual temporada, o desempenho de Azmoun não é dos melhores: em 19 jogos, ainda não balançou a rede no Campeonato Russo. Ainda assim, está na mira de outros clubes europeus. Na última janela de transferência, especulava-se que a Lazio estaria disposta a pagar € 18 milhões pelo “Messi” do Irã, o que o tornaria o jogador mais caro da história do futebol do país.

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Mas, na seleção, os gols de Azmoun têm sido fundamentais. Tanto que foi marcou uma vez na vitória por 2 a 0 sobre o Uzbequistão, em junho, que garantiu o Irã, pela primeira vez na história, a segunda vaga seguida em um Mundial.

Fã de Ibrahimovic, a primeira lembrança que o atacante tem de uma Copa do Mundo é de 2006, na Alemanha, que acompanhou pela televisão. Em recente entrevista à Fifa, Azmoun disse que não vê a hora de defender as cores de seu país no ano que vem, na Rússia:

— Em 2014 meu sonho de jogar uma Copa esteve muito perto de acontecer, mas fiquei fora, foi uma tristeza. Estou faminto por jogar uma Copa, acredito no meu potencial.